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A Apple divulgou nesta segunda-feira (13) uma atualização que corrige uma falha em seu sistema operacional que, segundo pesquisadores, foi explorada pelo spyware Pegasus de uma empresa israelense.

O Grupo NSO está no centro da tempestade após uma investigação da imprensa internacional determinar que seu software Pegasus foi usado para espionar telefones de ativistas de direitos humanos, jornalistas e até chefes de Estado.

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Especialistas em segurança cibernética e da Apple instaram nesta segunda-feira (13) os proprietários de iPhones e outros dispositivos com sistema operacional iOS a instalarem a última atualização do software.

Pesquisadores do Citizen Lab, uma organização de vigilância cibernética no Canadá, encontraram o problema ao analisar o telefone de um ativista saudita que havia sido infectado com o spyware Pegasus do Grupo NSO.

"Determinamos que a empresa mercenária de spyware NSO Group usou a vulnerabilidade para explorar e infectar remotamente os dispositivos Apple mais recentes com spyware Pegasus", escreveu o Citizen Lab.

O laboratório acrescentou que em março examinou o telefone do ativista e determinou que havia sido hackeado com o programa de espionagem Pegasus por meio do software de mensagens de texto iMessage.

"A Apple está ciente de um relatório que afirma que esse problema pode ter sido explorado ativamente", observou a gigante da tecnologia em uma postagem sobre a atualização de segurança.

O Citizen Lab disse acreditar que o ataque foi obra do Grupo NSO.

"Vender tecnologia para governos que a usarão de forma imprudente, em violação das leis internacionais de direitos humanos, em última análise facilita a descoberta de spyware por organizações de vigilância, como nós e outros demonstramos repetidamente e como foi o caso novamente desta vez", concluiu.

Um ataque de spyware recém-descoberto mirou 32 milhões de downloads de extensões do navegador de internet Google Chrome, disseram pesquisadores da Awake Security, destacando a falha do setor de tecnologia em proteger browsers apesar de serem cada vez mais usados para acesso a emails, folhas de pagamento e outras funções sensíveis.

O Google disse que removeu mais de 70 extensões maliciosas da Chrome Web Store depois de ser alertado pelos pesquisadores no mês passado.

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"Quando somos alertados sobre extensões na Web Store que violam nossas políticas, agimos e usamos esses incidentes como material de treinamento para melhorar nossas análises automáticas e manuais", disse o porta-voz do Google, Scott Westover, à Reuters.

A maioria das extensões gratuitas pretendia alertar os usuários sobre sites questionáveis ou converter arquivos de um formato para outro. Em vez disso, eles extraíram o histórico de navegação e os dados que forneciam credenciais para acesso a ferramentas corporativas.

Com base no número de downloads, foi o ataque de maior alcance na Chrome Store até o momento, segundo o cofundador e cientista-chefe da Awake, Gary Golomb.

O Google se recusou a discutir como o spyware se compara a ataques anteriores, a amplitude dos danos ou por que a empresa não detectou e removeu as extensões comprometidas por conta própria.

Não ficou claro que grupo está por trás do esforço de distribuição do malware. A Awake disse que os desenvolvedores forneceram informações de contato falsas quando enviaram as extensões ao Google.

Se alguém usar o Chrome infectado por uma dessas extensões em um computador doméstico, o malware transmitirá as informações roubadas da máquina, afirmaram os pesquisadores. Em redes corporativas, que incluem serviços de segurança, o computador não envia os dados confidenciais nem se conectará a versões falsas de sites, segundo eles.

Todos os domínios em questão, mais de 15 mil que eram conectados entre si, foram comprados de uma pequena empresa em Israel, Galcomm, conhecida formalmente como CommuniGal Communication. A Awake disse que a Galcomm deveria saber o que estava acontecendo.

Em um e-mail, o proprietário da Galcomm, Moshe Fogel, disse à Reuters que sua empresa não havia feito nada errado.

"A Galcomm não está envolvida e não cumpre nenhuma atividade maliciosa", escreveu Fogel. "Você pode dizer exatamente o contrário: cooperamos com os órgãos policiais e de segurança para impedir o máximo que pudermos."

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