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A companhia aeronáutica Boeing anunciou nesta segunda-feira (7) que sua nave espacial Starliner estará pronta para realizar seu primeiro voo tripulado em março de 2024.

O programa sofreu diversos adiamentos e, finalmente, o transporte dos astronautas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) usando a Starliner estava previsto para 21 de julho.

Contudo, os engenheiros da Boeing detectaram novos problemas relacionados com um sistema de paraquedas defeituoso e com uma fita de chicote de fios que, em determinadas condições, seria inflamável.

"Agora, segundo os planos atuais, prevemos estar prontos com a nave espacial no início de março" de 2024, disse Mark Nappi, vice-presidente da Boeing e diretor do programa Starliner.

Nappi acrescentou que a data exata do lançamento depende do calendário espacial e será decidida em conjunto com a Nasa e a United Launch Alliance, que fornecerá o foguete Atlas V para a Starliner.

Steve Stich, diretor do programa Commercial Crew da Nasa, defendeu os adiamentos por razões de segurança e reiterou o compromisso da agência espacial com a Boeing, apesar das críticas dos observadores.

"Voaremos quando estivermos preparados", disse Stich, que considera importante ter um plano B no serviço de transporte para a ISS.

A Nasa espera habilitar a Starliner como mais um "táxi" para seus astronautas rumo à plataforma espacial, um serviço que a SpaceX, do magnata Elon Musk, tem proporcionado à agência desde a bem-sucedida missão de teste de sua cápsula Dragon em 2020.

A agência espacial americana concedeu contratos de 4,2 bilhões de dólares (cerca de R$ 24,5 bilhões, na cotação atual) à Boeing e de 2,6 bilhões (R$ 12,7 bilhões) para a SpaceX em 2014, pouco depois do fim do programa de transportadores espaciais, na época em que os Estados Unidos dependiam dos foguetes russos Soyuz para as viagens à plataforma orbital.

A nova cápsula da Boeing, Starliner, aterrissará nos Estados Unidos neste domingo (22), sem ter completado seu objetivo principal de se unir à Estação Espacial Internacional (ISS) - confirmaram a NASA e o gigante aeroespacial neste sábado (21).

A aterrissagem da cápsula está programada para as 5h57 de domingo (9h57 em Brasília) em White Sands, no Novo México, seis dias antes do esperado.

A Starliner se encontra em órbita, a 250 quilômetros de altitude. Os engenheiros da Boeing programaram seus propulsores para que a cápsula entre na atmosfera sobre o Pacífico. Paraquedas vão abrir no final da descida, e grandes airbags vão suavizar seu pouso no deserto.

A cápsula decolou na sexta-feira, do Cabo Cañaveral, na Flórida. Pouco depois de se separar do foguete que a transportava, seus motores não ligaram conforme o planejado, impossibilitando que entrasse na órbita correta para alcançar a ISS. A Estação Espacial voa ao redor da Terra a cerca de 400 quilômetros de altitude.

A falha fez a Starliner consumir combustível em excesso para tentar corrigir sua posição automaticamente, não podendo, portanto, cumprir sua missão.

Por isso, a Boeing e a NASA decidiram trazer Starliner de volta para a Terra 48 horas após seu lançamento.

A Boeing confirmou que o erro ocorreu, devido a uma anomalia no contador de "tempo transcorrido" da missão. Com o horário errado, os motores da cápsula não foram acionados no momento esperado, pouco depois de se separar do foguete.

Uma falha descoberta durante um teste de lançamento da nave espacial Starliner da Boeing, projetada para transportar humanos à Estação Espacial Internacional (ISS), provocou um atraso no primeiro voo de teste tripulado para 2019.

O problema envolveu falhas em vários motores de ejeção que não fecharam conforme o planejado, permitindo que o propelente vazasse, disseram nesta quarta-feira funcionários da companhia em uma conferência telefônica.

"Estamos confiantes de que identificamos a causa e estamos implementando ações corretivas neste momento", disse John Mulholland, vice-presidente e responsável do programa de tripulações comerciais da Boeing, indicando que estão em andamento "pequenas mudanças de desenho".

O contratempo significa que o primeiro voo de teste tripulado será adiado para meados de 2019, disse.

Inicialmente, os primeiros voos de teste com pessoas a bordo estavam planejados para o fim de 2018.

Tanto a Boeing como a SpaceX estão construindo naves espaciais para transportar astronautas e restaurar o acesso dos Estados Unidos à ISS, competência que perderam com o encerramento do programa de ônibus espaciais em 2011.

Não está claro quando serão realizados estes dois primeiros voos.

Um relatório emitido no mês passado por um auditor do governo dos Estados Unidos disse que era improvável que a Boeing e a SpaceX fossem capazes de enviar astronautas à ISS no ano que vem, o que daria lugar a uma possível brecha na presença dos Estados Unidos na nave.

Os Estados Unidos compraram assentos para astronautas da Nasa a bordo do veículo espacial russo Soyuz, por mais de 80 milhões de dólares cada, até novembro de 2019.

Não se espera que a SpaceX ou a Boeing estejam prontas para realizar voos com pessoas a bordo até essa data devido a várias demoras na certificação de seus programas, assegurou o Escritório de Responsabilidade Governamental em seu relatório de julho.

Nenhuma das duas companhias publicou cronogramas atualizados para os primeiros voos de seus respectivos Crew Dragon e Starliner.

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