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As celebrações de véspera de Natal, neste sábado e domingo (23 e 24), serão realizadas por entidades cristãs no Grande Recife. A Igreja Anglicana, localizada no bairro do Espinheiro, zona norte do Recife, oferece na programação um Auto de Natal, que vai retratar o nascimento de Jesus. Já Arquidiocese de Recife e Olinda organiza a Missa de Natal no Quartel do Derby, na área central da capital. 

O Auto de Natal será apresentado em duas sessões, neste sábado (23), às 18 e às 20h30. A peça conta com cerca de 60 pessoas, sendo 20 crianças, além de outras 30, responsáveis pela logística das apresentações. A expectativa é que a igreja receba cerca de 250 pessoas por sessão. As celebrações de Natal da Diocese Anglicana se encerram no domingo (24), com o culto das 17h. 

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Crianças do coro ensaiam a apresentação deste sábado (23). Foto: Duda Dias 

A Missa de Natal no Quartel do Derby, organizada pela Arquidiocese de Recife e Olinda, será realizada este ano às 19h. A antecipação do horário foi decidida pelo capelão da Polícia Militar, padre Augusto César Figueiroa, com o intuito de dar mais comodidade e segurança às famílias que se dirigem ao local. A celebração começa às 18h, com apresentação do Coral do Movimento Pró-Criança, e da banda da Polícia Militar, às 18h30. A missa começa às 19h, sendo celebrada pelo arcebispo de Olinda e Recife, dom Paulo Jackson. 

Quartel do Derby, no Recife. Foto: Divulgação/Ascom/PM

 

O governo da Nicarágua, liderado por Daniel Ortega, libertou 12 sacerdotes detidos e os enviou ao Vaticano após um acordo com a Santa Sé. 

Entre os religiosos, porém, não está dom Rolando Álvarez, que mais uma vez teria se recusado a deixar o país. 

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A informação consta em nota oficial divulgada pelo governo de Ortega nesta quinta-feira (19).

No texto, a Nicarágua explica que "depois de conversações frutíferas com a Santa Sé" foi alcançado um acordo para transferir ao Vaticano os 12 sacerdotes que, por diferentes razões, foram processados. Todos viajaram hoje para Roma, capital da Itália.

"O governo de Reconciliação e Unidade Nacional da República da Nicarágua não esgotou os recursos para garantir e defender a paz tão cara às famílias nicaraguenses", acrescenta.

O Executivo de Ortega reforça ainda que "este acordo alcançado com a intercessão de altas autoridades da Igreja Católica da Nicarágua e do Vaticano representa a vontade e o compromisso permanente de encontrar soluções, em reconhecimento e encorajamento de tanta fé e esperança que sempre anima os fiéis nicaraguenses, que são a maioria".

Os padres expulsos e enviados ao Vaticano são Manuel Salvador Garcia Rodriguez, José Leonard Urbina Rodriguez, Jaime Ivan Montesinos Sauceda, Fernando Israel Zamora Silva, Osman José Amador Guillen e Julio Ricardo Norori Jimenez.

A lista também inclui Cristóbal Reynaldo Gadea Velasquez, Alvaro José Toledo Amador, José Ivan Rye Terceiro, pastor Eugenio Rodríguez Benavidez, Yessner Cipriano Pineda Meneses e Ramon Angulo Reyes.

Por sua vez, dom Rolando Álvarez, que foi condenado a mais de 26 anos de prisão por "traição", após se recusar a deixar o país rumo aos Estados Unidos junto com outros 222 presos políticos, não foi libertado e enviado ao Vaticano.

Todos os sacerdotes "serão recebidos em Roma, segundo os acordos, por funcionários da Secretaria de Estado da Santa Sé".

A Igreja Católica da Nicarágua é alvo de uma campanha do governo que tem como objetivo prender ou expulsar padres e freiras do país. Neste ano, a repressão se intensificou com os religiosos denunciando agressões e a vigilância do governo sobre cerimônias.

Da Ansa

Morreu na manhã deste sábado (26) o Arcebispo Emérito de Salvador, Cardeal Dom Geraldo Majella Agnelo, aos 89 anos. A informação é da Arquidiocese de Salvador, que publicou uma nota de pesar nas redes sociais. 

O cardeal faleceu em Londrina, no Paraná, onde residia. A causa da morte não foi informada. A Arquidiocese de Salvador afirmou que em breve serão divulgadas as informações sobre a missa exequial e o local do sepultamento. 

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Dom Geraldo ajudou na fundação da Pastoral da Criança, organismo de ação social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em 1983, e participou do processo de beatificação de Santa Dulce, em 2011, tendo feito a leitura da carta apostólica, além de ter sido o autor da oração da santa. 

 

Um educador ligado ao movimento católico Comunhão e Libertação (CL), de 52 anos, foi detido neste sábado (19), em Caorle, em Veneza, sob a acusação de agressão sexual contra uma adolescente de 14 anos.

De acordo com os investigadores, o chefe provincial da Juventude Estudantil "Dom Giussani" de Reggio Emilio teria abusado de uma menina confiada a ele por seus pais durante um retiro espiritual em Rimini.

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O juiz de instrução do Tribunal de Rimini, Vinicio Cantarini, assinou a ordem de prisão preventiva após inquérito apurado pelos carabineiros da cidade, coordenado pelo subprocurador Davide Ercolani.

"No momento, só posso dizer que há algumas semanas, em nome do meu cliente, apresentei aos promotores públicos de Rimini e Reggio Emilia, de acordo com as disposições da lei, um pedido para saber se havia investigações pendentes contra ele. Aí veio a medida cautelar", explicou o advogado de defesa do suspeito, Liborio Cataliotti.

Por sua vez, o grupo ativista católico leigo italiano manifestou "desgosto e consternação" pelo caso e revelou que o educador "já foi suspenso".

"O investigado foi suspenso de qualquer encargo educativo no seio de CL já há algumas semanas, logo que foi levantada a possibilidade de eventual abusos e ao mesmo tempo ter recebido a informação de que esta denúncia já havia sido endereçada à autoridade judiciária competente", diz a nota.

O movimento católico reforçou que está "em contato com a família da menor envolvida para prestar todo o apoio e ajuda possível, acompanhando-os também na oração neste doloroso caso".

"Com o devido respeito a todas as pessoas envolvidas, esperamos que o devido sigilo vai agora manter-se sobre o caso, aguardando e confiando que os trabalhos das entidades competentes irão esclarecer o mais brevemente possível", concluiu o texto.

O caso ocorre um dia antes do CL abrir seu comício anual de cinco dias em Rimini, cujos convidados incluirão o presidente da Itália, Sergio Mattarella.

Da Ansa

Conhecido como casamenteiro, Santo Antônio de Pádua ou de Lisboa teve como nome de batismo Fernando de Bulhões e Taveira de Azevedo. Nascido em 1195, em Lisboa, em Portugal, tem importância religiosa para católicos do mundo todo, em especial, brasileiros e italianos. Ele é venerado nesta terça-feira (13), data que marca sua morte na cidade de Pádua, na Itália. Desde jovem, pregava o evangelho e praticava a caridade, sendo considerado também como padroeiro dos pobres.

