Era para ser apenas mais uma entrevista coletiva para falar sobre o jogo da França com Gibraltar nesta sexta-feira pela terceira rodada das Eliminatórias da Europa. Mas o personagem foi Mbappé e o jogo acabou totalmente em segundo plano. O astro da seleção precisou explicar toda a polêmica com o Paris Saint-Germain por causa de uma carta na qual informou que sai em 2024. Com a língua afiada, o camisa 7 garantiu que jogará a próxima temporada no clube francês, fez pouco caso da opinião pública e ironizou declarações do presidente Emmanuel Macron.
A carta que enviou para o PSG informando que não aceitaria a renovação de contrato por mais uma temporada acabou sendo o centro das atenções na coletiva ante do jogo em Algarve, em Portugal. Para não perder o astro de graça, o clube teria de vendê-lo nesta janela internacional, mas essa não parece a ideia de Mbappé no momento.
##RECOMENDA##"Já respondi a essa pergunta (onde jogará após as férias). Meu objetivo é permanecer no PSG na próxima temporada. É minha única opção no momento e estou pronto para voltar na reapresentação", afirmou o atacante.
Ainda teve de responder sobre o motivo de não querer renovar e usou bastante da ironia. "Explicar o motivo de ficar sem renovar? Gente, não tem o que explicar", disparou. "As pessoas podem falar, criticar... Eu sei porque faço o que faço e porque digo o que digo. As pessoas não têm todas as informações", afirmou, um tanto enigmático.
Mbappé revelou, ainda, que já havia informado à diretoria do PSG em um e-mail enviado no dia 15 de julho de 2022 que sairia em 2024. Apenas reforçou agora, com a carta, o que já haviam acertado em reunião. O jogador não vê motivos para tamanha surpresa e indignação dos franceses.
"Honestamente, não pensei que fosse ofender ninguém. Eu só mandei uma carta. Eu não sabia que uma carta poderia matar alguém. É apenas uma carta e não me importo com as reações", enfatizou.
Até Emmanuel Macron entrou no assunto ao divulgar que tentaria intervir para que o astro seguisse jogando na França. Mbappé não gostou muito da intervenção e desdenhou do presidente. "Que influência tem o presidente? Na minha carreira, hoje, em 2023, nenhuma."