Tópicos | Sergei Skripal

O site de jornalismo investigativo "Bellingcat" revelou nesta segunda-feira (8) a identidade do segundo suspeito de ter envenenado o ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia em março deste ano, no Reino Unido. O portal identificou Alexander Mishkin, um suposto médico que trabalhava para a inteligência militar de Moscou (GRU).

Há duas semanas, o Bellingcat já tinha apontado o coronel do GRU Anatoly Chepiga como o primeiro dos suspeitos de ter envenenado Skripal com o "Novichok", substância química de uso militar. As autoridades britânicas divulgaram em setembro as imagens e identidades dos dois homens, supostos culpados pelo ataque, mas avisaram que os nomes que utilizaram para entrar no país poderiam ser falsos. Eles se apresentaram como Ruslan Boshirov e Alexander Petrov, diziam-se empresários da indústria fitness, e alegavam que passavam por Salisbury a turismo.

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Para identificá-los, o site utilizou depoimentos de pessoas conhecidas, confirmação de "fontes abertas", testemunhas de São Petersburgo e o cruzamento de documentos identificáveis, como cópias de passaporte. Assim, em colaboração com o portal russo "The Insider", o britânico Bellingcat afirma que Boshirov é, na verdade, Chepiga, e que Petrov é Alexander Mihskin, de 39 anos, que estudou em uma academia militar de medicina e foi selecionado pelos serviços de inteligência enquanto se alistava para a Marinha.

Da Ansa

O ex-espião russo Sergei Skripal, envenenado por um agente nervoso no Reino Unido há mais de dois meses, recebeu alta do hospital nesta sexta-feira (18), revelou o serviço de saúde britânico. O homem de 66 anos foi encontrado inconsciente em um banco público de Salisbury no dia 4 de março, com sua filha Yulia.

Os dois foram levados para a unidade de tratamento intensivo do Hospital Distrital da cidade, onde foram estabilizados após a exposição ao agente Novichok. Yulia, por sua vez, saiu do hospital no dia 9 de abril e foi transferida para um local seguro, segundo as autoridades.

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De acordo com a diretora de enfermagem do hospital, Lorna Wilkinson, o tratamento do russo foi "um desafio enorme e sem precedentes". Além disso, ela informou que "esta é uma etapa importante em sua recuperação, que agora será realizada fora do hospital".

O caso gerou uma intensa crise diplomática, já que o governo do Reino Unido culpou a Rússia pelo ataque. Na ocasião, a primeira-ministra britânica, Theresa May, descreveu o incidente como "desprezível", e junto com os Estados Unidos e outro 30 países expulsou cerca de 300 diplomatas russos.

No entanto, a Rússia negou qualquer envolvimento e acusou o Reino Unido de inventar uma "história falsa". Em reposta, o governo de Vladimir Putin também expulsou diplomatas britânicos e de outros países.

Da Ansa

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