"Ele também é chamado de santo do mundo inteiro. Ele é chamado de Pádua, porque morreu na Itália, mas também é conhecido como Santo Antônio de Lisboa, porque nasceu na cidade portuguesa. É considerado como um dos trinta e sete doutores da Igreja Católica e doutor do Evangelho porque em suas pregações ele, como grande orador, conversava muito sobre a importância do evangelho na formação da fé cristã", afirma Oscar D’Ambrosio, pós-doutor e doutor em educação, arte e história da cultura.

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Segundo D’Ambrosio, Santo Antônio é também muito ligado aos aflitos, angustiados, como pessoas que estão em busca de emprego, assim como é venerado por ajudar a arranjar casamentos e encontrar objetos perdidos. "Também relacionado com a alimentação dos pobres e dos necessitados. E associado por guardar confidências, principalmente de paixões, em especial de mulheres."

Comemoração da data

No Brasil, o dia 13 de junho é lembrado com missas, procissões e distribuição de pãezinhos, além do famoso bolo de Santo Antônio, que pode ser encontrado em muitas igrejas que organizam festas no dia de hoje. No centro da São Paulo, a Paróquia Santo Antônio do Pari e a Igreja de Santo Antônio do Vale do Anhangabaú estão com programação especial ao longo do dia.

Há também uma forma de caridade denominada "Pão de Santo Antônio", que copia as atitudes do santo em favor dos pobres e famintos. Conforme a Arquidiocese de São Paulo, no Brasil, Santo Antônio é comemorado numa das festas mais alegres e populares, estando entre as três maiores das chamadas festas juninas (Santo Antônio, São Pedro e São João). No ano de 1946, foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

Segundo a Arquidiocese de São Paulo, de família muito rica e da nobreza, ele ingressou muito jovem na Ordem dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho. Fez seus estudos filosóficos e teológicos em Coimbra e foi lá também que se ordenou sacerdote.

"Empolgado com o estilo de vida e de trabalho dos franciscanos, que, diversamente dos outros frades, não viviam como eremitas, mas saiam pelo mundo pregando e evangelizando, resolveu também ir pregar no Marrocos. Entrou para a Ordem, vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de Antônio", conforme a arquidiocese.

Entretanto, mal chegou ao país, ele contraiu uma doença que o obrigou a voltar para Portugal. Aconteceu, porém, que o navio em que viajava foi envolvido por um tremendo vendaval, que empurrou a nave em direção à Itália.

"Antônio desembarcou na ilha da Sicília e de lá rumou para Assis, a fim de encontrar-se com seu inspirador e fundador da Ordem, Francisco. Com pouco tempo de convivência, transmitiu tanta segurança a ele que foi designado para lecionar teologia aos frades de Bolonha", ainda de acordo com a arquidiocese.

Com apenas vinte e seis anos de idade, foi eleito provincial dos franciscanos do norte da Itália. "Antônio aceitou o cargo, mas não ficou nele por muito tempo. Seu desejo era pregar, e rumou pelos caminhos da Itália setentrional, praticando a caridade, catequizando o povo simples, dando assistência espiritual aos enfermos e excluídos e até mesmo organizando socialmente essas comunidades."

Foi em Pádua que ele também ficou conhecido por ajudar noivas a recolherem doações para o dote, visto que não tinham condições financeiras organizar o enxoval do casamento.

Continuou vivendo para a pregação da palavra de Cristo até morrer, em 13 de junho de 1231, nas cercanias de Pádua, na Itália, com apenas trinta e seis anos de idade.

No local, ele foi sepultado em uma basílica romana. Em razão de sua popularidade, seu sepulcro tornou-se meta de peregrinações que duram até os dias atuais. Ele foi canonizado no ano seguinte ao de sua morte pelo papa Gregório IX.

Curtindo o Brasil como ninguém! Lana Del Rey desembarcou no nosso país para se apresentar no MITA Festival e decidiu ficar uma semana inteira. Aproveitando cada segundo no Rio de Janeiro, a cantora já foi vista tomando sol na praia e interagindo com fãs. Agora, ela visitou uma das sete maravilhas do mundo moderno.

Se você está na Cidade Maravilhosa, precisa conhecer o Cristo Redentor, não é mesmo? A artista não só foi ver a estátua, com também entrou em uma igreja católica local e foi abençoada pelo padre. A artista Flávia Correia encontrou Lana, aproveitou para tietar a famosa e ainda publicou um registro dela no momento em que estava ao lado do sacerdote. Na legenda, a moça escreveu:

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Hoje recebemos no Cristo Redentor a visita da cantora Lana Del Rey. Espero que tenham gostado da experiência. Volte logo.

O papa Francisco fez um apelo à acolhida de migrantes, neste domingo (30), em uma missa ao ar livre em Budapeste, com a presença de milhares de pessoas, no terceiro e último dia de sua visita à Hungria.

"Por favor, abramos as portas!", pediu o papa, defensor do acolhimento aos refugiados, diante de um grande público e na presença do primeiro-ministro húngaro, o nacionalista Viktor Orbán, que defende uma linha dura contra os migrantes.

"É triste e dói ver as portas fechadas: as portas fechadas do nosso egoísmo para com quem caminha conosco todos os dias (...), as portas fechadas da nossa indiferença para com os que estão mergulhados no sofrimento e na pobreza”, afirmou.

Ao longo de sua visita à Hungria, Francisco fez um discurso crítico sobre a política de Orbán, que justifica sua oposição ao acolhimento de migrantes ou refugiados defendendo a “civilização cristã”.

O pontífice argentino havia pedido na véspera "erradicar os males da indiferença" durante um encontro com refugiados, em sua maioria ucranianos.

- "Cumpramos com nossa missão cristã" -

O papa chegou por volta das 9h locais(4h no horário de Brasília), a bordo de seu "papamóvel", à praça central de Kossuth Lajos, na capital húngara.

Desde as primeiras horas da manhã, os fiéis começaram a se aglomerar, sob um sol de primavera, em meio a um forte dispositivo de segurança. Cerca de 50.000 pessoas estiveram presentes, segundo a assessoria de imprensa do Vaticano.

"É algo único, fascinante, ver o papa tão de perto", disse à AFP Levente Kiss, um estudante húngaro de 21 anos, elogiando "o apelo do papa em apoiar os refugiados, especialmente aqueles que fogem da guerra na Ucrânia".

“Embora sua opinião nem sempre corresponda à de diferentes organizações ou do governo, é importante que, além dos discursos políticos, cumpramos nossa missão cristã”, disse o jovem.

A guerra na Ucrânia - país que faz fronteira com a Hungria - também foi um dos temas centrais desta segunda visita do papa em menos de dois anos a este país da Europa Central.

Em mais um apelo do papa para buscar a paz na Ucrânia, ele denunciou a ascensão do nacionalismo e pediu "recuperar a alma europeia".

Desde o início do conflito, em fevereiro de 2022, mais de dois milhões de ucranianos transitaram por solo húngaro, embora apenas 35 mil tenham solicitado o status de “proteção temporária” implementado pela União Europeia (UE), segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur).

A posição ambígua de Orbán em relação ao conflito não os encoraja a permanecer na Hungria.

- Reunião com opositor -

Em um encontro que não foi anunciado no programa da sua visita, o papa reuniu-se na tarde de sábado com o prefeito de Budapeste, Gergely Karácsony, um ferrenho opositor de Orbán.

