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A seleção brasileira masculina de vôlei está de volta à briga por vaga nos Jogos Olímpicos de Paris-2024 após uma grande ajuda de seu algoz de terça-feira. Um dia após ser superada pelos alemães e ficar em situação delicada, a equipe de Renan Dal Zotto entrou em quadra no Maracanãzinho sabendo da vitória dos rivais sobre a favorita Itália, cumpriu seu papel com dura virada por 3 a 2 sobre a Ucrânia, parciais de 36/38, 25/20, 21/25, 25/18 e 15/11, voltando a depender de suas forças.

A situação, contudo, não é tranquila pelo fato de o Brasil precisar ganhar todos os seus jogos somando os três pontos para buscar uma das duas vagas do Grupo A - anotar 3 a 0 ou 3 a 1. Com alemães isolados na frente, com 12 pontos, a seleção verde e amarela ainda aparece em quarto, com 7, mas encara Cuba, na sexta-feira, e Itália no domingo, podendo superar os candidatos à classificação. Entre os jogos, ainda enfrenta o Irã, para trás na briga pelas vagas.

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Comemoração brasileira depois da vitória sobre a Ucrânia Foto: Mauricio Val/FVImagem/CBV

Darlan entrou no segundo set para ser, mais uma vez, o destaque brasileiro. Depois de anotar 23 pontos na vitória sobre a República Checa, o jovem de 21 anos foi mais uma vez o maior pontuador da seleção, novamente com 23 bolas certeiras.

O JOGO

Menos de 24 horas após deixar o Maracanãzinho cabisbaixo com derrota por 3 a 1 para a Alemanha, a seleção brasileira entrou em quadra com os ânimos renovados após uma inesperada vitória dos alemães diante da favorita Itália. O resultado fez com que o time de Dal Zotto voltasse a depender só dele na busca da vaga olímpica, desde que vencesse todos seus rivais.

Apostas que não deram certo desde o começo contra a Alemanha, Darlan e Honorato perderam a vaga para Alan e Adriano, então titulares. Do mais, Renan apostou em Bruninho, Thales, Lucão, Flávio e Lucarelli, jogadores que já vinham atuando desde o início do Pré-Olímpico.

Autor de somente 10 pontos contra a Alemanha, Lucarelli começou mais ligado diante dos ucranianos anotando três dos cinco primeiros pontos brasileiros. O bloqueio também estava bem postado, ajudando na manutenção de três pontos de vantagem. Faltava, apenas, encaixar melhor o saque. Após o terceiro erro no quesito, os ucranianos encostaram com 15 a 14.

Em um set no qual chegou a abrir cinco pontos, um erro de Alan obrigou Dal Zotto a pedir tempo após a seleção sofrer o empate por 18 a 18. A parada deu resultado, com erro de saque ucraniano e bloqueio de Lucão a seguir para o Brasil resgatar o controle da parcial. O adversário voltou a empatar, em 21 a 21, mas com ataque preciso e 5º bloqueio, nova vantagem verde e amarela, em 23 a 21.

A parcial que parecia encaminhada, se tornou em desespero, com os ucranianos virando após salvarem quatro set points. O Brasil se recuperou, mas nada de fechar. O mais longo set do Pré-Olímpico terminou com 38 a 36 para os europeus após erro de recepção.

O Brasil sentiu o baque de não conseguir fechar e viu a Ucrânia largar logo com 4 a 1 no segundo set. Darlan entrou na vaga do irmão Alan para tentar melhorar o setor ofensivo. Com 7 a 3, Dal Zotto perdeu a paciência e cobrou com mais firmeza em pedido de tempo. "Sequência em saque, sequência em saque", cobrou. O time parece não tê-lo ouvido e mandou três seguidos na rede.

Com pontos seguidos de Darlan, forte no saque e no ataque, o Brasil se redimiu do começo ruim ao buscar o 13 a 13 após ficar atrás em quatro pontos. A virada veio em dois bloqueios de Flávio e novo saque perfeito do camisa 28. Chamando a torcida, Darlan recolocou a seleção de vez na parcial após sequência de seis pontos. A vibração do jovem de 21 anos reanimou a seleção, que se ajustou em quadra e buscou a igualdade com 25 a 20.

Assim como no segundo set, o Brasil também não largou bem na terceira parcial. Depois de 4 a 4, levou três pontos seguidos por erros bobos, de Darlan e Honorato - desperdiçaram o ataque. Após andar a parcial quase toda atrás, a seleção buscou o empate com dois pontos seguidos de Lucão, em ataque e depois com saque forte: 19 a 19. Nem deu tempo para festejar e os oponentes já abriram 23 a 19 e fecharam com 25 a 21 com ace.

