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O ex-lateral Patrice Evra, da seleção francesa e que fez história no Manchester United, revelou em entrevista ao jornal The Times, nesta sexta-feira, que sofreu abuso sexual de um professor quando tinha somente 13 anos. O fato é detalhado na autobiografia de Evra, "I Love This Game."

"Tive vergonha de admitir que fui abusado sexualmente, mas não quero que outras crianças se sintam assim", disse, ao jornal. Atualmente com 40 anos, o ex-defensor revelou que, embora fosse bastante complicado falar sobre o caso em uma entrevista, foi ainda mais desafiador revelar os abusos sexuais para sua mãe, informada dos incidentes apenas há duas semanas em uma viagem para a França.

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"Claro, ela ficou arrasada, foi um momento difícil para mim. Ainda tenho que contar a alguns de meus irmãos, irmãs e amigos íntimos", informou. "Não quero que as pessoas sintam pena, é uma situação difícil. Uma mãe não espera ouvir isso de seu próprio filho. Ela percebeu se algo estava errado e me perguntou por que eu não queria dormir na casa do professor. Só agora que eu tenho 40 anos é que eu disse a ela."

Evra revelou que a mãe ficou extremamente furiosa ao saber do ocorrido. "Foi um grande choque para ela, ficou com muita raiva", afirmou. "Ela disse que sentia muito e falou: 'você não deve colocar isso no seu livro, é particular, Patrice', mas é quando eu digo 'mãe, não é sobre mim, é sobre outras crianças', então ela disse ok, ela entendeu."

Evra não havia pensado em apresentar formalmente as acusações, mas sua mãe o encorajou a processar o autor do crime. O professor, de acordo com o francês, o tocou achando que ele dormia e, apesar de empurrá-lo para longe e ameaçar reagir com agressão, evitou revelar o caso por "vergonha".

"Foi difícil, mas também fiquei com medo, embora não pudesse mostrar a ele que o temia. Durou 10 ou 15 minutos, como uma luta. Ele não brincou e fez de tudo para tirar minhas calças", trará uma parte do livro.

O West Ham anunciou nesta quarta-feira a contratação do lateral-esquerdo Patrice Evra, de 36 anos. O jogador estava sem clube após ter sido demitido do Olympique de Marselha há três meses.

Em novembro do ano passado, Evra chutou o rosto de um torcedor do time francês na arquibancada antes do início do duelo contra o Vitória de Guimarães, em Portugal, pela Liga Europa. Ele levou o cartão vermelho antes de a bola rolar e, no dia seguinte, o Olympique anunciou sua saída.

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Por conta da agressão, o jogador ainda foi suspenso das competições organizadas pela Uefa até o fim de junho deste ano. Como ele pode atuar os campeonatos nacionais, o West Ham firmou contrato com Evra até o término de sua suspensão na Uefa.

"Foi o acerto mais rápido de toda a minha vida", comentou. "Quando você vai fazer um acerto e o dinheiro não é um obstáculo, o acerto pode ser feito em cinco minutos. O mais importante para mim foi poder me juntar ao West Ham e ajudar meus companheiros a conquistar vitórias", prosseguiu.

Evra estava de férias em Dubai e viajou até Londres para fechar contrato com seu novo clube. O lateral-esquerdo voltará a jogar o Campeonato Inglês após quatro anos. Ele defendeu o Manchester United por oito temporadas. Em seu último ano, ele foi comandado pelo técnico David Moyes, que hoje é gerente do West Ham.

"Estou muito feliz em voltar a disputar o Campeonato Inglês, adoro essa competição. Fiquei muito contente que me procuraram. Só de pensar nesta manhã que iria voltar a treinar me fez sorrir", finalizou.

A FA (Associação Inglesa de Futebol, na sigla em inglês) resolveu pegar pesado contra o atacante Luis Suárez, do Liverpool. Nesta terça-feira, a entidade considerou o jogador uruguaio culpado por proferir palavras racistas para o zagueiro Patrice Evra, do Manchester United, e aplicou uma punição de oito partidas, além de uma multa de US$ 62 mil (pouco mais de R$ 114 mil).

O caso aconteceu no clássico entre Liverpool e Manchester United, em outubro passado, no estádio Anfield Road, em Liverpool, pelo Campeonato Inglês. Logo após a partida, Evra entrou com uma ação contra Suárez por ato racista por causa da sua cor da pele (negra). O atacante uruguaio negou qualquer acusação, mas mesmo assim a FA seguiu adiante nas investigações e realizou o julgamento nesta terça.

De acordo com a entidade, através de uma comunicado oficial, "a acusação de má conduta contra Luis Suárez foi provada. Ele usou palavras de insulto contra Evra durante a partida e elas incluíram referências à cor da pele de Evra".

Após o anúncio da suspensão, o atacante do Uruguai postou um breve comentário em sua página no Twitter. "Hoje (terça) é um dia muito difícil e doloroso tanto para mim como para minha família. Obrigado a todos os apoios, vou seguir trabalhando", afirmou Suárez.

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