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A Caixa Econômica Federal chegou a R$ 2,5 bilhões em dívidas de clientes repactuadas através do Desenrola, o programa de renegociação de dívidas do governo federal. O número se refere ao período entre 17 de julho, data em que o programa foi lançado, e esta quarta-feira, 6.

Segundo o banco, foram regularizados 131,2 mil contratos comerciais que estavam em atraso, para cerca de 102,4 mil clientes. A Caixa afirma ainda que mais de 142 mil pagamentos foram realizados à vista, o que representa 91,2% das dívidas.

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A Caixa tem renegociado dívidas dos clientes através de todos os canais, do físico aos digitais. O programa permite a regularização de contratos em atraso com desconto de até 90% à vista, ou o parcelamento em até 120 meses, com entrada e primeira parcela em 30 dias.

Na atual fase, o programa permite que os bancos renegociem dívidas de clientes com renda entre dois salários mínimos e R$ 20.000 mensais. Uma nova fase, que deve começar neste mês, deve incluir as dívidas não-bancárias, e também as de clientes de menor renda, caso em que haverá garantia do Tesouro.

A Caixa Econômica Federal (CEF) já renegociou R$ 1,32 bilhão em dívidas de 63 mil clientes através do Desenrola, o programa de renegociação criado pelo governo federal. O banco público afirma que, nas primeiras semanas da iniciativa, foram mais de 79 mil contratos regularizados, com 91% das propostas negociadas à vista.

Segundo a Caixa, cartão de crédito, cheque especial e CDC (crédito pessoal) são as linhas que contam com o maior índice de regularização no banco. As três linhas estão entre as de maiores taxas de juros no crédito para pessoas físicas, porque costumam ter riscos também mais altos.

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Ontem, o Banco do Brasil informou ter renegociado R$ 4,4 bilhões nas primeiras semanas do programa. O BB tem estendido as condições de renegociação a clientes que não necessariamente se enquadram nas condições da Faixa 2, que está em vigor atualmente.

Na Faixa 2, os bancos podem renegociar as dívidas de clientes que têm renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000. Na próxima fase, prevista para começar em setembro, entrarão as dívidas contraídas junto a outros setores, como telefonia e serviços públicos, e os bancos poderão "comprar" os débitos dos credores originais, em um leilão em que vencerá a proposta com os maiores descontos, para buscar o recebimento dos clientes. Haverá garantia do Tesouro a clientes com renda de até dois salários mínimos.

O Grupo Banco do Brasil (BB) renegociou R$ 2,5 bilhões nos primeiros dez dias do Desenrola Brasil. Desse total, mais de R$ 500 milhões correspondem à Faixa 2 do programa especial do governo, mais de R$ 1,8 bilhão dizem respeito às renegociações especiais oferecidas pelo próprio banco e R$ 175 milhões foram renegociados por meio da empresa Ativos S.A, subsidiária do banco.

Segundo a instituição financeira, 288 mil clientes refinanciaram débitos entre 17 e 28 de julho. Desse total, cerca de 150 mil renegociaram por meio do Banco do Brasil e 138 mil por meio da subsidiária.

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Além das pessoas físicas com renda de até R$ 20 mil, foco da primeira fase do Desenrola, o BB estendeu as renegociações para os demais públicos inadimplentes, micro e pequenas empresas e pessoas físicas em geral.

Na divisão por públicos, o BB renegociou mais de R$ 500 milhões de 65 mil pessoas físicas enquadradas na Faixa 2 do Programa Desenrola, cujas renegociações foram abertas na semana passada. O banco também refinanciou cerca de R$ 1,2 bilhão de 70 mil pessoas físicas em geral e R$ 550 milhões de cerca de 10 mil micro e pequenas empresas.

O Banco do Brasil oferece descontos de até 25% nas taxas de juros de renegociação, descontos de até 96% nas dívidas e prazo de até 120 meses para pagamento, para os públicos selecionados.

Em relação à Ativos S.A, empresa pertencente ao Banco do Brasil que atua na aquisição e cobrança de operações de crédito com mais de 90 dias de atraso, mais 138 mil clientes já foram beneficiados. A empresa oferece condições especiais como maior desconto nas operações e possibilidade de parcelamento em até dez vezes sem juros. 

