Criada por Luiz Gonzaga e o Padre João Câncio, a Missa do Vaqueiro de Serrita, no Sertão de Pernambuco, está completando 50 anos em 2020. No entanto, os profissionais de produzem e dão vida ao evento reclamam da falta de pagamento por parte do Governo do Estado.
Artistas, técnicos, equipe de palco e fornecedores receberam apenas 50% do cachê acertado para o ano de 2018, e nenhum valor correspondente a 2019. Segundo a produção da Missa, o Governo de Pernambuco alega que há pendências na prestação de contas referente ao ano de 2018, mas não informa quais são.
##RECOMENDA##De acordo com Helena Câncio, por conta da pandemia do novo coronavírus, os profissionais que participam do evento precisam que o pagamento seja regularizado, mas que a organização não possui uma resposta assertiva da Empetur.
“Se havia pendências, como autorizaram a realização da edição do ano passado? Não faz sentido. É um evento de grande importância pro estado e para o Brasil. Esses artistas, estes técnicos, estão quase sem trabalhar durante a pandemia. Isso agrava ainda mais a situação. Esperamos mais respeito e sensibilidade por conta das autoridades”, disse ela, em entrevista ao LeiaJá.
Mesmo enfrentando diversos problemas, inclusive a falta de apoio, a organização da Missa do Vaqueiro, primeira e mais tradicional festa do sertão, realizou uma programação para que os 50 anos do evento não passe em branco. Organizado pela Fundação Padre João Câncio, com a colaboração dos artistas, a equipe montou duas lives com música e religião, para o público que acompanha a festa.
A programação conta com os artistas Josildo Sá, Flávio Leandro e Carol Aboios, que se apresentam no sábado (25). Já o domingo (26), o evento recebe o bispo Dom Magnus, da Diocese de Salgueiro, fazendo uma benção para os Vaqueiros.