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O general Marco Edson Gonçalves Dias, conhecido como G. Dias, afirmou aos integrantes da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos de 8 de janeiro que a Polícia Militar do Distrito Federal descumpriu as determinações do planejamento da segurança da Praça dos Três Poderes contra manifestações.

Em sua fala inicial à CPMI, ele reiterou que exerceu efetivamente ação de comando na segurança do Palácio do Planalto em meio ao que ele considerou um levante antidemocrático e um ataque inédito.

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O ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República informou aos parlamentares que o planejamento de segurança previa o impedimento do acesso de manifestantes e veículos à Praça dos Três Poderes. Ele reiterou que, até o dia dos ataques, não havia indícios de manifestações violentas.

Informações divergentes

G. Dias afirmou que, ao longo do dia 8 de janeiro, recebeu informações divergentes sobre a ação dos manifestantes e decidiu ir pessoalmente ao Palácio do Planalto. “Eu era ministro. Cabia a mim como ministro e cidadão brasileiro preservar a sede do Poder Executivo brasileiro, o Palácio do Planalto.”

Imagens questionadas

Depois de divulgadas pela imprensa imagens de câmeras internas do palácio, o general Gonçalves Dias foi acusado de conivência com os manifestantes. Ele explicou que a ideia era evacuar o prédio o mais rápido possível, evitando mortos e feridos.

Sobre as imagens, ele falou que encontrou três pessoas e indicou a elas o acesso à escada que levaria ao segundo andar, onde as prisões dos manifestantes estavam sendo feitas. G. Dias classificou a divulgação do material das câmeras internas como “imprecisa e desconexa”.

Relatórios enviados ao Senado

O ex-ministro-chefe do GSI também negou que tenha mandado adulterar documentos ou retirar o seu nome do relatório enviado ao Senado com informações sobre o 8 de janeiro.

Ele argumentou que a determinação foi pela padronização de informações, já que as mensagens de alerta sobre os ataques tinham sido trocadas em grupos institucionais e não pelo telefone particular dele.

*Da Agência Câmara de Notícias

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal (DF), coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, nesta terça-feira (29), que ficará em silêncio diante dos questionamentos feitos pelos membros da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro.

Preso desde agosto, Fábio Vieira foi autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, a não responder perguntas que pudessem o incriminar e a não prestar o juramento de dizer a verdade, do qual todos os depoentes são submetidos.

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Nos minutos iniciais da oitiva, a CPMI abriu para uma fala direta do coronel e ele disse ter ficado “consternado” com os atos. Além disso, negou ter compactuado com as ações dos golpistas.

"Fiquei consternado ao ver vândalos, verdadeiros terroristas, depredando prédios públicos e patrimônio histórico, e atacando instituições de nosso país, que sempre protegi com muita dedicação. Jamais compactuei, assenti, participei ou permiti que atacassem nosso Estado Democrático de Direito", declarou o coronel.

Logo em seguida, o ex-comandante da PM do DF foi direto: "Considerando que tais fatos são investigados na Procuradoria Geral da República e no Supremo Tribunal Federal, que os fatos investigados nesta CPI compõem a denúncia apresentada com prazo em curso para a minha defesa, e que não foi franqueada à minha defesa a íntegra dos documentos utilizados pela acusação na formulação da denúncia, e por orientação da minha defesa, vou permanecer em silêncio”.

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