Sob risco de dar adeus ao sonho olímpico, o Brasil foi para o quarto set sem poder perder. Em um erro da arbitragem, com a bola batendo na cabeça de Honorato após o brasileiro ser bloqueado, a seleção abriu 14 a 11, deixando os ucranianos revoltados. Tupchii levou cartão amarelo e depois vermelho por provocar a torcida, dando um ponto de graça. O clima ficou quente na quadra. Sem perder a concentração, o Brasil voltou a empatar, após bloqueio, com 25 a 18. Darlan já tinha 18 pontos na partida.

No tie-break, uma bola de Lucão na linha colocou a seleção em vantagem de 5 a 3. A vantagem chegou a 7 a 4 com o 31º erro de saque ucraniano. Darlan chegou aos 22 pontos e o Brasil ainda ganhou um ponto por erro na rotação dos adversários para ter 10 a 6. Em saque potente de Lucarelli, o que seria 13 a 9 se transformou em 12 a 10 por causa de pisão na linha e desafio preciso dos europeus.

Darlan deixou o Brasil a um ponto da vitória com seu 23º no jogo. Depois sacou forte e dificultou a recepção. A bola voltou e Flávio fechou a dura e importante vitória. "Em alguns momentos a gente acaba perdendo a paciência por erros. Mas olha no telão, que ajuda e vai ajustando. No primeiro set estava sem tocar na bola, mas depois começou a entrar, deu certo a estratégia e o time está de parabéns por saber sair da dificuldade. Vinha de uma derrota dura e soube reagir", disse Flávio, ao SporTV.

As equipes de ginástica masculina e feminina do Brasil seguem neste sábado rumo à Londres para a disputa do torneio pré-olímpico da modalidade. A competição será realizada na capital inglesa entre os dias 10 e 13 de janeiro. Ao todo, oito países lutam pelas quatros vagas que o campeonato oferece. O torneio terá, além do Brasil, as seleções da Bélgica, Canadá, Espanha, França, Itália, Coreia do Sul e Holanda.

As meninas treinaram no Brasil desde o dia primeiro dia do mês passado e embarcaram no último dia 26 de dezembro para a cidade de Ipswich, na Ingleterra, onde concluíram a fase de preparação para a competição. A estreia feminina em Londres está marcada para a próxima quarta-feira (11). O time brasileiro pelas ginastas Adrian Gomes, Daiane dos Santos, Bruna Leal, Ethiene Franco, Daniele Hypólito, Gabriela Soares, Jade Barbosa e Priscila Cobello.

No masculino, a história também é parecida. O Brasil contará com oito atletas em busca da sonhada vaga olímpica. Arthur Zanetti, Francisco Barreto, Sérgio Sasaki, Péricles Silva, Mosiah Rodrigues, Arthur Nory, Caio Campos e Petrix Barbosa serão os representantes do país na competição. As únicas ausências no elenco serão Diego Hypólito e Victor Rosa, que sofreram com dores no ombro durante a fase de preparação em Arques, na França e tiveram que retornar ao Brasil. Os treinamentos dos garotos iniciaram desde o dia 13 de dezembro.

Da equipe masculina, apenas dois atletas já tem vaga garantida nas Olimpíadas, são eles Diego Hypólito, com o bronze no mundial de Tóquio e Arthur Zanetti, que conseguiu na mesma competição do compatriota, conquistar a prata nas argolas.

Ginástica de trampolim

Além da modalidade olímpica, o Brasil também vai buscar uma vaga na ginástica de trampolim. O torneio será realizado entre os dias 12 e 14 de janeiro, em Londres. A representante nacional será Giovanna Matheus, que retorna à competições após dois anos e meio. Ela terá pela frente 15 concorrentes em busca de apenas cinco vagas para a competição olímpica.

O ginasta brasileiro Diego Hypólito está de volta ao Brasil. O motivo do regresso foram as dores que o atleta vem sofrendo no ombro esquerdo. Pelo fato de já ter espaço certo nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, ele finalizou a fase de treinamentos que estava fazendo com a seleção verde-amarela na França, visando o pré-olímpico e voltou ao país nesta sexta-feira (23).

Diego realizou exames na região ainda na França e o corte da equipe foi a melhor saída para prevenir a saúde do atleta. Depois da chegada ao Brasil, o ginasta irá fazer novas avaliações com médicos brasileiros para saber a gravidade da contusão e iniciar o tratamento visando a competição em 2012.

Hypólito estava com a seleção desde o dia 13 de dezembro realizando treinamentos na cidade francesa de Arques. Apesar da saída de Diego, o cronograma de atividades da seleção de ginástica segue conforme definido e os continuam até 7 de janeiro. O torneio pré-olímpico da modalidade será realizado entre os dias 10 e 13 de janeiro, em Londres.

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