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O ouro fechou em queda pela segunda sessão consecutiva nesta terça-feira, 9, em meio a expectativas de que o Federal Reserve possa apertar a política monetária mais cedo do que o esperado.

O contrato de ouro para dezembro negociado na Comex caiu US$ 5,80 (0,5%) e fechou a US$ 1.248,50 por onça-troy, o nível mais baixo desde 4 de junho. A prata para dezembro recuou US$ 0,04, para US$ 18,84 por onça-troy.

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Um estudo publicado ontem pelo Fed de San Francisco sugeriu que os investidores, mais do que os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), esperam que o banco central dos EUA mantenha a política acomodatícia. A interpretação do estudo é de que o Fed pode acabar elevando as taxas básicas de juros antes do esperado pela maior parte do mercado.

O ouro terá dificuldades para concorrer com os Treasuries quando os juros nos EUA forem elevados, já que os retornos oferecidos pelos títulos de dívida norte-americanos aumentarão. Além disso, os contratos de ouro são denominados em dólar e se tornam mais caros para portadores de outras moedas quando a divisa dos EUA se valoriza, como vem acontecendo nas últimas sessões.

Os contratos de ouro fecharam no nível mais baixo em mais de uma semana, estendendo as perdas iniciadas após o relatório de emprego do governo dos EUA mostrar que foram criados mais postos de trabalho que o previsto no país em junho. Diante desse indicador, que é um sinal positivo sobre a economia norte-americana, a demanda por ativos seguros, como o ouro, diminuiu.

O contrato para agosto fechou com baixa de US$ 3,60 (0,3%), a US$ 1.317 por onça-troy, na Comex. Apesar do otimismo gerado pelos dados de emprego dos EUA, o papel do ouro como proteção contra incertezas políticas e econômicas impediu que o preço do metal precioso caísse mais. Os conflitos no Iraque e na Ucrânia e o nervosismo com a sequência de recordes atingidos pelos índices de ações de Nova York permanecem no radar, segundo operadores.

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"O ouro está preso em uma faixa estreita no momento", afirmou Peter Hug, diretor de operações globais da Kitco Metals. "O mercado não tem um propulsor para levar o preço do ouro muito para cima, mas existem preocupações suficientes para mantê-lo nos níveis atuais", disse.

O preço da platina também caiu, apesar de uma nova greve ter sido anunciada por trabalhadores de uma mina da Impala na África do Sul, segundo país que mais produz esse metal precioso no mundo. O contrato de platina para outubro subiu no início da sessão, mas fechou em queda de US$ 12,10, ou 0,8%, a US$ 1.495,60 por onça-troy.

O paládio, que, segundo analistas, está com oferta reduzida, subiu 0,8%, para US$ 868,95 por onça-troy, uma nova máxima em 13 anos. Fonte: Dow Jones Newswires.

Os contratos futuros de ouro negociados na Comex, a divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), registraram nesta quinta-feira (5), o maior ganho em três semanas, após o Banco Central Europeu (BCE) anunciar uma série de novas medidas de relaxamento monetário.

O contrato de ouro mais negociado, com entrega para agosto, subiu US$ 9,00 (0,07%), fechando a US$ 1.253,30 a onça-troy. O ganho foi o maior desde 14 de maio e o metal precioso fechou no patamar mais alto desde 29 de maio.

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Como esperado pela maioria dos analistas, o BCE cortou as taxas de juros básicas. A principal delas, a taxa de refinanciamento, foi reduzida para a mínima histórica de 0,15%, de 0,25%, nível onde se encontrava desde novembro. Além disso, a instituição diminuiu a taxa de juros de empréstimo marginal a 0,40%, de 0,75%, e reduziu a taxa para depósitos bancários, a -0,10%, de 0,0%. A taxa negativa de depósitos é inédita na zona do euro.

Em seguida, o presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou um programa de operações de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), com valor estimado em 400 bilhões de euros, que será condicionado ao compromisso dos bancos de fazerem empréstimos para a economia real. O BCE também suspendeu a esterilização das compras de seu programa de títulos dos mercados, num gesto que libera cerca de 175 bilhões de euros em liquidez adicional, e prometeu "intensificar o trabalho preparatório" relacionado a compras de títulos lastreados em ativos (ABS, na sigla em inglês).

"Existe uma grande probabilidade de que, se o BCE seguir o Federal Reserve e o Banco do Japão com programas de relaxamento quantitativo, isso será um catalisador para ajudar o ouro a reverter seu atual viés negativo", afirmou Ken Ford, sócio-fundador da Warwick Valley Financial Advisors.

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