Tópicos | Praias do Capibaribe

Quem passou pela Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, em frente ao Museu Murillo La Grecca, no bairro do Parnamirim, na tarde deste domingo (9), encontrou uma cena inusitada. Diversas pessoas aproveitaram o clima agradável para usufruir de uma estrutura praiana montada às margens do Rio Capibaribe. Cadeiras, lanches, redes e mergulhos compõe o cenário da ação encabeçada pelo projeto Praias do Capibaribe, que promove estes encontros mensalmente para que os cidadãos recifenses tomem consciência da importância do rio, ainda tão esquecido por muitos.

Além da “praia”, que contou com uma piscina flutuante e uma bola gigante de plástico para divertir os presentes, os que participaram desta edição do Praias do Capibaribe puderam conferir uma projeção de vídeos que também teve como objetivo promover a conscientização ambiental, além de entrevistas com pessoas ligadas ao tema.

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De acordo com a cocriadora do Praias do Capibaribe, Bruna Pedrosa, 31, o projeto é uma forma de fazer com que as pessoas tomem o Rio como patrimônio imaterial e como símbolo da cidade, já que ele atravessa todo o Recife. “Este deveria ser um ponto de encontro dos cidadãos, porque pertence a todos os recifenses. Além disso, queremos aproximar as crianças do Rio para que elas comecem a cuidar dele desde cedo, só assim a cidade começará a cuidar deste espaço”, explica.

A musicoterapeura Ledjane Sara, 42, levou o filho Romeu, de seis anos, para aproveitar a tarde perto do Rio. “Viemos para nos apoderar dos recursos naturais da nossa cidade, que, infelizmente, estão cada vez mais mal tratados. Este projeto faz com que a gente enxergue a cidade com outros olhos e comece a cobrar dos gestores a qualidade de vida que merecemos”, afirma.

A dupla de amigas Natália Sampaio, 34, e Gabriela Cabral, 32, também acredita na possibilidade de reverter a situação do Rio. “Nós reunirmos aqui dá um novo olhar para o Capibaribe que está tão abandonado e cheio de lixo. Muitos olham para o Rio como algo morto, mas eu acredito que este espaço é recuperável”, afirma Natália.

Gabriela, por sua vez, lamentou não ter levado a filha de oito anos para aproveitar a intervenção. “Este é um ambiente super agradável e na próxima edição vou trazer minha filha para que ela reflita sobre os novos locais que ela pode estar aproveitando na cidade”, finaliza. 

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