Tópicos | salvação do país

O governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que a reforma da Previdência,  em tramitação na Câmara dos Deputados, “nunca será a salvação desse país” como vem pregando o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL) diante da projeção economica. O governo tem apontado constantemente que a mudança nas regras da aposentadoria é a saída para equilibrar as contas públicas. 

“Ela nunca será a salvação deste País, mas a gente tem que discutir, e sempre me coloquei de maneira responsável, firme, ao tratar dela. Neste primeiro momento, fui contra, porque o texto estava claramente contrário aos direitos do mais pobres, e nunca vou abrir mão desses pontos: o BPC que eu falei, a aposentadoria rural, a retirada da capitalização, que é um registro que faz com que as pessoas se aposentem sem condição de dignidade, a gente não podia aceitar”, salientou Paulo Câmara.

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“E houve, por parte do Congresso, através da pressão que muitos dos governadores, principalmente do Nordeste, fizeram, a intenção de retirar esses pontos. Com a retirada, chegou a hora de discutir com mais profundidade o texto. Enquanto a reforma ainda se baseia numa suposta economia, sacrificando o pobre e os trabalhadores do regime geral que ganham menos, a gente vai continuar trabalhando para que ela avance sem prejudicar essas pessoas”, complementou o governador.

Em entrevista à uma rádio local nessa quarta-feira (3), o pessebista avaliou também que o texto hoje em discussão melhorou, comparado ao que foi apresentado por Bolsonaro, contudo, na ótica dele, ainda há preocupações quanto aos possíveis impactos negativos para os mais pobres e a matéria tem pontos que ainda precisam ser melhor discutidos.

“Temos muitas preocupações sobre esse tema, diante do que vimos acontecer. Uma proposta que foi originalmente apresentada de maneira insatisfatória, e que precisa ser muito bem trabalhada. Após a retirada de alguns pontos fundamentais, muita coisa precisa ainda ser discutida”, argumentou o governador.

Paulo Câmara disse ainda que sua expectativa é de que seja aprovado um texto que “acabe com privilégios”.

“Ninguém é a favor de privilégios, e que assegure os direitos dos que mais precisam e aponte novas formas de financiamento para os Estados e municípios. Retirá-los da reforma não é uma solução que vai ajudar o Brasil. Pelo contrário, vai criar um sistema deliberativo mais complicado e eu quero, como governador de Pernambuco, ter a oportunidade de debater esse tema com transparência, responsabilidade, sem me omitir de maneira nenhuma, mas não concordando com absurdos nem com sacrifícios para a população mais pobre, que mais precisa”, destacou.

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