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O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (20) no Vaticano o cardeal francês Philippe Barbarin, acusado de ter acobertado casos de pedofilia e agressões sexuais em sua diocese, informou o porta-voz da Santa Sé.

"Aconteceu uma reunião, algo normal", disse à AFP Federico Lombardi, poucos dias depois de uma defesa do pontífice ao arcebispo de Lyon, ao afirmar que sua demissão seria um "despropósito", em uma entrevista publicada pelo jornal La Croix.

De acordo com o padre Lombardi, o encontro deveria abordar a crise que abala a Igreja da França, mas também questões mais pastorais, como duas peregrinações previstas na região.

O cardeal Barbarin, uma das figuras mais influentes da Igreja católica francesa, e outros líderes religiosos estão sendo investigados por não terem denunciado abusos sexuais cometidos por um padre de sua diocese contra jovens escoteiros entre 1986 e 1991.

O padre, que continuou trabalhando até agosto de 2015, foi processado em 27 de janeiro depois de ter admitido os fatos. Arcebispo de Lyon desde 2002, o monsenhor Barbarin nega ter acobertado os casos, mas em abril admitiu "erros na gestão e nomeação de alguns padres".

O cardeal francês Philippe Barbarin, suspeito de encobrir casos de pedofilia, pediu "perdão pessoalmente" às ​​vítimas dos padres incriminados durante uma missa na quarta-feira (24) à noite, de acordo com a diocese de Lyon (centro-leste), cidade da qual é arcebispo.

Citando o papa Francisco, o cardeal Barbarin disse ser "sua obrigação assumir todo o mal cometido por alguns padres e pedir pessoalmente perdão pelos danos que causaram abusando sexualmente de crianças", de acordo com seus comentários informados no site da diocese.

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"Cada um é chamado a fazer um exame de consciência frente a essa tormenta e eu agradeço aqueles que me ajudaram a fazer a minha", acrescentou. O cardeal Barbarin se viu envolvido nas últimas semanas em um escândalo de abusos sexuais cometidos contra jovens escoteiros entre 1986 e 1991 por um padre da região de Lyon, Bernard Preynat.

Este último, que continuou em atividade até agosto de 2015, foi indiciado em 27 de janeiro, depois de admitir os fatos. Suas vítimas denunciaram várias autoridades da diocese, incluindo Barbarin, por não terem agido contra tais crimes.

Após o caso vir à tona na imprensa, uma vítima do sexo masculino de um outro padre no início dos anos 90 queixou-se contra o arcebispo de Lyon, acusando-o de não ter agido quando ele foi informado do seu caso em 2009.

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