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O arcebispo de Poitiers, na França, Pascal Wintzer, anunciou nesta sexta-feira (9) a suspensão do padre italiano Gabriele Arcangelo Biagioni por supostos abusos sexuais cometidos pelo religioso enquanto ele atuava no Brasil, na década de 1990.

Segundo nota divulgada, o pároco de Saint-Junien, em Mellois, se apresentou "espontaneamente" aos seus superiores para informar que "cometeu agressões sexuais contra menores".

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Wintzer, então, notificou a procuradoria local sobre os "fatos cometidos no exterior" e o caso agora tramita na justiça francesa.

Biagioni está afastado de todos os "ministérios públicos" da religião desde o dia 7 de dezembro, quando os fatos foram comunicados, e ainda foi proibido de "ter qualquer contato com menores de idade". O arcebispo ainda afirmou que nunca recebeu denúncias contra o religioso que tenham sido cometidas no território francês.

"Afirmo a importância de tornar pública tal decisão, antes de tudo, para proteger eventuais vítimas", acrescentou, ressaltando que qualquer pessoa que tenha alguma denúncia sobre a atuação do padre no país "procure as autoridades competentes".

A França é um dos países que mais investiga casos de abusos cometidos por religiosos ou funcionários laicos da Igreja Católica no país. No ano passado, um relatório apontou uma estimativa de que mais de 330 menores de idade sofreram algum tipo de abuso desse tipo desde a década de 1950 no país.

Da Ansa

Um padre italiano criticou uma adolescente no Facebook que denunciou ter sido estuprada, afirmando que a jovem não deveria ter se embriagado e se unido a imigrantes africanos, revelou a imprensa local nesta quinta-feira.

"Sinto muito, mas se você nada em um aquário com piranhas não pode se queixar por perder um pedaço", escreveu Lorenzo Guidotti, padre em Bolonha.

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O padre deixou uma longa mensagem para repreender a adolescente, que havia relatado à polícia ter sido estuprada por um imigrante norte-africano em uma praça quando estava bêbada.

Segundo a jovem, ela despertou já meio despida quando era atacada pelo imigrante.

"Carinho, sinto por isto (...) mas você bebe asquerosamente e depois se junta com quem: um norte-africano?!" - escreveu o padre Guidotti em mensagem restrita aos amigos, mas que acabou publicada nos principais jornais italianos.

"Você entende que além do álcool também bebeu todo o discurso ideológico sobre receber todo mundo?!" - acrescentou o padre sobre a polêmica da emigração para a Itália.

"Querida, a esta altura, acordar seminua era o mínimo que poderia ter lhe acontecido".

A arquidiocese de Bolonha se distanciou das declarações do padre afirmando que "não refletem absolutamente a opinião da Igreja, que condena qualquer tipo de violência".

Guidotti se desculpou e pediu perdão à vítima e sua família, segundo o jornal La Repubblica.

O padre italiano Maurizio Pallù, que havia sido sequestrado na Nigéria, retornou a seu país nesta quinta-feira (19) e foi acolhido por fiéis e amigos no Aeroporto de Florença, sua cidade natal.

O sacerdote foi libertado na última quarta (18), seis dias depois de ter sido raptado por um bando armado nos arredores de Benin City, no sul do país africano, onde trabalhava como missionário havia três anos. Ele estava com um padre e uma estudante nigerianos.

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"O Senhor nos ajudou. Os anjos, os santos e a Virgem lutaram a nosso lado. Cristo renasceu, é o senhor da vida e da morte. Evangelizaremos a Nigéria, a África, o mundo", declarou Pallù ao desembarcar na Itália. Quando os jornalistas se aproximaram para entrevistá-lo, ele se limitou a dizer que queria ir para casa.

Ainda antes de deixar a Nigéria, o padre afirmou a uma emissora italiana que seus sequestradores eram muçulmanos, mas que o crime não tivera motivações religiosas. As circunstâncias de sua libertação não foram divulgadas. 

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