Canais de atendimento

Os clientes interessados em renegociar débitos com o Banco do Brasil podem usar o aplicativo ou o site da instituição. Para as pessoas físicas, o endereço da página na internet é www.bb.com.br/renegocie. As empresas devem fazer o pedido no endereço www.bb.com.br/renegociepj

A renegociação também pode ser pedida por telefone, nos números 4004 0001 (Capitais) e 0800-729-0001 (demais regiões). O cliente pode usar ainda o WhatsApp, enviando uma #renegocie para o número (61) 4004-0001 ou ir a qualquer agência do BB.

Na primeira semana do Desenrola, a Caixa já recebeu R$ 54,3 milhões referentes à renegociação de 11.405 contratos de crédito de 9.254 clientes, de acordo com balanço divulgado pelo banco público nesta sexta-feira, 21. Os números foram contabilizados até o fechamento de quinta-feira, 20.

Nesta sexta, a Caixa abriu todas as agências físicas uma hora mais cedo para um mutirão de renegociação de dívidas tanto no Desenrola quanto em uma campanha própria. O chamado Dia do Desenrola teve mais 5.333 renegociações no valor de R$ 13,8 milhões, de acordo com o banco. O número de clientes foi 30% superior à média da semana.

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Neste caso, a efetivação das renegociações e dos valores acordados depende do pagamento do boleto de cada contrato.

"Hoje, estamos realizando ações profundamente importantes para nossos clientes. Estamos dando às famílias a possibilidade de retomar o crédito de consumo", diz em nota a presidente da Caixa, Rita Serrano. Ela acompanhou a ação do banco em uma agência de Brasília.

Ainda de acordo com o banco, com o Desenrola, a procura por informações sobre renegociação de dívidas no site da Caixa saltou de 69 mil para mais de 1 milhão de acessos ao dia.

Na primeira fase do Desenrola, iniciada na segunda, os bancos podem renegociar as dívidas de clientes com renda mensal entre dois salários mínimos e R$ 20.000, e ganham créditos tributários de mesma monta dos descontos que concedem. Além disso, podem retirar de cadastros restritivos os nomes de clientes que devam até R$ 100, mas as dívidas não são perdoadas.

A Caixa também ampliou o prazo de renegociação oferecido no Desenrola, de 96 para 120 meses.

Cerca de um milhão de estudantes brasileiros está com as parcelas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) em atraso. O governo federal, no entanto, disponibilizou canais de renegociação que buscam saldar as dívidas e restabelecer o crédito positivo para quem se encontra negativado, foi o que disse hoje (24), em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte.

Segundo Ponte, cerca de R$ 9 bilhões são devidos em parcelas não pagas. O saldo devedor total do Fies é de R$ 38,6 bilhões, dos quais o governo federal tenta recuperar uma parte com o novo programa de quitação de dívidas.

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Iniciada em 7 de março, a jornada de renegociações vai até 31 de agosto. Para participar, o estudante deve ter parcelas em atraso a partir de 90 dias. Os descontos vão de 12% a 92%, e os planos de parcelamento podem chegar a 150 parcelas. Estudantes interessados podem simular os novos contratos de maneira digital, por meio dos apps do Banco do Brasil ou da Caixa.

O presidente do FNDE informou, ainda, que os estudantes com nome negativado em serviços de proteção ao crédito terão o cadastro restabelecido assim que quitarem a primeira parcela.

Segundo Ponte, o FNDE já repassou mais de R$ 1,36 bilhão do salário-educação a estados e municípios, que devem ser investidos em infraestrutura escolar, material didático e transporte para alunos. 

“O salário educação é uma das principais fontes de financiamento da educação pública no Brasil. Cabe ao gestor local definir qual a melhor destinação de recursos, de acordo com a realidade de cada rede. Pode investir em várias ações, como: capacitação de professores, construção, reforma, ampliação de escolas”, explicou.

Marcelo Lopes da Ponte explicou, ainda, que a previsão é que o FNDE repasse anualmente cerca de R$ 15 bilhões em salário-educação para estados e municípios, o que deverá fortalecer a educação de nível fundamental e médio.

“Ao lado do Fundeb, [o salário-educação] é uma fonte importante de recursos para manutenção do desenvolvimento do ensino básico.”

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