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Uma arrecadação de cerca de R$ 8 bilhões, acima do esperado para julho e agosto, vai permitir um desbloqueio próximo de R$ 15 bilhões das despesas do Orçamento. Os recursos devem dar alívio aos ministérios, que enfrentam um "apagão" administrativo pela falta de recursos, como vem mostrando o jornal O Estado de S. Paulo.

Os valores ainda não estão fechados e podem ser alterados até o anúncio oficial no próximo dia 20 de setembro - data em que o governo terá de enviar ao Congresso Nacional o relatório de avaliação de receitas e despesas do Orçamento.

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Os números preliminares apontam, por enquanto, um valor entre R$ 11 bilhões e R$ 15 bilhões, mas "mais próximo de R$ 15 bilhões", disse uma fonte da equipe econômica. Atualmente, o valor do bloqueio é de R$ 34 bilhões.

Como o jornal O Estado de S. Paulo mostrou, um grupo de 13 ministérios e órgãos do governo deve ficar sem orçamento já neste mês. Outros nove ministérios começariam a ter de "desligar" serviços e programas entre outubro e novembro.

Julho e agosto tiveram arrecadação de R$ 8 bilhões, acima dos R$ 5 bilhões previstos inicialmente. O integrante da equipe econômica disse que o resultado, porém, não é para "soltar fogos" e se deve, principalmente, à venda de empresas da Petrobrás e de ações do IRB pelo Banco do Brasil.

Haverá, ainda, recolhimento de dividendos por parte da Caixa Econômica Federal e do BNDES. Os números ainda estão sendo fechados, mas, nesse caso, os valores deverão ser menores do que os R$ 13 bilhões programados inicialmente pela equipe econômica.

O presidente em exercício, Hamilton Mourão, chegou a dizer que o desbloqueio pode chegar a R$ 20 bilhões, mas o valor é difícil de ser alcançado. Na avaliação da equipe econômica, isso depende de outras receitas, que não estão confirmadas.

O relatório não vai incluir a arrecadação do megaleilão de exploração do pré-sal de 6 novembro, de R$ 106,5 bilhões. O edital já foi publicado, mas ainda precisa passar pelo Tribunal de Contas da União.

Também é necessário aprovar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata do leilão. A votação em primeiro turno deve ocorrer apenas no dia 5 de novembro na Câmara. Depois, ainda será preciso votá-la em segundo turno.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A chapa feminista do PSOL que disputará o Governo de Pernambuco se reúne, nesta segunda-feira (4), para mais um encontro programático que visa coletar ideias que devem basear o programa de governo da pré-candidata Dani Portela. Desta vez o debate será sobre orçamento público e finanças. O encontro será a partir das 19h, no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife. 

O ex-deputado federal Paulo Rubem Santiago (PSOL) e o PHD em Economia, professor José Raimundo Oliveira Vergolino, vão participar do debate. As propostas coletadas por meio do encontro vão servir para fomentar o projeto “Se a gente governasse Pernambuco?”, que também pode ser acessado por meio de uma plataforma online para registrar as sugestões.

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O primeiro encontro programático foi no último dia 22, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco sobre políticas públicas para a população LGBTI+. Outros eventos para discutir temas como comunicação, combate ao racismo, mobilidade, trabalho, saúde e educação devem acontecer nos próximos meses em outras cidades pernambucanas.

Além de Dani Portela, que lidera a disputa, a chapa é composta por Gerlane Simões, como vice-governadora; e as pré-candidatas a senadoras Albanise Pires e Eugênia Lima. 

Financiamento coletivo - A chapa PSOL/PCB foi a primeira das pré-candidaturas majoritárias a lançar um espaço virtual para a arrecadação de fundos para a campanha. A chamada “vaquinha” foi iniciada na última sexta-feira (1).

