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O estúdio brasileiro Fantastic Art Studios anunciou que a campanha de Kickstarter de seu novo software movido por Inteligência Artificial, o “Black Box Map Maker", se iniciará em 9 de novembro, com entrega de software prevista para 2022. O aplicativo visa otimizar as partidas de RPG de mesa.

De acordo com o estúdio, o “Black Box Map Maker” unirá recursos tecnológicos com a arte do universo RPG, uma vez que o software permitirá que os mestres (narradores das partidas de RPG) e demais jogadores, criem mapas repletos de detalhes e funções que darão vida às suas narrações.

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O estúdio afirma que o aplicativo disponibilizará temáticas como Fantasía Medieval, Mitos de Cthulhu, Cyberpunk ou Valhala, com diversos cenários, salas e objetos, que permitirão criar ambientações com gráficos realistas.

O “Black Box Map Maker” também contará com detalhes interativos, tais como, ligar e desligar luzes, abrir portas, interagir com criaturas e animais, adicionar trilhas sonoras e efeitos especiais. Além disso, a Fantastic Art Studios explica que os jogadores poderão criar e compartilhar objetos novos com membros da comunidade.

Os mapas criados no software poderão ser visualizados por meio da câmera em primeira pessoa, visão de topo ou de maneira isométrica. As criações poderão ser impressas, ou compartilhadas para serem mostradas em algum dispositivo, computador, PC ou mobile. Para criar os cenários, será necessário equipamentos como, PC, Mac, dispositivos móveis ou até mesmo, gadgets de Realidade Virtual (VR).

A página do “Black Box Map Maker” já pode ser acompanhada na plataforma Steam.

Acostumado a se reunir diante de uma mesa para construir histórias, interpretar diferentes personagens e ter um mestre para administrar as narrativas, um grupo de amigos levou a paixão pelo Role-Playing Games (RPG) a sério e decidiu criar suas próprias aventuras com o jogo "Arcânia - Terra Plana".

Desenvolvido pelo professor de artes marciais e yoga Marconi Costa, 35 anos, e pelo jornalista Thiago Croft, 34 anos, ambos do Rio de Janeiro, "Arcânia" traz referências dos games e animes dos anos 1980 e 1990, e também da literatura, com o universo mitológico de J. R. R. Tolkien (1892-1973). Os criadores fazem parte de um grupo que iniciou projetos no ensino médio, época em que jogavam "Dungeons & Dragons" e "Reinos de Ferro", entre outros.

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Na história de "Arcânia", que segundo os criadores nada tem a ver com a teoria terraplanista, os heróis aventuram-se por terrenos perigosos e enfrentam criaturas místicas em um cenário em que magos voam pelos céus e travam perigosos combates. Diante desses conflitos, a sociedade briga por poder, cercados de luxúria, traição e em alguns momentos, honra. O jogador deve gerenciar o personagem que se encontra ao redor dessa disputa.

O jogo dispõe de 13 raças, 20 classes, diversas habilidades, magias e monstros, e descrição de mundo. "Apesar de ser um cenário de aventura fantástica, buscamos um mínimo de veracidade e realismo ficcional. Então podem esperar batalhas sangrentas e mortais, magias poderosas e dons psíquicos tão avassaladores, senão mais", afirma Croft.

Os criadores do RPG "Arcânia", Marconi Costa (à esq.) e Thiago Croft | Foto: Arquivo Pessoal

Assim como diversos seguimentos culturais, os autores de livros RPGs também enfrentam desafios para lançar esse tipo de produto no Brasil, a começar pelo preço de custo e oferta ao consumidor final, que são cada vez mais elevados. Isso contribui para a pirataria, que também é difícil de ser combatida. "Em um grupo de RPG no WhatsApp estou sempre divulgando o livro, e chegou ao ponto de ser chamado no privado para saber se eu tinha o PDF para passar. A pessoa ficou claramente sem graça quando eu disse ser um dos autores e ter passado o link para compra do mesmo", lembra Croft.

Outro problema é o baixo hábito de leitura dos brasileiros, que é essencial para jogadores de RPG de mesa. "Participo ativamente de grupos e fóruns de RPG e vejo jogadores perguntando se precisa ler, se tem resumo, se tem vídeo. Fazemos parte de um nicho que ainda lê, mas pouco a pouco este hábito vem diminuindo", relata o jornalista. Segundo ele, a preferência do brasileiro pelo material internacional e o preconceito pelas obras nacionais faz muitos julgarem o conteúdo sem ao menos avaliá-lo.

Para o futuro, o grupo planeja mais conteúdo para "Arcânia", que virá em um livro focado no mundo, diferentes reinos, clima, características das pessoas que compõem aquele universo, aspectos culturais, possibilidades de novas aventuras e novas raças. "Paralelo a isso, estamos separando todo um material voltado para os jogadores, com novos caminhos para as classes que de 20 pulará para 80. Além de talentos de prestígio, novas utilizações de perícias e novas magias", descreve Croft. O material também adicionará novos grupos de monstros e criaturas para aumentar as possibilidades de mestres e jogadores.

O guia básico do "Arcânia - Terra Plana" é distribuído pela Editora Kimera, e o projeto também conta com a colaboração de Raphael de Oliveira e Osmar Freitas, nas artes e cores da capa. Nas artes internas, além da participação dos autores, também contribuíram Marcello Buzon, Oliveira e Victor Vieira, que também ficou responsável pelo design de fichas.

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