Tópicos | Santo Antônio de Posse

Com flores, solenidade oficial e muito choro, a pequena Santo Antônio de Posse, no interior de São Paulo, recebeu neste sábado, 21, a médica cubana Silvia Maria Cobas Blanco, de 44 anos, do Mais Médicos. Ela é a única médica do programa a ser enviada para a cidade, que sofre com a falta de profissionais na rede.

"Não estou acostumada com essa recepção, jornalistas, entrevista, discurso. Estou aqui para trabalhar, estou aqui pelo povo", afirmou a médica. Ela deixou em Cuba o marido, o dentista Andrez Ranã e a filha Lily, de 19 anos.

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Silvia Maria já trabalhou na Venezuela entre 2003 e 2007. "Atender pessoas é igual em todo lugar do mundo", afirmou a cubana, com seu portunhol. "Achei que haveria mais médicos do meu país para onde eu iria", afirmou Maria Silvia.

A cubana chegou por volta das 15h e foi recepcionada em uma solenidade na Câmara de Vereadores. Além de uma bíblia em espanhol e flores, a médica recebeu de presente uma camiseta da seleção brasileira da copa de 58.

"Somos o país do futebol e por isso quis presenteá-la com a camisa da primeira vitória do Brasil em uma Copa", afirmou o prefeito Maurício Comisso (PRB), que eu seu discurso se comparou ao ditador cubano Fidel Castro. "Em seus discursos ele fala 'mutio'." Silvia Maria vai morar em uma casa alugada e mobiliada pela prefeitura de Posse e vai atender 5 mil pessoas.

Santo Antônio de Posse, no interior de São Paulo, se prepara para receber os médicos "importados" de Cuba pelo programa Mais Médicos. A prefeitura da pequena cidade de 23 mil habitantes começou a procurar moradia para receber os estrangeiros. "Ainda não fechamos nada porque não temos a confirmação de quantos médicos chegarão. Mas já estamos vendo imóveis para acolher esses médicos que serão muito bem-vindos", afirmou a secretária de Saúde, Vânia Regina da Cruz Santos.

O município pediu 15 médicos e na primeira fase do programa nenhum dos inscritos escolheu a localidade, que pena com a falta de generalistas na rede. "Somos uma cidade com muitos idosos e, por isso mesmo, precisamos de generalistas na rede para promover a promoção e a prevenção", afirmou.

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Em Posse, as duas unidades da zona rural do Programa Saúde da Família (PSF) não têm médicos. "Os médicos foram saindo e não conseguimos repor. Até abrimos concurso, mas não teve procura", afirmou. Dos quatro PSFs que funcionam na área urbana, em apenas um há médico generalista. "Especialista, até temos, mas o maior problema é com o generalista", disse Vânia, que afirmou ter cerca de 40 médicos na rede. Sem hotel na cidade, a prefeitura corre para acolher os médicos. "Vamos cuidar de tudo para que eles sejam bem recebidos."

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