Ele também se reuniu com o metropolita Hilarion, o ex-chefe de relações exteriores da Igreja Ortodoxa, destituído por sua relutância em relação à invasão russa da Ucrânia.

Um mês após sua internação por bronquite, Francisco parecia bem.

O argentino é o segundo pontífice a visitar a Hungria, depois de João Paulo II em 1991 e 1996.

Apesar da idade avançada e das dores no joelho que o obrigam a deslocar-se com bengala ou cadeira de rodas, prevê visitar Lisboa em agosto e Marselha (França) em setembro, além da Mongólia.

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (11) a inclusão do nome de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce, canonizada na Igreja Católica como Santa Dulce dos Pobres, no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria. O livro encontra-se no Panteão da Liberdade e da Democracia Tancredo Neves, que fica na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Com a aprovação, o PL 5.641/2019 será analisado pelo Plenário e, se for aprovado, seguirá para a sanção do presidente Lula.

O relatório foi feito pelo senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) e apresentado pelo senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). O texto aproveita um relatório anterior, de Otto Alencar (PSD-BA), que não chegou a ser votado.

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O parecer lembra que Irmã Dulce nasceu em 1914 em Salvador e desde muito jovem demonstrou empatia e solidariedade incomuns para com as pessoas mais pobres. Aos 13 anos, com o apoio do pai, começou a acolher mendigos e doentes em casa, transformando a residência da família num centro de atendimento à população carente. Foi nessa época, também, que começou a se dedicar à vida religiosa.  Após formar-se professora, entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em São Cristóvão (SE). No mesmo ano, aos 19 anos de idade, recebeu o hábito de freira e adotou, em homenagem à sua mãe, o nome de Irmã Dulce.

Suas obras sociais ajudaram a transformar a vida de milhares de pessoas por ela acolhidas. Após muita peregrinação, fundou em 1949 um albergue improvisado em um galinheiro ao lado do Convento Santo Antônio, em Salvador. O local deu origem ao hospital Santo Antônio, hoje o maior hospital da Bahia. Dez anos depois, foi instalada oficialmente a Associação Obras Sociais Irmã Dulce e, no ano seguinte, inaugurado o Albergue Santo Antônio.

Por sua dedicação à população carente, Irmã Dulce foi indicada em 1988 pelo então presidente da República, José Sarney, ao Prêmio Nobel da Paz, indicação que contou com o apoio da Rainha Sílvia, da Suécia. O próprio papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil (1980), ao conhecer a obra da freira baiana, pediu-lhe pessoalmente que mantivesse seu trabalho com os pobres. 

"Irmã Dulce trabalhou incansavelmente, até o fim da vida, junto às pessoas mais necessitadas. Morreu aos 77 anos tendo deixado um grande legado à sua cidade, à Bahia e ao país. Em reconhecimento às suas obras sociais, foi canonizada em 2019 pela Igreja Católica, tendo recebido o título de Santa Dulce dos Pobres. É por sua dedicação aos pobres, necessitados e excluídos, por seu exemplo de caridade e desprendimento, que acreditamos ser justa a inclusão de Irmã Dulce no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", destaca o relatório lido por Pontes. 

*Da Agência Senado

O Dia de São José é celebrado neste domingo (19) e carrega vários significados para o povo nordestino. Conhecido como José Carpinteiro e José Operário, o santo é considerado o padroeiro dos trabalhadores e uma referência de fé para o povo nordestino.

São José é um santo popular da Igreja Católica, marido de Maria, mãe de Jesus Cristo, e considerado o protetor das igrejas, da família e dos agricultores. Seu dia é uma referência para os agricultores que buscam uma boa colheita. Contudo, é preciso chover no dia para trazer bons presságios. 

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Para a fé do nordestino, especialmente no período de seca que castiga a plantação, a chegada do dia de São José é um sinal de esperança. Reza a tradição secular que, se não chover neste domingo, dia 19, o inverno será ruim, e o agricultor não vai colher a safra.

Outra tradição associada ao santo é a da medalhinha de São José “escondida” no bolo da festa que as comunidades religiosas em diversas cidades costumam fazer.

Nas missas, orações são feitas, pedindo emprego para os fiéis que estão desempregados e saúde para os doentes.

Em 2021, o Papa Francisco, identificou o santo como o homem que amou Jesus com o coração de pai: “Pai amado, Pai na ternura, Pai na obediência, Pai no acolhimento, Pai com coragem criativa, Pai trabalhador, Pai na sombra”, afirmou.

O pontífice ainda pediu aos fiéis que seguissem o exemplo do santo católico, por ter compreendido e colocado em prática o verdadeiro Evangelho. "Sejam sábios como ele, prontos para compreender e colocar em prática o Evangelho", pontuou.

Padroeiro

São José é padroeiro dos estados do Amapá e do Ceará, onde é feriado local nesse domingo. Em Pernambuco, São José é padroeiro de 23 cidades, além disso, seu nome batiza avenidas, escolas, abrigos, praças e mercados.

No Sertão do estado, o santo é padroeiro de Bodocó, Custódia, Dormentes, Ingazeira, São José do Belmonte e São José do Egito. No Agreste, Angelim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Capoeiras, Feira Nova, Frei Miguelinho, Surubim, Venturosa e Vertentes. Na Zona da Mata, o santo é padroeiro de Água Preta, Amaraji, Chã Grande, Joaquim Nabuco, Rio Formoso, São José da Coroa Grande e Carpina. Na Região Metropolitana do Recife, Abreu e Lima tem o santo como padroeiro.

Comemorações neste sábado

Em São José do Egito, terá missa na Paróquia com o nome do santo, a partir das 18h. Em seguida, haverá procissão pelas ruas da cidade.

Em Abreu e Lima, às 19h, haverá uma concentração eucarística na Paróquia do município, com o Dom Limacêdo Antônio da Silva , bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife.

No município de Amaraji, haverá missa às 19h, com o Padre Felipe Luz. Na cidade de Surubim, a missa será com a participação do Padre Elias, às 19h.

A Solenidade de São José é geralmente celebrada no dia 19 de março, porém, neste ano a data corresponde ao quarto domingo da Quaresma para os católicos. Desse modo, as missas do tempo de quaresma têm prioridade frente às festas de São José.

Portugal apresentou, nesta segunda-feira (13), uma investigação sobre as agressões sexuais contra menores na Igreja Católica, um escândalo que também afetou a instituição em países como Estados Unidos, Chile e Austrália.

- Portugal -

O clero católico de Portugal abusou sexualmente de pelo menos 4.815 menores desde 1950, de acordo com uma comissão de investigação.

A maioria dos crimes denunciados prescreveu, mas 25 acusações foram transmitidas às autoridades judiciárias, que abriram investigações.

- Estados Unidos -

Entre 1950 e 2018, a Igreja Católica nos Estados Unidos recebeu denúncias de mais de 20.000 menores que afirmaram ter sido vítimas de abuso por parte de cerca de 7.000 membros do clero, segundo o site bispo-accountability.org, que compila casos.

Em 2002, o jornal Boston Globe revelou que a hierarquia católica de Boston, incluindo o arcebispo Bernard Law, encobriu agressões sexuais cometidas por quase 90 padres ao longo de décadas.

