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Os cientistas da missão Rosetta abriram nesta quinta-feira (12) de manhã o sistema de comunicação com o robô Philae, adormecido há quatro meses no cometa Churyumov, mas que não deu nenhum sinal de vida, de acordo com a Agência Espacial Europeia (ESA).

"O sistema de comunicação Philae (ESS - Electrival Support System) a bordo (da sonda europeia) Rosetta foi ligado às 1h00 GMT (22h00 de quarta-feira no horário de Brasília). Ele permanecerá ligado até 20 de marco. Nenhum sinal foi observado até o momento", indicou um porta-voz da ESA.

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"Nós não esperamos que ele acorde esta semana", salientou, no entanto, Patrick Martin, chefe da missão Rosetta. "Estamos apenas tentando e vamos continuar a fazê-lo se não funcionar esta semana. Vamos ter mais oportunidades nas próximas semanas e nos próximos meses", acrescentou.

O robô Philae, passageiro há mais de dez anos da sonda espacial europeia Rosetta, desembarcou em 12 de novembro sobre o cometa Churyumov-Gerasimenko, a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra, pela primeira vez na história.

Depois de duas tentativas, acabou pousando em um lugar mal iluminado. Suas baterias solares não podem ser recarregadas e Philae está, portanto, no modo "sleep" desde 15 de novembro. Mas, a partir de março, o cometa se aproximará do Sol e receberá mais luz, o que traz esperanças de que robô acorde.

Antes de adormecer, Philae foi capaz de transmitir dados científicos obtidos após seu histórico pouso. Sua missão é encontrar moléculas orgânicas no solo do cometa, o que poderia ter desempenhado um papel no surgimento da vida na Terra, sendo os cometas os objetos mais primitivos do sistema solar.

Numa cruzada para expandir a exposição do trabalho dos parlamentares pelo País, especialmente nos seus Estados, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), acelerou o ritmo de implantação de veículos oficiais de comunicação da Casa.

Ao custo de mais de R$ 15 milhões, somente neste ano, Renan quer montar uma máquina de comunicação com o aumento da presença da TV e da Rádio Senado. Essa operação ocorre no momento em que o presidente alardeia que enxuga custos, com previsão de economia de R$ 316 milhões em dois anos.

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A previsão é que, com a compra de equipamentos para a instalação de novos canais de televisão em 10 capitais, todos dotados de tecnologia digital, o Senado gaste R$ 12,7 milhões em 2013. A Casa também custeará, por mais de R$ 2,5 milhões até o final do ano, a aquisição de transmissores de rádio em nove Estados. Nos dois casos, o Senado terá de firmar parcerias com órgãos públicos locais para veicular a sua programação.

A estrutura de comunicação que vem sendo montada por Renan será maior do que a implementada pelo ex-presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP) nos últimos quatro anos.

Nas duas gestões Sarney, sete canais de TV começaram a operar. Até completar um ano e meio na presidência, em julho do ano que vem, Renan quer instalar o canal institucional com tecnologia digital em outras 12 capitais: Palmas, São Luís, Goiânia, Boa Vista, Macapá, Belém, Teresina, Maceió, Curitiba, Porto Velho, Aracaju e Campo Grande. Em Cuiabá, João Pessoa e Rio de Janeiro, a Casa pretende melhorar o sinal de analógico de TV para o digital.

A expectativa é a de que Renan encerre sua presidência em 2014 com a TV Senado em 25 capitais. Somente Florianópolis e Vitória não tem, até o momento, previsão de sinal do canal para cobrir as atividades do Legislativo federal. Em Natal, Rio Branco e Salvador o sinal permanece analógico.

Os gastos com a ampliação dos veículos de comunicação do Senado contam com a simpatia de aliados e até oposicionistas, que podem se beneficiar eleitoralmente da medida. "Ele (Renan) está acelerando e ampliando até pela intenção de dar mais transparência às ações da Casa", afirmou o segundo vice-presidente do Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). "Tem que economizar em outras coisas, com a expansão da TV, não. É uma medida de transparência", defendeu o vice-líder do PSDB, Álvaro Dias (PR).

A máquina de comunicação não se restringe apenas à compra de equipamentos. Nove servidores, entre jornalistas, técnicos e engenheiros, foram designados para cuidar especificamente do projeto. Eles integram o Grupo Estratégico da Expansão da TV e Rádio Senado.

Após retornar à presidência do Senado em fevereiro, depois de renunciar ao cargo em 2007 para evitar a cassação, Renan tem se esforçado em adotar uma política de visibilidade do trabalho dos senadores em seus Estados. A intenção é acabar com a ideia de que senador só trabalha de terça a quinta ao criar uma agenda positiva para eles, o que pode trazer benefícios eleitorais indiretos para quem for concorrer em 2014.

Estrutura. A Secretaria de Comunicação Social do Senado negou que a implantação da nova estrutura de comunicação seja fruto dos desejos do presidente. Recursos previstos em orçamento e condições técnicas para levar adiante o projeto teriam garantido a ampliação. A secretaria disse não ter informações sobre custos dos equipamentos de produção da TV e da rádio, já que grande parte do sistema atual foi adquirido na inauguração, há mais de 15 anos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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