Tópicos | Operação Hidrômetro

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Hidrômetro, que investiga possíveis fraudes na folha de pagamento dos funcionários da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). O valor chega a R$ 1.200.000 (um milhão e duzentos mil reais).

Segundo a Civil, foram identificadas divergências, a partir do mês de fevereiro de 2021, entre os valores constantes nos contracheques e os valores efetivamente pagos para uma funcionária. Além disso, pessoas que não trabalhavam na Compesa também estariam recebendo salário como se estivessem no quadro da empresa.

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Com as investigações, foi confirmado que a funcionária suspeita era responsável pela confecção das folhas de pagamento. Ela também é acusada de fazer alterações nos cadastros de colaboradores da Compesa para viabilizar os desvios. 

O delegado Diego Pinheiro, responsável pela operação, revela que uma prestadora de serviços da empresa e outras duas pessoas estão envolvidas no esquema de lavagem de dinheiro. "Essa funcionária que era responsável pela confecção da folha de pagamento aumentava o próprio salário. Ela ganhava R$ 7 mil, tinha mês que ganhava o dobro e até o triplo. Ela também inseria no seu contracheque valores que não tinha direito, como diárias e verbas indenizatórias", esclarece a autoridade policial.

O delegado salienta ainda que a suspeita também alterou o cadastro de dois ex-servidores da Compesa, colocando informações de pessoas ligadas a ela e possibilitando um salário altíssimo para os seus comparsas. "Tinha mês que essas duas pessoas recebiam salário de até R$ 30 mil. Essas pessoas faziam o saque e repassavam uma parte para ela", assevera Pinheiro.

A Polícia Civil investiga o funcionamento desse esquema do ano de 2021 até 2022, mas a acusada trabalhava na Compesa confeccionando as folhas de pagamentos desde 2018. 

Os suspeitos assumem os crimes. A cabeça do esquema disse na delegacia que passava por momento de dificuldade e viu a facilidade de cometer a lavagem de dinheiro na empresa. 

Documentos, computadores e celulares foram apreendidos pela Polícia Civil para que possa ser verificado se há a participação de outras pessoas no esquema. "Nós acreditamos que esse valor de R$ 1.200.000 pode ter sido o dobro ou até o triplo, mas ainda temos as investigações que vão analisar todo o caminho onde o dinheiro foi parar", pontua o delegado.

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