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O Ministério Público de Pernambuco abriu um inquérito civil, nessa quarta-feira (26), para apurar as responsabilidades da Empresa Metropolitana e do Grande Recife acerca do não funcionamento da trava de segurança da abertura das portas dos ônibus em movimento. A medida teve como gancho as mortes de Camila Mirelle e Harlyton dos Santos, estudantes vítimas de acidentes envolvendo transporte público. 

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O inquérito foi aberto pelo promotor Humberto Graça, da Promotoria de Transporte, após laudo pericial da Polícia Civil constatar que se a trava estivesse em funcionamento teria impedido a morte da estudante Camila Mirelle.

A Promotoria de Transporte também acolheu denúncias feitas pela Frente de Luta pelo Transporte Público, que pleiteava providências dos órgãos competentes desde 2013. Dentre as solicitações requeridas pela Frente, estão: 1) Reestruturação e atualização do Conselho Superior de Transporte Metropolitano; 2) Instauração de novo processo para convocação das Conferências de Transporte; 3)Auditoria nas Contas das Empresas de Ônibus e nos Balancetes Financeiros; 4) Explicitar porque existem lotes de linhas de ônibus licitados em que não foram assinados contratos administrativos e de que forma se dará o reajuste tarifário; 5) Implementação de Campanhas Educativas contra o Assédio Sexual no Transporte, Estações e Paradas e 6) Apuração da Responsabilidade Civil das Empresas Metropolitana e Vera Cruz, bem como da Urbana e Consórcio Grande Recife por conta do falecimento dos dois estudantes no meio deste ano. 

Ficou determinado então que um ofício seja enviado ao Secretário de Cidades, ao presidente do Consórcio Grande Recife e ao presidente da URBANA-PE para que sejam apresentados esclarecimentos.

Mortes - Camila Mirelle, de 18 anos, morreu ao cair do ônibus de linha Barro/Macaxeira, na BR-101, no dia oito de maio. Já Harlinton dos Santos, de 20 anos, foi arremessado do ônibus da linha TI Tancredo Neves (IMIP), no Terminal do Cais de Santa Rita, no último dia 15 de junho.

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