Em 2019, o papa Francisco expulsou o cardeal Theodore McCarrick da igreja por acusações de que ele abusou sexualmente de adolescentes na década de 1970.

- Chile -

Mais de 200 membros da Igreja chilena foram investigados por 150 casos de agressões sexuais. Mais de 240 vítimas foram identificadas, 123 delas menores de idade.

O escândalo mais divulgado foi o que envolveu o padre Fernando Karadima por seus ataques contra menores entre as décadas de 1980 e 1990 em uma rica paróquia da capital Santiago.

Em uma polêmica visita ao Chile em 2018, o papa Francisco foi acusado de não agir, apoiando um bispo acusado de encobrir crimes atribuídos a Karadima. O pontífice fez um mea culpa e em Roma aceitou a renúncia de sete bispos chilenos.

- Alemanha -

Uma pesquisa de 2017 descobriu que pelo menos 547 menores de um coro católico de Regensburg foram abusados entre 1945 e o início dos anos 1990.

Em 2018, um estudo de acadêmicos concluiu que 3.677 menores foram vítimas de violência sexual na Alemanha entre 1946 e 2014.

O papa Bento XVI, que morreu em dezembro do ano passado, foi questionado quando já era emérito em 2022 por sua gestão da pedofilia na Alemanha quando era arcebispo de Munique.

Segundo um relatório desta diocese, entre 1945 e 2019 pelo menos 497 pessoas, a maioria crianças e adolescentes, foram vítimas de agressões sexuais.

- França -

Uma comissão independente apresentou em outubro de 2021 uma investigação sobre a violência sexual dentro da igreja católica francesa e calculou que 330.000 menores foram vítimas de padres, religiosos e pessoas próximas a instituições católicas desde 1950. Esses números são estimativas.

- Irlanda -

Na Irlanda, as primeiras alegações surgiram na década de 1980.

A partir de 2008, a Igreja iniciou uma série de investigações internas sobre alegações de agressões sexuais cometidas desde 1975 por pelo menos 85 padres.

- Polônia -

Desde 2018, a Igreja Católica na Polônia recebeu centenas de denúncias sobre agressões sexuais contra menores atribuídas ao clero.

Em 2019, admitiu que quase 400 padres abusaram sexualmente de crianças ao longo de três décadas.

- Austrália -

Após uma série de escândalos, uma comissão do governo investigou, entre 2013 e 2017, a igreja católica e outras instituições que abrigam menores.

O relatório concluiu que 7% dos religiosos católicos receberam denúncias de agressões sexuais contra menores entre 1950 e 2010, sem que isso implique uma investigação dos fatos.

Durante viagem de retorno ao Vaticano, após visita à África, o papa Francisco afirmou neste domingo (5) que a criminalização de homossexuais "é uma injustiça e um pecado que não se pode deixar passar". A afirmação, reiterando declarações anteriores, ocorreu durante a tradicional conferência de imprensa em voos posteriores a visitas internacionais, quando foi indagado sobre a perseguição que sofrem os homossexuais em alguns países africanos.

Ele relembrou a célebre afirmação: "Se uma pessoa é de tendência homossexual e acredita e busca a Deus, quem sou eu para julgá-la?". "Já havia dito que a criminalização da homossexualidade é um problema que não deve ser deixado para depois. Acredito que existam cerca de 50 países que, de um modo ou de outro, criminalizam a homossexualidade e dez inclusive preveem pena de morte; isto não é justo", disse o pontífice

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O chefe da Igreja Católica também reiterou que "pessoas de tendência homossexual são filhas de Deus". "Deus as quer, Deus as acompanha e condenar essa pessoa por isso é um pecado. Não estou falando de grupos, lobbies, mas de pessoas. E o Catecismo da Igreja diz que ninguém deve ser marginalizado."

Instrumentação

Ele também aproveitou a conversa com jornalistas para lamentar que a morte de seu antecessor, o papa emérito Bento XVI, em 31 de dezembro, tenha sido "instrumentalizada" por alguns grupos dentro da Igreja Católica. "Foi instrumentalizada por gente que deseja 'levar água para o seu moinho'. Essa gente não tem ética, é gente de partido, não de Igreja", afirmou Francisco. "Deixo de lado essas coisas, porque não prosperam, caem por si, como de resto ocorreu em toda a história da Igreja." O bispo alemão Georg Ganswein, que acompanhou os últimos anos de Bento XVI, publicou há um mês um livro com críticas a Francisco, em que relata que a decisão de proibir missas em latim "partiu o coração" do antecessor.

Foi a primeira vez que Francisco deu uma resposta mais enfática dirigida a setores mais conservadores do catolicismo que criticam sua condução da "cátedra" de São Pedro. Um ponto a se observar na disputa interna da Igreja Católica envolve agora a sucessão próxima do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Luis Ladaria Ferrer. O departamento teve entre seus chefes Bento XVI, no papado de João Paulo II. Agora, teme-se a colocação no posto de alguém mais liberal, justamente quando cresce a pressão no Vaticano por uma encíclica moral voltada para sexualidade e crítica à ideologia de gênero. Nesse ponto, os acenos de Francisco ao acolhimento à comunidade LGBT+ têm provocado críticas cada vez mais abertas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cardeal australiano George Pell, ex-assessor financeiro do Papa Francisco, que passou mais de 400 dias em confinamento solitário até que suas condenações por abuso sexual infantil fossem anuladas, morreu nesta terça-feira, 11, aos 81 anos. Ele sofreu complicações cardíacas fatais após cirurgia no quadril, disse o arcebispo Peter Comensoli, seu sucessor como arcebispo de Melbourne.

Embora mais moderado do que outros cardeais conservadores da Cúria, ele nunca escondeu sua oposição às reformas de Francisco. Isso não foi impeditivo para que fosse incluído pelo pontífice no conselho de cardeais que o ajudaria no governo da Igreja, e depois o tornasse prefeito da nascente Secretaria de Economia (ministério das finanças), que traria ordem às contas pouco transparentes da Santa Sé.

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Um réquiem para Pell deve ser realizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, nos próximos dias. A expectativa é de que o papa participe do rito fúnebre. O corpo também deve ser levado de volta à Austrália para uma missa fúnebre e ser enterrado na cripta da Catedral de Santa Maria, em Sidney.

O arcebispo católico de Sydney, Anthony Fisher, disse que a morte foi um choque. "Caberá aos historiadores avaliar seu impacto na vida da igreja na Austrália e além, mas foi considerável e será duradouro", disse.

"Para muitas pessoas, especialmente da fé católica, este será um dia difícil", declarou o primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese.

A jornalista Lucie Morris-Marr, que escreveu o livro Fallen sobre o julgamento de Pell, disse no Twitter que a morte de Pell "será um gatilho terrível para muitos australianos afetados pelo abuso sexual de crianças católicas e não apenas para os envolvidos em seu julgamento".

Apesar de absolvido de acusações de abuso sexual de crianças que remetiam à 1990, Pell, junto à arquidiocese de Melbourne, enfrentava processo civil na Austrália. O caso foi apresentado pelo pai de um ex-coroinha que alegou ter sido abusado sexualmente por Pell.

