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Em comunicado à imprensa, divulgado nesta segunda-feira (20), a Samsung confirmou que fará o anúncio de cinco novos dispositivos em  seu evento, Galaxy Unpacked, em agosto. A gigante sul-coreana chamou a nova fase de seus aparelhos mobile de "próximo normal" e garantiu que eles tornarão a vida de seus clientes mais fácil. "No Próximo Normal, você terá a capacidade de viver a vida ao máximo com esses dispositivos em sua mão (nos ouvidos e no pulso)", escreveu TM Roh, Presidente da divisão de dispositivos móveis da empresa.

A afirmação confirma algumas das expectativas que rodeiam o evento, de que a companhia trará novidades para a linha Galaxy Note, os dobráveis e seus wearables, como seus relógios inteligentes e fones de ouvido sem fio. "No próximo Galaxy Unpacked, apresentaremos cinco novos dispositivos poderosos. Esses equipamentos cumprem nossa visão de inovar em novas experiências móveis que fluem de maneira perfeita e contínua, por onde quer que vamos", afirma o executivo.

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De acordo com o comunicado a linha de aparelhos Galaxy deverá ganhar novos dispositivos com compatibilidade 5G. Os dobráveis terão seu espaço na apresentação assim como as melhorias feitas com parceiros como Google, Microsoft, Netflix e Spotify. Uma das mais empolgantes é que os smartphones Galaxy e PCs com Windows poderão compartilhar mensagens, fotos e lembretes de calendário em tempo real. e essa colaboração continuará a se expandir por meio de uma parceria de jogos com o Xbox.

Em todo o texto a Samsung deixa claro que ouviu consumidores para trazer as melhorias que apresentará no dia 5 de agosto, em uma transmissão ao vivo, diretamente da Coréia do Sul. "Vimos que as pessoas queriam - e precisavam - de dispositivos otimizados para trabalhar, se divertir e realizar várias tarefas para uma ampla variedade de estilos de vida. Nosso compromisso com a inovação, aliado à nossa agilidade operacional, significava que poderíamos repensar completamente a experiência móvel". Não tem como não se empolgar com o que vem por aí. 

Criticadas pela falta de inovação nos últimos anos, as fabricantes de smartphones estão contra-atacando com seus primeiros dispositivos com telas dobráveis, mas analistas alertam que a tecnologia ainda é rudimentar e cara para o público em geral.

A Samsung, líder mundial nas vendas de smartphones, lançou na quarta-feira um telefone dobrável, que alcança o tamanho de um tablet, em um evento em San Francisco, tornando-se a primeira fabricante a oferecer esta aguardada tecnologia.

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A gigante chinesa Huawei, segundo lugar em vendas de aparelhos, não ficou atrás e revelou neste domingo seu próprio telefone com tela dobrável, o Mate X, em um evento em Barcelona, onde teve início, nesta segunda, o Congresso Mundial do Celular (MWC, na sigla em inglês).

O Mate X será posto à venda em meados deste ano, a partir de 2.600 dólares, enquanto o Galaxy Fold da Samsung poderá ser adquirido por 1.980 dólares.

Em ambos eventos, foram ouvidos suspiros quando os preços foram anunciados.

A fabricante chinesa Xiaomi e a sul-coreana LG, entre outros, dizem estar trabalhando em seu próprios smartphones com telas dobráveis.

Estes aparatos representam a mudança mais radical na forma dos smartphones desde que, em 2007, Steve Jobs apresentou o iPhone: um retângulo negro com uma única tela tátil.

'Idade da Pedra'

As fabricantes esperam que esta inovação estimule as vendas de smartphones, que caíram 4,1%, a 1,4 bilhão de unidades, em 2018, num momento em que as pessoas demoram mais tempo para substituir os seus aparelhos devido às escassas inovações, segundo o gabinete de análise IDC.

Ben Wood, analista da consultoria de tecnologia CCS Insight, desinfla um pouco essas expectativas, considerando que por enquanto o apetite para telefones com flip será limitado para os fanáticos pelos modelos mais recentes.

"Por enquanto, parece uma solução para um problema inexistente, e a maioria dos consumidores acha que é muito caro - é um produto que ainda está em estágio inicial", diz Wood. "Acho que estamos na Idade da Pedra do aparato flexível".

A CCS Insight prevê que os telefones dobráveis continuarão sendo um produto de nicho até 2022. Além de seu alto preço, esses dispositivos têm outros problemas a serem superados, como pouca visibilidade em dias ensolarados ou sua estrutura volumosa, necessária para proteger a tela flexível.

Resistentes?

Muitos analistas também perguntam sobre a resistência dos telefones, uma vez que as áreas de dobra geralmente causam problemas em dispositivos eletrônicos ao longo do tempo.

"Até agora, a tendência tem sido garantir um design que evite os elementos mecânicos em um 'smartphone', para torná-los mais duráveis", diz Ian Fogg, analista sênior da OpenSignal, empresa que coleta e analisa informações de redes móveis.

Tanto a Samsung quanto a Huawei afirmam que seus "smartphones" podem suportar o desgaste de dobrar mais de 100.000 vezes. Outra questão é saber se eles vão funcionar tão bem dobrados quanto abertos.

A empresa de análise Strategy Analystics prevê vendas mundiais de apenas 1,2 milhão de telefones dobráveis este ano, um número que pode chegar a 64,9 milhões de dispositivos até 2023 - cifra que ainda representa apenas 3,5% das vendas totais de smartphones neste ano.

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