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Um atropelamento causou a morte de três mulheres em Alphaville, em Santana de Parnaíba, na região metropolitana de São Paulo, por volta das 8h30 de segunda-feira, 24. Imagens de câmera de segurança mostram que um motorista avançou sobre a calçada e atingiu três pedestres até se chocar com um poste.

Segundo informações do boletim de ocorrência, as vítimas eram mulheres de 47, 48 e 60 anos. Duas morreram no transporte até o Hospital Santa Ana, no município. A terceira morreu no helicóptero Águia, da Polícia Militar, acionado para encaminhá-la ao Hospital das Clínicas de São Paulo.

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O boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Santana de Parnaíba como "homicídio culposo na direção de veículo automotor", no qual a pena é aumentada em um terço quando praticado em faixa de pedestres ou na calçada. O atropelamento ocorreu na Avenida Yojiro Takaoka. A polícia acionou trabalhos de perícia no local do acidente e no veículo.

O veículo era um Renault Sandero branco, registrado no nome de uma pessoa que reside no município e com a documentação em dia. O motorista era um homem de 68 anos, que ficou ferido com escoriações e sangramento na cabeça. Ele ficou preso nas ferragens e foi encaminhado para atendimento em um hospital do município.

Uma área com mais de 11 milhões de metros quadrados, em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, onde estão construídos alguns dos maiores condomínios de alto padrão da região, tem sido alvo de um grupo organizado, a "Turma do Zé do Ouro", que se diz dona de todo o terreno, nomeado por eles de "Sítio Barreiro".

Com uma certidão paroquial de 30 de maio de 1856 e uma escritura de cessão de direitos hereditários e posse, de 2 de julho de 1956, o grupo, de acordo com despachos de desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), vem aplicando sucessivos golpes no mercado imobiliário, causando prejuízos a várias construtoras, ganhando dinheiro e uma coleção de processos na Justiça.

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Na prática, os envolvidos fazem grilagem de terras. A atuação do bando está registrada em inquéritos policiais, em ações cíveis e criminais. Na esfera judicial, os processos envolvendo o grupo já são mais de 25.

O grupo tem como chefes José Gonzaga Moreira, conhecido como "Zezinho do Ouro", de 71 anos, e Francisco Fagundes de Lima, de 93. Todos são conhecidos da polícia em razão de suas inúmeras acusações criminais por formação de quadrilha, estelionato, uso de documento falso e contravenções penais (envolvimento com jogos de azar). O grupo, segundo a Polícia Civil, se dividiu, mas os golpes continuam.

Os golpes começaram em 2007 e têm sempre o mesmo padrão de ação: para fazer valer as certidões de posse e causar dúvida até nos verdadeiros proprietários, a quadrilha invade o terreno escolhido, cerca a área com muros ou cerca de arame e ainda coloca seguranças para evitar "novas invasões". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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