O pai afirma ainda ter sofrido efeitos psicológicos em decorrência dos abusos do filho, que morreu em 2014 por overdose acidental de drogas. "Um julgamento civil provavelmente teria dado a oportunidade de interrogar Pell e realmente testar sua defesa contra essas alegações", disse Lisa Flynn, diretora jurídica da Shine Lawyers. "Ainda há uma grande quantidade de evidências para essa alegação."

Acusações de pedofilia

Pell nasceu em 8 de junho de 1941, o mais velho de três filhos de um boxeador campeão peso-pesado. A mãe Margaret Lillian era de uma família católica irlandesa. Ele cresceu na cidade regional vitoriana de Ballarat. Com 1,93 metro de altura, era chamado pelo apelido "Ranger" e foi um talentoso jogador de futebol australiano. Chegou a receber uma proposta oferecido de contrato para ser jogador profissional e jogar pelo Richmond, mas optou pelo seminário.

Ex-arcebispo de Melbourne e Sydney, tornou-se o terceiro oficial mais graduado no Vaticano depois que o Papa Francisco o convocou, em 2014, para reformar as finanças notoriamente opacas do Vaticano, como o primeiro "czar financeiro" da Santa Sé. Passou três anos como prefeito da recém-criada Secretaria de Economia, onde tentou impor padrões internacionais de orçamento, contabilidade e transparência.

Pell voltou à Austrália em 2017 em tentativa de limpar seu nome de acusações de sexo com crianças que datam do tempo como arcebispo. Um júri do Tribunal do Condado do estado de Victoria inicialmente o condenou por molestar dois coroinhas, de 13 anos, no final da década de 1990.

O cardeal cumpriu 404 dias em confinamento solitário antes que o plenário do Supremo Tribunal anulasse por unanimidade suas condenações em 2020. Durante o tempo na prisão, Pell manteve um diário documentando tudo. Nele, refletiu sobre a natureza do sofrimento, o papado de Francisco e as humilhações da prisão enquanto lutava para limpar seu nome por um crime que insistia nunca ter cometido.

Pell e seus apoiadores acreditavam que ele foi uma espécie de "bode expiatório" de todos os crimes da resposta malfeita da Igreja Católica australiana contra o abuso sexual do clero. Vítimas e críticos dizem que ele sintetizou tudo de errado na maneira com que a igreja lidou com o problema.

O cardeal teve apoio e foi defendido por Francisco. "Ele teve que ficar na Austrália por quase dois anos por essa calúnia e, então, foi considerado inocente, mas fizeram o pobre sujeito pagar caro", disse o Papa, em entrevista ao canal de televisão italiano Mediaset, neste Natal.

Embora absolvido, a reputação do ex-tesoureiro permaneceu manchada pelos escândalos. A Comissão Real da Austrália para Respostas Institucionais ao Abuso Sexual Infantil apontou que ele sabia de clérigos molestavam crianças na década de 1970, mas não tomou as medidas adequadas para lidar com isso.

Pell havia testemunhado remotamente à comissão durante quatro dias em Roma em 2016. Após seu testemunho, Pell se encontrou com sobreviventes australianos que viajaram a Roma para ouvir o testemunho dele pessoalmente. Ele reconheceu que falhou em agir sobre uma alegação de uma década atrás e prometeu trabalhar para acabar com a onda de suicídios em sua cidade natal australiana de Ballarat, onde dezenas de pessoas tiraram suas vidas como resultado do trauma. "Agora sabemos que era um dos piores lugares da Austrália (para crimes sexuais infantis)", disse Pell na época.

Depois que ele foi considerado responsável por não tomar as medidas adequadas pela Comissão Real, Pell disse que ficou surpreso com as descobertas e que elas não foram "apoiadas por evidências".

A Procissão da Bandeira deu início à 425° Festa do Glorioso Santo Amaro, nesta sexta-feira (6), pelas ruas de Jaboatão Centro. As homenagens ao padroeiro do Jaboatão dos Guararapes seguem até o dia 15, com diversas celebrações eucarísticas, como missas, novenas e procissões na Igreja Matriz de Santo Amaro. O cortejo partiu da Capela de Santa Luzia e seguiu até a Igreja Matriz e por onde passava os fiéis prestavam reverência ao padroeiro.

A Santa Missa iniciou às 20h, celebrada pelo padre Damião Silva, no altar montado em frente à Igreja Matriz. A dona de casa Maria Rita acompanhou a procissão, durante todo o percurso de uma hora e meia e a missa.

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“Venho pra Festa de Santo Amaro há mais de 20 anos e senti muita falta nesses dois anos que não teve por causa da covid. Mas todos nós temos muito a agradecer, porque passamos por esse tormento e estamos aqui. Santo Amaro nos protegeu”, disse Rita.

Neste sábado, a programação continua com a adoração ao Santíssimo Sacramento a partir das 17h e a Novena de Santo Amaro. Às 18h, uma procissão parte da Paróquia Nossa Senhora do Rosário em direção à Igreja Matriz. Por fim, os fiéis acompanharam a Santa Missa às 19h, presidida pelo Pe. Kaio Cavalcanti. 

O prefeito Mano Medeiros acompanhou a Procissão da Bandeira ao lado do pároco da Matriz de Santo Amaro, padre Rogério Silva, e falou sobre a importância desse momento para a comunidade católica.

“Os devotos de Santo Amaro aguardavam por esse momento há dois anos, em virtude da pandemia, para prestar as homenagens e agradecer pelas graças alcançadas. Este ano estamos realizando esta bela festa, que reúne tantas famílias em Jaboatão Centro”, falou o gestor. 

Durante todo o período de festa, as celebrações também serão transmitidas ao vivo pelo Canal no YouTube da Paróquia de Santo Amaro, disponível no link https://www.youtube.com/channel/UCTfjYYutahuIhC-Q1pSf0rg.

*Da assessoria 

A Igreja Católica francesa é alvo de nova investigação sobre agressão sexual, após a justiça decidir investigar uma sinalização da diocese de Paris sobre seu ex-arcebispo Michel Aupetit, informou o Ministério Público nesta terça-feira (3).

A Justiça francesa abriu, em dezembro, uma investigação por agressão sexual de vulnerável, segundo o Ministério Público de Paris, confirmando uma informação do canal de televisão BFMTV.

Segundo o canal, o ex-arcebispo manteve uma relação com uma pessoa que era objeto de uma medida de proteção judicial.

Uma fonte próxima ao caso explicou que a investigação examina "trocas de e-mails" entre o religioso e uma mulher, cujo consentimento deverá ser estabelecido em função de seu estado de saúde mental.

A diocese de Paris "confirmou que relatou os fatos (às autoridades judiciais) e especificou que não pôde verificar se são verdadeiros e se representam um crime", em um comunicado divulgado na noite desta terça-feira.

O advogado de Aupetit, Jean Reinhart, afirmou à AFP que, até o momento, não tem conhecimento sobre "nenhuma denúncia".

Aupetit renunciou no final de 2021 depois que vários jornais revelaram um relacionamento íntimo com uma mulher em 2012, o que ele negou categoricamente.

O papa Francisco aceitou sua renúncia no final de 2021, por considerar que a "reputação do então arcebispo de Paris estava comprometida.

Aupetit, ordenado sacerdote com 44 anos após trabalhar durante 11 anos como médico, também foi alvo de críticas por sua gestão dos recursos humanos na diocese mais importante da França.

O ex-arcebispo também é conhecido por suas posições rígidas sobre família e bioética, seu apoio a marchas contra o aborto e sua oposição ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A Igreja Católica na França registra uma série de golpes desde outubro de 2021, quando um relatório independente estimou que cerca de 216 mil menores foram vítimas de abusos por parte de padres e religiosos entre 1950 e 2020.

Em novembro, a Justiça abriu uma investigação contra o cardeal Jean-Pierre Ricard, que reconheceu ter tido um comportamento "repreensível" com uma menor de idade há 35 anos.

O papa Francisco presidirá, em 5 de janeiro, o funeral de seu antecessor Bento XVI, que morreu em sua residência dentro do Vaticano, neste sábado (31), aos 95 anos — anunciou o porta-voz da Santa Sé, Matteo Bruni.

"Na quinta-feira, 5 de janeiro, às 9h30 (5h30 em Brasília) será realizado o funeral, na praça de São Pedro, que será presidido pelo Santo Padre", detalhou Bruni.

Pela primeira vez na história milenar da Igreja Católica, um papa em exercício, o argentino Francisco, presidirá o funeral de outro papa, Bento XVI, sem funções após renunciar ao pontificado em 2013.

O corpo do pontífice emérito estará exposto a partir de segunda-feira, dia 2, na Basílica de São Pedro para receber o último adeus dos fiéis.

"Segundo o desejo do papa emérito, o funeral será realizado com a maior simplicidade", acrescentou o porta-voz papal.

Segundo especialistas em assuntos religiosos, como não existe um protocolo específico para a morte de um papa emérito, seu funeral será muito semelhante ao de um papa ativo, "mas sem conclave" e "sem assento vago".

Durante esse tempo, o cadáver do pontífice permanecerá à vista de todos, sobre uma sóbria tapeçaria, com paramentos litúrgicos.

Algumas horas antes de seu enterro, será colocado em um caixão coberto por outros dois: o exterior, feito em madeira de olmo; o do meio, de chumbo; e o interior, de madeira de cipreste.

Um espaço na cripta localizada junto às catacumbas de São Pedro foi reservado para acolher o corpo de Bento XVI, a menos que ele tenha deixado instruções para ser enterrado em outro lugar.

Segundo as normas estabelecidas pela Constituição Apostólica Dominici Gregis, promulgada por João Paulo II em 1996, Francisco vai decretar luto oficial. Cardeais de todo mundo celebrarão eucaristias para seu descanso eterno durante esses dias.

O papa Bento XVI morreu neste sábado, 31, aos 95 anos, conforme anunciou o Vaticano, que recentemente já tinha anunciado que a saúde de Bento XVI era de estado frágil e o papa Francisco estava pedindo orações para o seu antecessor.

Muito maior do que um reino/ é uma abdicação. Os versos são de Cassiano Ricardo e ajudam a explicar a atração exercida pela renúncia de Bento XVI. Desde 1294, quando Celestino V decidira descer do trono de Pedro, nenhum outro papa ousara o gesto. Mais do que procurar suas razões, importa mostrar as consequências do ato: foi a renúncia, em 2013, que revelou o papado de Joseph Ratzinger como o fracasso da construção de uma terceira via na Igreja, uma ponte entre progressistas e tradicionalistas.

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A ruptura libertou Joseph Ratzinger de ser visto apenas como o instrumento dos tradicionalistas, o papa do combate à hermenêutica que buscava no marxismo o caminho para o desenvolvimento integral do homem. Também não permitia mais que fosse só explicado como o homem das podas nas vinhas do Senhor, o da condenação ao relativismo moderno e ao secularismo, o pessimista agostiniano que via degradação na cidade dos homens.

A incompreensão foi tragédia que selou o destino do papa, sucedido pelo argentino Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. Em um mundo sufocado pelo discurso da técnica, da eficiência e da utilidade, ele escreveu três encíclicas - Deus caristas est, Spe salvi e Caritas in veritate - para afirmar a caridade, o amor e a esperança. O alemão Ratzinger nasceu e testemunhou a maior crise da modernidade, marcada pela ascensão do nazismo e pela destruição da 2.ª Guerra Mundial.

Agostinho via o mundo marcado pelo pecado original e os que nele persistiam construiriam a cidade dosomens, enquanto os eleitos pela Graça, mediada pela Igreja, ergueriam a de Deus. Seu mundo parecia perecer, e as pessoas que o cercavam se perguntavam por que Deus permitira aquilo, assim como Ratzinger se questionaria, séculos depois, ao visitar o campo de concentração de Auschwitz: Onde estava Deus?"

A denúncia do papa era a de quem reconhecia na crise da razão moderna o drama de um humanismo sem Deus, apontado antes pelo teólogo francês Henri du Lubac. "A razão tem sempre necessidade de ser purificada pela fé; e isto vale também para a razão política, que não se deve crer onipotente. A religião, por sua vez, precisa sempre de ser purificada pela razão, para mostrar o seu autêntico rosto humano. A ruptura deste diálogo implica um custo muito gravoso para o desenvolvimento da humanidade", escreveu Bento XVI na encíclica Caritas in veritate.

Em suma, sem Deus, não há proteção contra os extremos do pensamento e sem razão, contra os extremos da fé. Ao buscar o diálogo, Ratzinger reeditava o conservadorismo com roupa nova? Ou queria superar a modernidade em uma pós-modernidade em que houvesse espaço para Deus? Aqui residia a sua terceira via: longe das concessões à modernidade dos progressistas, mas também ciente dos perigos de uma fé reacionária, fechada ao desenvolvimento humano integral.

Em torno do jovem seminarista havia uma atmosfera de götterdämmerung (crepúsculo dos deuses), a mesma que envolvera Santo Agostinho ao testemunhar as invasões bárbaras no Império Romano. Em sua obra Cidade de Deus, Agostinho, o bispo de Hipona, se esforça para mostrar aos fiéis por que a desgraça de Roma saqueada pelos godos de Alarico não devia afastá-los da fé.

Ratzinger fora o conservador que, em 2007, escrevera a exortação apostólica Sacramentum Caritatis, quando sugeriu o ensino de história da arte nos seminários bem como pediu aos padres cuidado com a arquitetura dos templos e com a música dos cultos e exaltara o canto gregoriano e o latim. Ele via na arte uma manifestação do sagrado que devia servir ao fiel que experimenta o belo como expressão do divino. Aqui a influência da teologia como estética do sagrado de Hans Urs von Balthasar.

Ao saber de sua eleição como papa, após a morte de João Paulo II em 2005, o teólogo Leonardo Boff pensou: "É um papa que vai sofrer muito, pois talvez jamais tenha abraçado pessoas, mesmo uma mulher, e se exposto às multidões". Boff conhecera o pontífice nos anos 1970, quando escrevia sua tese A Igreja como Sacramento Fundamental do Mundo Secularizado.

O brasileiro seria um dos 110 teólogos punidos pelo cardeal Ratzinger, com a deposição de cátedra e a imposição do silêncio quando ele dirigia a Congregação para a Doutrina da Fé. Para Boff, Ratzinger via a Igreja como fortaleza sitiada por inimigos - os erros e desvios da modernidade. "A centralidade era a ortodoxia e a sã doutrina, como se fossem as prédicas que salvassem e não as práticas", escreveu.

O papa manteve, assim, a punição do amigo Hans Küng, o teólogo que desafiara o dogma da infalibilidade papal. Também não fez abertura à obra do jesuíta Karl Rahner, com o cristianismo oculto e o diálogo ecumênico.

Mas Bento XVI também pode ser lido pelos símbolos que o acompanhavam. A começar pela escolha do nome Bento, que parece lembrar Bento XV, o papa que buscara acabar em 1915 com a luta entre progressistas e integralistas que marcara o papado de Pio X, inimigo do modernismo na Igreja. "Não é o combate ao relativismo o grande tema de seu papado, mas o amor", disse Francisco Borba Ribeiro Neto, coordenador do Núcleo Fé e Cultura da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).

Borba acredita que isso só pôde ser percebido quando Ratzinger deixou de exercer o poder ao lado dos conservadores. De tal forma que passara despercebido o fato de sua última encíclica, Caritas in veritate, retomar e modernizar a encíclica Populorum progressio, do papa Paulo VI, que abriu as portas para a Igreja militante da Teologia da Libertação nos anos 1960.

Ele chama a atenção para o símbolo de seu escudo papal: a imagem de uma concha. Bento XVI queria esvaziar o oceano com a concha, como a criança na fábula sobre Agostinho? O papa intelectual e tímido não soube lidar com a administração da Igreja, dos escândalos de pedofilia - quando aconselhou que não se denunciasse às autoridades civis os padres pedófilos - à gestão das intrigas da Cúria.

Bento sucumbiu às coisas da terra. Renunciou e abriu caminho para o papado de Francisco. Já se disse que ele se tornou um papa difícil de ser amado, ainda mais por quem espera da Igreja o que ela não oferece: aceitação de escolhas contrárias ao que é fundamental na fé. Essa instituição com 2 mil anos de história, que tem como lei suprema a salvação das almas, precisa falar ao mundo. Ratzinger não conseguiu. Sua tragédia foi a mesma do cristianismo: devorado pela modernidade que ajudou a criar.

Um padre foi afastado de suas funções em uma comunidade religiosa na Zona Leste de São Paulo, após presidir uma cerimônia de casamento coletiva, voltada a uniões homoafetivas. Apesar da Arquidiocese de São Paulo não ter dito explicitamente que o afastamento foi por esse motivo, foi notificado um erro grave de conduta e que “merece apuração”. O religioso em questão é Ivanildo Assis Mendes Tavares, de 39 anos, natural de Cabo Verde, mas radicado no Brasil desde 2012. 

Em 2013, Padre Assis iniciou um trabalho intenso ao lado da população de rua, encarcerada, de pessoas negras e LGBTQIA+. Sua atuação na comunidade São José Operário da Vila Prudente comoveu diversos grupos de fiéis, que têm se movimentado para pedir a revogação da decisão da Igreja. 

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A cerimônia coletiva aconteceu no último dia 22 de outubro, em Franco da Rocha, e também foi interreligiosa. 20 casais foram abençoados não apenas pelo padre Assis, mas também a iyálorisá Tania ti Oyá, o pastor Sérgio Cunha e o kardecista José Lúcio Arantes. Ao menos três casais abençoados eram gays. O evento acontece há 15 anos na cidade. 

Após a benção ao casamento, Assis foi afastado. A decisão foi do Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer. Na carta de afastamento, o Arcebispo alega que o padre participou de uma "simulação de sacramento", conduta que é proibida pelo código canônico, uma espécie de ordenamento jurídico que rege a Igreja Católica. Com isso, o padre está proibido de celebrar sacramentos e de exercer suas funções sacerdotais. 

O afastamento gerou um abaixo-assinado publicado pela Comunidade São José Operário nas redes sociais, onde mais de 2.500 pessoas assinaram o documento pedindo que Dom Odilo reconsidere a punição. O título da carta diz que “Entre a lei e o amor, escolhemos o amor!” e pede que a Igreja Católica reconsidere o afastamento do padre. 

O documento foi escrito por lideranças de cinco comunidades carentes da região Episcopal Belém, onde o padre atua: a Favela de Vila Prudente, a Favela Jacaraípe, Favela Ilha das Cobras, Favela Haiti e Favela da Sabesp, todas na Zona Leste. Segundo a Arquidiocese de São Paulo, a comunidade da Vila Prudente continuará sendo assistida pastoralmente pelo setor episcopal do Belém. 

"As comunidades católicas da Vila Prudente continuarão a ser atendidas pastoralmente e a “retirada do uso de Ordem” ao referido Padre na Arquidiocese de São Paulo, como já dito, é cautelar, podendo ser mudada, após serem esclarecidos os fatos e as suas consequências e a depender da aceitação do sacerdote de observar as normas da Igreja", disse. 

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--> 'Padre é suspenso na França por abuso sexual no Brasil'

A disputa entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição ao Palácio do Planalto pelo PL, arrastou a Igreja Católica para o centro do debate eleitoral neste segundo turno. Marca da primeira fase da corrida presidencial com foco nos evangélicos, a busca pelo voto religioso mira agora todos os cristãos. Autoridades eclesiásticas tiveram de ir a público pedir "calma", "discernimento" e "respeito" entre os fiéis, em meio às divergências e à polarização.

Ao mesmo tempo há radicalização de discursos em favor do atual mandatário ou manifestações de apoio ao ex-presidente. Padres, como Paulo Ricardo, da Arquidiocese de Cuiabá, disseram que o momento eleitoral configura uma "luta espiritual" contra o satanás, o aborto e o comunismo.

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O arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, por sua vez, teve de explicar por que usa vestes vermelhas - a cor dos cardeais -, marcou posicionamento contra a interrupção da gravidez e chegou a alertar para os riscos do fascismo. "Tempos estranhos esses nossos! Conheço bastante a história. Às vezes, parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários, especialmente o fascismo. É preciso ter muita calma e discernimento nesta hora!", escreveu d. Odilo, no Twitter, anteontem.

Para Vinicius do Valle, doutor em Ciência Política pela USP, especialista em religião e pesquisador do Observatório Evangélico, a atual eleição é o momento de maior tensão política para a Igreja Católica desde a redemocratização. "Não por escolha, mas porque ela foi empurrada. A Igreja Católica não tem manifestações de apoio a um candidato e, sim, posicionamentos mais ideológicos, que ora se alinham com um (candidato), ora com outro", afirmou Valle.

AGENDAS

Ontem, Lula, Bolsonaro, o vice na chapa do candidato à reeleição, general Walter Braga Netto, além da primeira-dama Michelle e da senadora eleita Damares Alves (Republicanos-DF), que são evangélicas, marcaram presença em eventos católicos. O time de Bolsonaro foi à Noite de Clamor pelo Brasil - Terra de Santa Cruz, em um ginásio em Brasília. Padre Kelmon (PTB), candidato derrotado no primeiro turno e que não tem ligação com a Igreja de Roma, estava presente.

