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Inspirados nos origamis, a arte japonesa da dobradura de papéis, cientistas americanos criaram um robô que promete revolucionar o setor, tanto na Terra quanto no espaço: é chato como uma folha de papel até começar a ganhar vida, desdobrar-se e sair andando.

Este novo tipo de robô poderia, um dia, ser usado na exploração espacial, deslizar sob os escombros nos trabalhos de resgate ou acelerar a manufatura em linhas de montagem, disseram especialistas nessa quinta-feira (7).

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Embora a comercialização desta máquina ainda esteja a anos-luz, o informe publicado na revista especializada Science destacou que os últimos avanços abrem o caminho para um novo gênero no mundo da robótica personalizada.

Em primeiro lugar, o material é barato - custa apenas 100 dólares. Mas, além disso, o robô pode se reprogramar facilmente para executar diferentes tarefas, disse Sam Felton, cientista do instituto tecnológico Wyss de engenharia e da escola de ciências aplicadas da Universidade de Harvard.

"Da mesma forma que você pode ter um documento do Word, mudar algumas palavras e simplesmente voltar a imprimi-lo, da mesma forma se pode pegar o plano digital do robô, mudar uma ou duas coisas e voltar a programá-lo", explicou Felton a jornalistas.

O minúsculo robô é formado por camadas, algumas delas de papel, uma camada de cobre intermediária com uma rede de condutores elétricos gravados e outra camada externa, feita de um polímero com memória que se dobra e desdobra quando esquenta.

Assim que as baterias e o motor se ativam, o robô se desdobra de forma similar aos brinquedos Transformers, e escapole como um caranguejo. Felton disse que o custo total do equipamento usado para desenvolver este robô foi de 11.000 dólares.

O robô-origami em si custa cerca de 80 dólares com baterias e motor, mais US$ 20 com os materiais. "Se tivesse que fabricar outro, custaria 100 dólares", disse Felton.

Estes robôs têm muitas aplicações em potencial. Como se apresentam inicialmente no formato plano, podem ser implementados para a busca e o resgate em espaços confinados, como prédios desmoronados, onde o aparelho pode se desdobrar automaticamente em locais que de outra forma seriam inacessíveis.

Graças à forma plana, também poderiam ser enviados em grande número ao espaço e com menor custo, pois são mais leves. Em órbita, poderiam desdobrar-se sozinhos para realizar diferentes missões científicas, disseram os cientistas.

A pesquisa foi financiada pela National Science Foundation, o Wyss Institute de Harvard e o braço de pesquisas científicas da Força Aérea Americana. Os criadores esperam apresentar seu trabalho no sexto encontro internacional de origami em ciência, matemática e educação, que será celebrado em Tóquio entre 10 e 13 de agosto.

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