Tópicos | Philippe Barbarin

O arcebispo de Lyon, Philippe Barbarin, um dos principais nomes da Igreja Católica francesa, começou a ser interrogado nesta quarta-feira (8), em uma investigação para determinar se ele acobertou, há 25 anos, os abusos sexuais de um padre contra escoteiros. O cardeal de Gallias compareceu à brigada de proteção da família como testemunha, não acusado, em uma investigação preliminar.

Ao final desta etapa, a Procuradoria deverá decidir se Barbarin continuará sendo investigado. Em caso positivo, o processo será enviado a um tribunal ou juiz de instrução. O interrogatório coincide com a publicação no sábado de uma carta do papa Francisco, que até agora apoiou Barbarin, na qual abre caminho para a revogação de bispos em caso de "negligência" em casos de pedofilia.

O cardeal Philippe Barbarin terá que dar explicações sobre o caso do padre Bernard Preynat, indiciado em janeiro por agressões sexuais cometidas entre 1986 e 1991 contra vários escoteiros. O caso é complexo porque são fatos remotos e Barbarin, que afirma não ter acobertado nenhuma agressão sexual, só chegou a diocese de Lyon em 2002, 11 anos depois das últimas agressões investigadas pela justiça.

As principais incógnitas são: desde quando a hierarquia da igreja estava a par, de quais tinha e quem a proporcionou e porque a igreja deixou no cargo o padre, que tinha contato com crianças, sem denunciá-lo até 2015. As respostas da igreja mudaram com o tempo. Em um primeiro momento, Barbarin disse ter entrado em contato com uma vítima em 2014. Mais tarde explicou que havia ouvido falar do caso em 2007-2008 por meio de uma terceira pessoa. As datas são importantes porque os crimes de acobertamento prescrevem após três anos.

O cardeal francês Philippe Barbarin, suspeito de encobrir casos de pedofilia, pediu "perdão pessoalmente" às ​​vítimas dos padres incriminados durante uma missa na quarta-feira (24) à noite, de acordo com a diocese de Lyon (centro-leste), cidade da qual é arcebispo.

Citando o papa Francisco, o cardeal Barbarin disse ser "sua obrigação assumir todo o mal cometido por alguns padres e pedir pessoalmente perdão pelos danos que causaram abusando sexualmente de crianças", de acordo com seus comentários informados no site da diocese.

##RECOMENDA##

"Cada um é chamado a fazer um exame de consciência frente a essa tormenta e eu agradeço aqueles que me ajudaram a fazer a minha", acrescentou. O cardeal Barbarin se viu envolvido nas últimas semanas em um escândalo de abusos sexuais cometidos contra jovens escoteiros entre 1986 e 1991 por um padre da região de Lyon, Bernard Preynat.

Este último, que continuou em atividade até agosto de 2015, foi indiciado em 27 de janeiro, depois de admitir os fatos. Suas vítimas denunciaram várias autoridades da diocese, incluindo Barbarin, por não terem agido contra tais crimes.

Após o caso vir à tona na imprensa, uma vítima do sexo masculino de um outro padre no início dos anos 90 queixou-se contra o arcebispo de Lyon, acusando-o de não ter agido quando ele foi informado do seu caso em 2009.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando