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O Casaquistão confirmou nesta quinta-feira (17) que três de seus atletas, entre os seis que foram desqualificados de edições anteriores dos Jogos Olímpicos, tiveram suas medalhas olímpicas conquistadas em Pequim-2008 retiradas após caírem em reanálises de testes antidoping.

O comitê olímpico do país afirmou, por meio de um comunicado, que as levantadoras de peso Irina Nekrasova e Maria Grabovetskaya, que ganharam respectivamente prata e bronze na China, assim como Aset Mambetov, bronze na luta, foram desqualificados de forma retroativa de suas disputas nesta edição dos Jogos.

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A entidade casaque informou que recebeu a confirmação do Comitê Olímpico Internacional (COI) de que "traços de substâncias proibidas foram encontradas" nas reanálises dos testes antidoping destes atletas.

A Federação Internacional de Levantamento de Peso também havia revelado anteriormente que os casos de Grabovetskaya e Nekrasova diziam respeito ao uso de vários esteroides anabolizantes, sendo que a primeira delas testou positivo para três diferentes substâncias proibidas em uma única amostra. Já autoridades da luta olímpica não disseram qual substância foi encontrada no teste de Mambetov.

De acordo com a mídia casaque, Grabovetskaya e Mambetov irão se recusar a devolver suas medalhas porque não se consideram culpados pelos casos de doping. O país também sofreu com desqualificações retroativas dos Jogos de 2008 dos levantadores de peso Vladimir Sedov e Maiya Maneza, enquanto outro atleta desta modalidade pego no doping, Almas Uteshov, foi excluído da Olimpíada de 2012, em Londres.

O Casaquistão é um dos países com maior número de casos de doping revelados após reanálises de testes promovidas neste ano pelo COI, tendo também perdido três medalhas de ouro olímpicas no mês passado.

O programa de reanálise de exames provocou o surgimento de pelo menos 98 novos casos de doping envolvendo atletas que foram aos Jogos de 2008 e 2012 e testaram positivo para substâncias proibidas, muitos deles detectados por meio de recentes avanços nas técnicas para flagrar o uso de esteroides.

Por meio de nota oficial publicada no final da manhã desta sexta-feira (30), a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) anunciou que o Comitê Olímpico Internacional (COI) enviou a Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), uma carta na qual a entidade confirma que irá entregar a medalha de bronze que a equipe feminina brasileira do revezamento 4x100m herdou devido a um caso de doping. O caso em questão envolveu uma atleta do quarteto russo que conquistou o ouro na final desta prova nos Jogos de Pequim-2008.

A CBAt informou que a carta, assinada pelo presidente do COI, Thomas Bach, foi enviada na última quarta-feira (28) depois de o presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Carlos Arthur Nuzman, ter cobrado, também por meio de uma carta, uma data para a entrega das medalhas à máxima entidade olímpica.

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Nesta sexta-feira, porém, a CBAt disse que a data para entrega das medalhas e diplomas correspondentes ao bronze olímpico para a equipe que foi formada por Rosângela Santos, Thaissa Presti, Lucimar Moura e Rosemar Coelho ainda será definida pelo COI. "Brevemente nosso Departamento de Relações com os NOC (Comitês Olímpicos Nacionais) fará contato para organizar a entrega das medalhas", afirmou Bach, na carta reproduzida nesta sexta pela CBAt.

A equipe do revezamento do Brasil terminou aquela final dos 4x100m da Olimpíada de Pequim em quarto lugar e, com a desclassificação da equipe russa, herdou a medalha de bronze conquistada na pista pela equipe da Nigéria. Assim, as nigerianas consequentemente ficaram com a prata e a Bélgica, segunda colocada, com o ouro.

A atleta flagrada no teste antidoping foi Yulia Chermoshanskaya, que acabou testando positivo para duas substâncias proibidas em reanálises de exames refeitos com as amostras do material colhido em Pequim-2008. Estas reanálises foram realizadas na esteira da polêmica envolvendo o grande escândalo de doping que abalou o esporte da Rússia e tirou toda a equipe de atletismo do país da Olimpíada do Rio.

As substâncias proibidas encontradas nos reexames foram estanozolol e turinabol e, como resultado, os resultados de todo o time russo no revezamento 4x100m dos Jogos de Pequim foram cancelados, assim como a entidade obrigou as russas a devolverem suas medalhas de ouro.

O presidente da CBAt, José Antonio Martins Fernandes, o Toninho, comemorou a carta enviada pelo COI. "Acompanhamos o caso há tempos e fizemos pedido ao presidente Nuzman para que solicitasse a confirmação da parte do COI, já que sempre entendemos que as atletas da equipe mereciam as medalhas, em função da desqualificação da equipe russa", ressaltou o dirigente, por meio da nota publicada nesta sexta.

Com o pódio do 4x100m feminino herdado nos Jogos de Pequim, o Brasil passa a somar 16 medalhas olímpicas na história do atletismo. São cinco de ouro, três de prata e agora oito de bronze.

A punição à equipe russa no revezamento 4x100m de Pequim-2008 foi anunciada pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) apenas no último dia 16 de agosto, em meio à disputa dos Jogos Olímpicos do Rio.

Em novo escândalo mundial de doping, o Comitê Olímpico Internacional (COI) informou nesta quarta-feira que mais seis atletas foram flagrados utilizando substâncias ilegais na Olimpíada de Pequim, em 2008.

Quatro deles estavam no pódio e vão perder suas medalhas. São eles: as russas Nadezda Evstyukhina, bronze no levantamento de peso, pelo uso de turinabol e EPO; Marina Shainova, prata na mesma modalidade, pelo uso de turinabol e estanozolol; e Tatyana Firova, segunda no revezamento 4x400 no atletismo, pelo uso de turinabol e um composto de testosterona, androstenediona e androstenediol, o que resultou na exclusão da equipe. Já Tigran Martirosyan, da Armênia, bronze no levantamento de peso, utilizou indevidamente turinabol e estanozolol.

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Os outros dois atletas pegos no doping foram Alexandru Dudoglo, da Moldávia, flagrado pelo uso de estanozolol, e Intigam Zairov, do Azerbaijão, que utilizou a substância ilegal turinabol. Ambos também são do levantamento de peso. No total, já se somam 98 novos casos de doping nos Jogos de Pequim-2008 e Londres-2012.

Esses novos testes fazem parte de uma investigação liderada pelo COI. As amostras têm sido guardadas por até dez anos para reanálises, à medida que surgem novas tecnologias e novos compostos ilícitos. E uma série de irregularidades vem sendo encontradas entre os atletas russos e do levantamento de peso.

Para enfrentar o problema, a modalidade colocou, entre os critérios de classificação à Olimpíada, uma restrição por acúmulo de casos de doping. Países com mais de nove atletas flagrados durante um ano poderiam ser excluídos do Rio-2016, como ocorreu com a Bulgária, que teve 11 casos no Europeu de 2015.

Já uma investigação conduzida pela Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês) revelou um caso de doping sistemático na Rússia. O esquema contava até com aval e apoio de autoridades do governo. O atletismo foi a primeira modalidade descoberta, mas a entidade também constatou irregularidades em outros esportes.

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