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“Ei, eu quero e preciso te contar a minha história”, disse surgindo repentinamente a adolescente Pamela Rebeka, 16 anos, à equipe de reportagem do LeiaJá, durante a festa de Natal do Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer (GAC-PE), que funciona em um espaço dentro do Hospital Oswaldo Cruz, área central do Recife. A instituição é referência em Pernambuco com o principal objetivo de atender não apenas crianças, como também adolescentes com a doença.

A história de Pamela surpreende, está intrinsecamente ligada ao Natal, e vai emocionar a muitos, neste domingo (24), véspera da data festiva tão esperada por muitos. A mãe de Pamela, Maria Paula, conta que tudo começou em 2010. A menina começaria a sentir fortes dores de cabeça e, por vezes, começou a se sentir muito mal em casa.

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A descoberta viria logo em seguida: um câncer no cérebro. Um choque ainda maior para a família aconteceu posteriormente: Pamela não poderia passar por uma cirurgia para a retirada do tumor, devido a estar em uma região delicada. Quem vê a garota sorridente, empolgada e bastante comunicativa não imagina pelo que já passou: entre 2010 e 2013, aproximadamente, de acordo com a mãe, ela já foi submetida a mais de 30 sessões de quimioterapia e outras 30 de radioterapia em busca de vencer a doença.

Durante todo esse tempo, altos e baixos. O câncer atingiu o olho esquerdo da jovem afetando, em parte, a visão. Também ficou um ano sem conseguir andar devido a uma infecção que atingiu o seu corpo. Maria Paula recorda, durante a conversa, que foram muitas noites de Natal dentro do hospital longe da família e se emociona por saber que este será diferente. “Pamela, quantos natais passamos no hospital, hein?”, indagou à filha, que sorriu pensativa preferindo o silêncio. “Hoje, graças a Deus, o diagnóstico é de que ela está curada. O tumor diminuiu”, complementou a mãe.

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Pamela Rebeka diz que o Natal tem um significado bem diferente. “Em 2011, a médica me deu alta para eu passar a festa com minha família porque ela acreditava ser o meu último natal. Eu nunca vou esquecer isso e aqui eu estou”, recordou com empolgação.

Ela, neste Natal, pediu menos violência e que as pessoas não chorem sem motivos. “Em geral, não chorem por qualquer coisa porque você pode passar por situações muito maiores. Eu desejo menos violência também”.

A garota está cheio de planos para o futuro. “Quero ser cantora, fotógrafa e aparecer na TV. A gente pode tudo”, afirmou quando inesperadamente cantou uma música que, sem se dar conta, tem tudo a ver com a sua própria história: “Remove a minha pedra, me chama pelo nome, muda a minha história, ressuscita os meus sonhos, transforma a minha vida, me faz um milagre”, diz uma parte do trecho cantado por ela.

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