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Após deflagrar estado de greve nesta última quinta-feira (11), as entidades médicas de Pernambuco realizaram uma coletiva nesta segunda-feira (15), na sede do Cremepe, situado no Espinheiro, Zona Norte do Recife, expondo os problemas de três maternidades de referência da capital, os Hospitais Barão de Lucena e Agamenon Magalhães, da rede estadual, além do Imip, todos credenciados pelo Sistema único de Saúde (SUS).

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Segundo o Conselho Regional de Medicina que realizou uma vistoria entre os dias 9 e 12 de julho, a situação nesses locais está precária, com risco de infecção podendo resultar até na mortes de pacientes. Superlotação, instalações inadequadas, falta de plantonistas, material sem condições de uso, além dos problemas de infraestrutura a ponto de serem encontradas mulheres grávidas se instalando em corredores ou sentadas em cadeiras praticamente uma colada com a outra. 

“Há muito tempo que estávamos denunciando, só não esperávamos que fossem nos responsabilizar por isso, e essa foi uma estratégia do próprio Ministério da Saúde. Nós médicos não somos responsáveis por isso, à causa disso tudo é o subfinanciamento. Não se coloca dinheiro na saúde pública e sim na rede privada”, explicou o presidente do Conselho de Medicina, Roberto D’Ávila e Carlos Vital. Segundo ele, a saúde neste país atualmente virou um bem de consumo e não um direito adquirido pelo cidadão. 

“É muita incompetência na gerência das maternidades, além de muito roubo, fraude e muito desperdício. As filas das emergências estão enormes não por falta de médicos e sim por falta de gerência”, desabafou. Ainda de acordo com D’Ávila, os médicos não estão querendo trabalhar neste sistema porque não há uma carreira de estado que tenha progressão funcional. “Esse país não quer uma saúde pública, é tudo uma maquiagem. Não são medidas provisórias e sim improvisadas”, enfatizou o presidente.

O conselho ainda retruncou o pré-teste do Revalida que é aplicado aos alunos de medica do Brasil, além da devolução ao governo de mais de R$ 17 milhões do orçamento do Mistério da Saúde que serviria para investir no SUS. Médicos do Brasil irão realizar vários manifestos contra o governo nesta terça-feira (16), neste mesmo dia um protesto será realizado em Caruaru. Ainda nesta noite uma assembleia para definir o rumo do movimento. A reunião está marcada para às 19h, na sede da Associação Médica de Pernambuco (Ampe). 

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