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Neste último fim de semana, a Polícia Militar impediu cerca de 500 festas clandestinas no estado de São Paulo. Os eventos foram proporcionadas no contexto do feriado de Carnaval que, este ano, não levou às ruas os desfiles de escolas de samba e de bloquinhos por causa da pandemia de coronavírus. A corporação designou mais de mil agentes para fiscalizar as aglomerações e a atulização de máscaras.

Segundo a Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, 11 estabelecimentos foram fechados. Estes locais estão sujeitos à aplicação de multa no valor de até R$ 290 mil, por descumprir as regras do Código Sanitário.

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Em Campinas, a prefeitura e a Guarda Municipal dispersaram mais de 24 mil pessoas que participavam de festas clandestinas no fim de semana. O dia com mais aglomerações foi o sábado (13), onde mais de 13 mil pessoas foram flagradas nos pancadões.

Por Rafael Sales

Uma blitz contra os pancadões em São Paulo terminou em tumulto na madrugada desta quinta-feira, 2, em Cidade Tiradentes, no extremo leste da capital paulista. Jovens que faziam festa na rua, com som alto e bebidas, teriam reagido à chegada da fiscalização da Prefeitura atirando pedras e garrafas contra os agentes e policiais. Na confusão, o prefeito regional do distrito, Oziel Evangelista de Souza, ficou ferido com um corte na mão.

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Segundo Souza, a confusão começou por volta da 1h30 na Rua Edson Danillo Dotto, depois que o comboio da Prefeitura Regional de Cidade Tiradentes, Guarda Civil Metropolitana (GCM), Polícia Militar e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) já havia dispersado o pancadão que ocorria numa via paralela, a Rua Dona Eloá do Valle Quadros, e reunia cerca de 1,5 mil pessoas ao redor de carros com caixas de som e carregados com bebidas alcoólicas.

"Nosso comboio entrou no meio do povo e começou a correria. Jogaram garrafas e pedras na nossa direção e um pedaço de vidro cortou a minha mão. A gente sai para defender a população contra o vandalismo e é recebido com uma agressão dessas", contou Souza, que levou cinco pontos na mão direita. Ninguém foi detido. Segundo ele, 30 veículos que estavam no local foram multados por infrações de trânsito e à chamada Lei do Pancadão, que proíbe som alto nas ruas desde 2014.

De acordo com o prefeito regional, o distrito de Cidade Tiradentes era o líder em número de ruas com baile funk ao ar livre até o ano passado. Ele disse que desde que assumiu o cargo, no início da gestão João Doria (PSDB), em janeiro, implantou uma operação chamada "Sono Tranquilo" que praticamente acabou com os pancadões na região. "Eram nove ruas com pancadões todo fim de semana. Em dez meses nós zeramos, o que reduziu os índices de violência, como roubo de carros, de prostituição e overdose."

Ao tomar conhecimento sobre o ocorrido na madrugada, Doria rechaçou a agressão e pediu que o caso seja investigado. "Covardes agridem servidor público que está cumprindo sua obrigação. Policia vai investigar e punir os agressores", disse.

Três homens morreram baleados e outro ficou ferido após uma briga durante um pancadão na região do Jardim Catanduva, na zona sul da capital paulista, na noite deste domingo, 13. As vítimas fatais tinham entre 23 e 34 anos.

Os disparos de arma de fogo aconteceram após uma "briga generalizada" na Rua Doutor Renato Bueno Neto, ao lado de um posto de gasolina, por volta das 21h10, segundo a Polícia Militar. No momento do crime, havia uma aglomeração no local, onde acontecia um baile funk.

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Alvejado, Otávio Pereira Dias, de 34 anos, morreu na hora. Já Anderson de Paula Guedes, de 23 anos, e Paulo Henrique de Azevedo, de 31, chegaram a ser socorridos ao Hospital do Campo Limpo, também na zona sul, mas não resistiram aos ferimentos.

O único sobrevivente, um jovem de 18 anos, está internado, mas não há informações sobre seu estado de saúde.

A Polícia Civil investiga quem são os autores do crime - até o momento, ninguém foi preso. O caso foi registrado no plantão do 89º Distrito Policial (Portal do Morumbi), mas deve ser investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Um grupo de jovens entrou em confronto com guardas municipais que multavam carros com som alto na frente de uma boate, na madrugada desta terça-feira (9) em Piracicaba, interior de São Paulo. Houve disparos e o jovem Anderson Luís do Prado Donato, de 26 anos, foi atingido por um tiro. Ele foi socorrido, mas não resistiu. Um carro da Guarda Municipal foi depredado.

Uma lei proíbe o 'pancadão', volume de som excessivamente alto nos carros, na cidade. Atendendo a denúncia de moradores da Vila Rezende, onde fica a boate, um agente de trânsito foi até o local. Quando tentou multar os veículos, ele foi hostilizado e pediu apoio à Guarda Municipal. Conforme relato dos guardas à Polícia Civil, quando eles passaram a apoiar o trabalho do agente, algumas pessoas atiraram latas e garrafas de cerveja. Em seguida, alguns jovens teriam partido para cima dos guardas.

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Um GM relatou que, após ser derrubado, um rapaz tomou seu revólver. Ao tentar reaver a arma, houve um disparo. O tiro acertou Donato, que não estaria envolvido diretamente na briga. Ele foi socorrido pelos próprios colegas e levado ao pronto-socorro do bairro Piracicamirim, onde foi constatado o óbito. Ainda segundo o guarda, o suspeito que o atacara conseguiu fugir, mas teriam ocorrido outros disparos durante a confusão.

A arma do GM foi apreendida, assim como um revólver com numeração raspada que, segundo os guardas, teria sido deixado no local. A ação da GM causou revolta e a viatura foi atacada a pedradas. A Polícia Civil foi ao local, mas não conseguiu localizar testemunhas. As pessoas que deixaram o jovem ferido no pronto-socorro não se identificaram. Na manhã desta terça-feira, 9, a polícia ainda buscava testemunhas da ocorrência.

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