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A deputada Carla Zambelli (União-DF) afirmou ao Broadcast Político que soube pela imprensa das ações por danos morais da qual é alvo e que foi movida na Justiça pelas deputadas Sâmia Bomfim (Psol-SP) e Talíria Petrone (Psol-RJ) e a ex-deputada Manuela D'Ávila (PcdoB), que foi concorreu como vice na eleição de 2018 na chapa de Fernando Haddad (PT). "Não fomos notificados ainda", afirmou a parlamentar.

Nesta segunda-feira, 28, a deputada Sâmia Bomfim divulgou em seu Twitter que ela, Talíria Petrone e Manuela DÁvila haviam entrado na Justiça contra Zambelli "em razão de publicações difamatórias".

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À reportagem, Zambelli disse que só se manifestará após ser notificada pela Justiça "para saber qual o fundamento da acusação".

A investida ocorre após Carla Zambelli atacar as parlamentares por celebrarem a legalização do aborto na Colômbia, no último dia 21, e associá-las a "esquerda genocida".

As deputadas federais do PSOL Sâmia Bomfim (SP) e Talíria Petrone (RJ) e a ex-candidata à Vice-Presidência Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) entraram com três ações na Justiça contra a deputada federal Carla Zambelli (União-SP). A investida ocorre após a deputada bolsonarista atacar as parlamentares por celebrarem a legalização do aborto no Colômbia, no último dia 21, e associá-las a "esquerda genocida".

Sâmia Bonfim classificou o ataque de Zambelli como difamatório, ao divulgar a ação em publicação nesta manhã no Twitter. "Quando uma deputada adota essa prática, o mínimo é responder pelos seus atos para que a impunidade não seja a regra", afirmou a parlamentar.

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Na peça, as parlamentarem alegam que a publicação feita por Zambelli - na qual aparecem com chifres e olhos vermelhos - caracteriza-se como uma acusação caluniosa que, por suas posições a favor da descriminalização do aborto são acusadas de "genocidas", conduta tipificada como crime no ordenamento nacional e internacional.

Ao falar sobre o assunto, a deputada Talíria Petrone afirmou que a publicação de Zambelli "é um ato explícito de violência política de gênero, potencializado pela atuação do gabinete do ódio, ligado a Bolsonaro e sua família", disse no Twitter. A parlamentar classificou como "inadmissível, que uma deputada utilize seu poder nas redes sociais para incitar o ódio e a violência política contra outras mulheres".

Talíria destacou que o intuito é que Zambelli seja responsabilizada e que os desdobramentos da ação "sirvam como resposta contundente a esse tipo de ataque", pontuou.

Na ação, as autoras pedem que Zambelli seja condenada a pagar "valor não inferior a R$50.000,00", a título de indenização por danos morais, a cada uma das requerentes, "perfazendo o total de R$ 100.000,00". Além disso, pedem que ela seja condenada a remover de suas redes sociais o conteúdo, sob pena de multa, e pagar as custas e despesas processuais e os honorários de sucumbência. As deputadas afirmam ainda que não há interesse em audiência de conciliação.

A reportagem procurou a deputada Carla Zambelli, para se posicionar sobre o caso, mas não houve retorno.

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