O papa Francisco canonizou neste domingo (5) a religiosa sueca Marie Elisabeth Hesselblad (1870-1957), uma luterana que se converteu ao catolicismo, antes de uma visita à Suécia prevista para outubro.
A ministra da Cultura sueca, Alice Bah-Kuhnke, e quase 250 católicos do país assistiram a cerimônia, celebrada na Praça de São Pedro do Vaticano.
Hesselblad, conhecida por restaurar a congregação das brigidinas, nasceu 1870 em uma família luterana de 13 filhos. Na juventude foi trabalhar nos Estados Unidos para ajudar a família, como muitos agricultores suecos, e foi enfermeira em Nova York.
Em 1902 se converteu ao catolicismo e foi batizada. Dois anos mais tarde chegou a Roma e entrou para as carmelitas, onde, com uma permissão especial do papa Pio X, assumiu o hábito das brigidinas, uma ordem fundada pela santa sueca Brígida em 1363, um século e meio antes da Reforma.
Elisabeth Hesselblad reconstruiu a ordem, primeiro em Roma em 1911 e depois na Suécia em 1923, sempre com o objetivo da unidade dos cristãos. Faleceu em 1957 em Roma, aos 87 anos.
O processo de canonização foi iniciado pelo papa João Paulo II. No ano 2000, Hesselblad foi beatificada e em 2004 foi declarada "justa entre as nações" por sua defesa dos judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
O papa Francisco visitará a Suécia — país com apenas 150.000 católicos – entre 31 de outubro e 1 de novembro, onde participará em um evento, organizado pela Federação Luterana Mundial, da Refoma protestante de Martinho Lutero, que em 2017 completará 500 anos.
Na mesma cerimônia deste domingo, o papa canonizou o padre polonês Jan Papczyński (1631-1701), conhecido como Stanislau de Jesus e Maria.