Nesta terça (2), foi desencandeada a Operação Resta Um, 33ª fase da Lava Jato, que tem como alvo a empreiteira Queiroz Galvão. Uma das investigações trata de um repasse de R$ 10 milhões para o então presidente do PSDB, em 2009, ex-senador Sérgio Guerra para abafar a CPI da Petrobras. Nas investigações também há fatos envolvendo o PT e o PP.
Em um breve pronunciamento, a Queiroz Galvão confirmou que "na manhã de hoje, a Polícia Federal realizou uma operação de busca e apreensão em algumas de suas unidades (da construtora) alguns ex-executivos e colaboradores foram alvos de medidas cautelares". A empresa também disse que "está cooperando com as autoridades e franqueando acesso às informações solicitadas".
##RECOMENDA##Uma força-tarefa composta por 150 policiais da PF fez operações nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás, Pernambuco e Minas Gerais para cumprir 23 mandados de busca e apreensão, dois de prisão preventiva, um de prisão temporária e cinco de condução coercitiva.
A Operação "Resta Um" faz referência a última grande empreiteira do "clube VIP" do cartel que fatiava obras na Petrobras, mediante pagamento de propinas para agentes públicos e políticos. Segundo as investigações, a Queiroz Galvão está envolvida em contatos com a Petrobras que somam mais de R$ 20 bilhões.
Prisões
A PF prendeu de forma preventiva os ex- executivos da empresa Ildefonso Colares Filho e Othon Zanoide de Moraes Filho. Os dois, que já tinham sido detidos na 7ª fase da Lava Jato, ainda não tem prazo para serem liberados. Há ainda um mandato de prisão contra Marcos Pereira Reis, ligado ao consórcio Quip. Ele, no entanto, está no exterior.