O ex-ministro da Fazenda Nelson Barbosa desaprova a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 241) que estabelece um teto para os gastos públicos atrelado à inflação do ano anterior. Segundo ele, colocar a limitação do crescimento dos gastos na Constituição é tirar do Congresso o direito de determinar o tamanho do Orçamento Público pelos próximos 20 anos. Na renegociação das dívidas dos Estados, o ex-ministro de Dilma Rousseff afirma que o governo federal perdeu a oportunidade de aperfeiçoar os critérios dos gastos com pessoal. A seguir, trechos da entrevista concedida ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Diante da cena política da votação do impeachment, o sr. acha que Temer tem apoio para fazer o ajuste fiscal?

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Vamos ver isso no dia a dia. A proposta que foi apresentada, que é tirar dos representantes eleitos pela sociedade - não só dos atuais, mas dos próximos cinco Congressos - a capacidade de decidir o tamanho do Orçamento é uma proposta inaceitável. Tem de controlar o gasto, mas existem outras maneiras de fazer e tenho certeza de que os congressistas não vão aceitar isso. Nem o PSDB, que propôs a Lei de Responsabilidade Fiscal, não a apresentou como mudança constitucional. Propôs via uma lei com definição periódica de metas. Então, na hora em que as pessoas se dedicarem a discutir a questão mais técnica e política, não só a retórica, vão ver que não é uma boa proposta e que é melhor fazer de outro jeito.

Dá para fazer ajuste fiscal sem aumento de impostos?

Se a economia se recuperar rapidamente, talvez sim. Mas é importante revisar algumas desonerações. Já tínhamos revisado várias delas e o caminho é esse. Há várias outras desonerações que podem ser revisadas e que na prática recuperam a capacidade de arrecadação do governo.

Como o sr. avalia o resultado da renegociação da dívida dos Estados?

Eu é que comecei esse processo quando assumi. As primeiras reuniões, ainda em 2015, foram com os governadores e, em dois, meses montamos aquele programa de assistência aos Estados. Não há dúvida de que os Estados precisam de assistência neste momento, mas é importante preservar a justiça tributária. Aqueles Estados que estão mais endividados devem ter contrapartidas. Lembrando que não é uma imposição do governo federal. O Estado adota se quiser. Se não concordar com as contrapartidas, que não renegocie a dívida. No fim das contas, acabou ficando uma proposta pela metade, em que há benefícios, mas poucas contrapartidas.

E sobre os critérios de gastos com pessoal?

Perdeu-se a oportunidade de reformar, de aperfeiçoar os critérios de gastos com pessoal, que é o principal problema que levou à crise das finanças estaduais. Espero que isso seja enfrentado através da proposta da Lei de Responsabilidade Fiscal em outro momento.

O sr. já disse que é contra a PEC dos gastos. Ela já está desidratada?

Essa é uma pergunta que você tem de fazer em Brasília. Eu dei aqui a minha opinião econômica. Ela é um instrumento errado porque este não é assunto constitucional. É um instrumento com prazo errado porque não se deve tentar impor limite por 20 anos. No máximo, deve se obedecer o ciclo orçamentário, que é de quatro anos.

O governo deve trabalhar as reformas trabalhista e da Previdência. O que o senhor acha dessas iniciativas?

A reforma da Previdência é uma coisa que tem de ser enfrentada. Já tínhamos criado um foro para isso. Estávamos trabalhando nessa proposta. Inclusive deixamos a ideia e estudos para a equipe atual, não sei o quanto eles vão aproveitar. Existem várias formas de fazer. Na negociação trabalhista, o importante é preservar o poder de barganha dos trabalhadores. Ou seja, deve ocorrer somente onde houver grande sindicalização. Se é para ter um acordo que vai flexibilizar um ou outro aspecto, tem de ser em um setor em que pelo menos 60% dos trabalhadores sejam sindicalizados. Se as duas partes estiverem em situação igualitária, provavelmente vai dar um resultado melhor do que a aplicação das leis de 1930, 1940. Se ficar desequilibrado, é na verdade uma forma indireta de comprimir salários, com o que não concordo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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