Com representantes católicos de Estados como Goiás e Minas, além do Distrito Federal, o ato foi uma tentativa de mostrar apoio dos católicos. O deputado Eros Biondini (PROS-MG) atuou como chefe da cerimônia. Ele anunciou que era o momento "de retirar satanás". "Os demônios sairão de nossas vidas pelo jejum e pela oração. Estamos levantando um grande clamor pelo nosso país", afirmou. Bolsonaro não havia discursado até a conclusão desta edição.

À tarde, o petista recebeu o apoio de cerca de 200 religiosos, em São Paulo, entre padres, freiras e frades. No encontro com clérigos, Lula reforçou acenos ao eleitorado católico e prometeu manter diálogo aberto com a Igreja. "Eu nunca tinha visto o Brasil tomado pelo ódio como uma parte da sociedade brasileira está hoje", afirmou. "Tenho lido notícias de padres atacados porque estão falando da fome, da pobreza, da democracia", disse o petista. Embora critique a exploração da fé, o ex-presidente recebeu bênçãos de um sacerdote católico diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida.

ALERTA

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) já se posicionou em nota na qual reprova a atitude dos candidatos de vincular o voto à religião. No texto divulgado na terça-feira passada, na véspera das festividades de Nossa Senhora, a entidade afirmou que a união da fé com política "desvirtua valores do Evangelho e tira o foco dos reais problemas que precisam ser debatidos e enfrentados no País".

No dia seguinte - Feriado da Padroeira -, os episódios de tensão política entre católicos passaram a ser registrados. Bolsonaro esteve no Santuário Nacional em Aparecida, o que levou apoiadores ao local. Bolsonaristas vaiaram a homilia do arcebispo d. Orlando Brandes, discutiram com padres, perseguiram pessoas vestidas de vermelho e hostilizaram profissionais de imprensa.

"O que aconteceu em Aparecida foi muito chocante porque é uma profanação do espaço sagrado, que é quase intocável, em que não se pode brincar", afirmou o cientista social Leon Souza, que monitora redes católicas na organização Casa Galileia. "Isso nunca aconteceu em Aparecida, e não me lembro de ter acontecido em outro evento religioso. Mostra que a violência vai avançando, inclusive em um espaço sagrado, em torno da fé."

Nas redes sociais, neste segundo turno, foram 3 milhões de interações - curtidas, compartilhamentos e comentários -, em 13 mil publicações sobre episódios que envolveram a fé católica e a política brasileira no Facebook e Instagram, segundo dados do CrowdTangle. O pico foi registrado justamente no dia 12 de outubro, quando ocorreram 731 mil interações.

EMBATES. Durante uma missa em Fazenda Rio Grande (PR), também no dia 12 de outubro, um padre foi interrompido durante a homilia. Uma fiel pergunta se ele é a favor do aborto, da ideologia de gênero e se estaria pedindo votos para Lula.

"Cansei de abrir espaço para católicos superpolitizados, irados e insatisfeitos com nossa Igreja. Estou me retirando até o dia 31 (de outubro)", escreveu Padre Zezinho, na redes sociais. "Já escolheram ser catequizados por dois poderosos políticos brasileiros", afirmou. "Querem um Brasil direitista ou esquerdista."

Para quase 60% da população, a religião é importante na hora do voto, de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada na sexta-feira passada. Segundo levantamento do Ipec divulgada ontem, Lula soma 56% das intenções de voto ante 38% do chefe do Executivo. A vantagem do atual presidente entre evangélicos é de 28 pontos porcentuais (60% a 32%).

Integrantes da campanha de Lula e apoiadores disseram acreditar que precisam levar ao horário eleitoral na TV e no rádio lacunas que ficaram abertas no debate de anteontem, realizado em pool por Band, TV Cultura, UOL e Folha de S.Paulo. Entre os temas que exigem mais explicações ao eleitor estão a corrupção e a religião, por exemplo.

A religiosidade dos católicos, no entanto, é mais flexível, disse Rodrigo Toniol, professor de Antropologia e coordenador do grupo de pesquisa Passagens, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Católicos se alinham com os princípios cristãos e práticas que acreditam na Igreja. Já evangélicos têm de praticar de maneira ortodoxa, indo a cultos, se envolvem na comunidade e acabam sendo mais suscetíveis a opiniões políticas de grupo", disse. (Colaboraram André Borges, Daniel Vila Nova, Eduardo Gayer, Marcela Villar, Luiz Vassallo e Samuel Lima)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O papa Francisco assinou neste sábado (24) em Assis, no centro da Itália, um pacto com jovens do mundo todo para construir “uma economia de paz, e não de guerra”.

No pacto, assinado por cerca de mil jovens de uma centena de países que participaram de um encontro de três dias intitulado "A Economia de Francisco", eles se comprometem a construir uma economia "a serviço das pessoas, das famílias e da vida, respeitosa de cada homem, mulher, criança, idoso e, sobretudo, dos mais frágeis e vulneráveis".

Esses jovens, que são economistas, estudantes, empresários e trabalhadores, também querem “uma economia que combata a miséria em todas as suas formas” e que “crie riqueza para todos”.

"Nossa geração legou a vocês várias riquezas, mas não soubemos preservar o planeta e não preservamos a paz. Cabe a vocês construir a casa comum, uma casa comum que está em ruínas", disse o papa antes de assinar o pacto.

“Uma nova economia inspirada por Francisco de Assis pode e deve ser hoje uma economia que respeite a terra e uma economia de paz”, acrescentou o Sumo pontífice.

Depois de 83 anos, a Igreja Católica realizou, a partir da Arquidiocese de Olinda e Recife, a segunda procissão fluvial com o Santíssimo Sacramento pelos rios Capibaribe e Beberibe nesta quinta-feira (22). O evento celebra a 57ª Semana Eucarística da Boa Vista, na Igreja Matriz da Boa Vista, área central do Recife. 

A realização da Semana iniciou no domingo (18), e vai até esta sexta-feira (23), em sintonia com o 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), com o tema “Pão em todas as mesas”, que será celebrado de 11 a 15 de novembro, em Recife e Olinda. 

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O Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, o bispo auxiliar, Dom Antônio, o vigário Dom Luiz Gonzaga Pepeu e outros padres representaram o Congresso Eucarístico no Catamarã, que passou pelas pontes do Recife cumprimentando os fiéis.

À reportagem do LeiaJá, o padre Hélio do Nascimento, pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Beberibe, destacou que a procissão representa a comemoração da Semana Eucarística, que acontece anualmente na igreja da Boa Vista. “Estamos neste dia ensolarado rendendo graças ao nosso Deus e esperando Jesus passar no pão eucarístico”. Ele explicou que representantes das igrejas e fiéis estavam em algumas pontes do Recife para ver o “catamarã passar com o santíssimo sacramento”.

Por sua vez, a ministra da eucaristia e catequista, Maria da Conceição Leandro, afirmou que o evento tem como objetivo vivenciar a eucaristia, e que ele representa  a “manifestação do povo católico em passar para o povo o que é a eucaristia” . “A eucaristia é Jesus no seu corpo e no seu sangue, presente no pão eucarístico. Esse Congresso vem trazendo uma grande alegria para a Arquidiocese de Olinda e Recife, porque o último aconteceu há 83 anos e muitas pessoas que estão aqui não eram nascidas”, observou. 

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