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O Circuito Mundial de Surfe (WSL, sigla em inglês) divulgou, nesta segunda-feira, o calendário do Championship Tour (CT) 2023, com dez etapas (masculina e feminina), o corte na elite no meio da temporada e o Rip Curl WSL Finals para decidir os títulos mundiais. A etapa brasileira em Saquarema será de 23 de junho a 1º de julho na Praia de Itaúna. O CT 2023 também será o principal caminho de qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.

"Estamos orgulhosos com a nova estrutura que desenvolvemos e vimos que foi um grande sucesso ao longo da temporada", disse Jessi Miley-Dyer, vice-presidente de circuitos e competições da WSL. "O calendário de 2023 oferece a melhor plataforma possível e continuará impulsionando o melhor surfe do mundo. Foi incrível ver as mulheres voltarem a competir no Taiti depois de 16 anos e, em 2023, todas as etapas serão combinadas com as categorias masculina e feminina novamente e com igualdade na premiação para homens e mulheres."

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Erik Logan, CEO da WSL, também falou de sua expectativa para o ano que vem. "Após o incrível momento e marcos históricos que atingimos em 2022, seguiremos construindo nossa plataforma global para progredir e elevar o surfe profissional em todo o mundo", afirmou. "Testamos o novo formato do circuito pela primeira vez esse ano e fortaleceremos ainda mais o esporte por meio do Championship Tour totalmente combinado no próximo ano, que também vai classificar os primeiros 18 surfistas para os Jogos Olímpicos de 2024."

As dez etapas serão disputadas em sete países, com início em janeiro no Billabong Pro Pipeline no Havaí. O corte na elite no meio da temporada mais uma vez vai acontecer em Margaret River, na Austrália.

Confira o calendário:

1ª etapa: 29 de janeiro a 10 de fevereiro: Billabong Pro Pipeline, em Banzai Pipeline, Havaí

2ª: 12 a 23 de fevereiro: Hurley Pro Sunset Beach, em Sunset Beach, Havaí

3ª: 8 a 16 de março: MEO Rip Curl Portugal Pro, em Supertubos, Portugal

4ª: 4 a 14 de abril: Rip Curl Pro Bells Beach, em Bells Beach, Austrália

5ª: 20 a 30 de abril: Margaret River Pro, em Margaret River, Austrália; corte na elite de 36 para 24 homens e 18 para 12 mulheres

6ª: 27 e 28 de maio: Surf Ranch Pro, em Lemoore, Califórnia, EUA

7ª: 9 a 18 de junho: Surf City El Salvador

8ª: 23 de junho a 1º de julho: Rio, Saquarema, Brasil

9ª : de 13 a 22: Corona Open J-Bay em Jeffreys Bay, África do Sul

10ª: de 11 a 20 de agosto: SHISEIDO Tahiti Pro em Teahupo´o, Polinésia Francesa.

Com três brasileiros entre dez competidores, as finais do Circuito Mundial de surfe têm previsão de início nesta quinta-feira, em Lower Trestles, na Califórnia. Pelo segundo ano consecutivo, o campeão mundial será definido em formato de playoffs envolvendo os cinco melhores dos rankings masculino e feminino. O Brasil busca a hegemonia do surfe mundial com Tatiana Weston-Webb, Italo Ferreira e Filipe Toledo, o Filipinho, grande favorito entre os homens.

Filipinho será o último surfista a entrar no mar. Por liderar o ranking masculino da temporada, ele está classificado diretamente para a grande final, a única que será disputada em melhor de três baterias.

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"Acho que dá uma motivação a mais, porque você está descansado, está tranquilo, pode ver como os outros estão surfando. Tem tudo para dar certo, eu estou motivado com este primeiro lugar (no ranking)", disse o surfista, ao Estadão.

O brasileiro conhece bem as ondas do local da decisão - atualmente, ele mora na Califórnia. "Gosto muito daqui, principalmente Trestles, uma onda que eu treino bastante, que eu surfo na maioria dos meus dias. É uma onda que é muito high perfomance, e que eu acho que encaixa muito com meu surfe. Eu fico amarradão de surfar aqui", vibrou.

Batizado de WSL Finals, o formato de disputa inclui os cinco melhores da temporada. Na primeira bateria, enfrentam-se o quinto e o quarto colocados no ranking mundial. Curiosamente, o duelo colocará frente a frente o atual vice-campeão olímpico, o japonês Kanoa Igarashi, e o medalhista de ouro, o brasileiro Italo Ferreira. Quem avançar enfrenta o terceiro do ranking (Ethan Ewing) e depois o segundo (Jack Robinson), ambos da Austrália).

Para Filipinho, esse formato moderniza o esporte e ajudará no crescimento do surfe. "No primeiro instante eu fiquei meio apreensivo, 'algo diferente, vai mudar, como é que vai ser...', mas eu acho que no nosso esporte, se a gente quiser evoluir, tem de correr junto. A gente vê a NFL, NBA, todos têm os playoffs. Então acho que daqui a dois, três anos, no longo prazo, possa ter novas oportunidades", comentou. "Me adaptei, gostei, e acho que tem tudo pra dar muito certo."

FEMININO

Atual vice-campeã do mundo, Tatiana Weston-Webb chega ao WSL Finals como terceira melhor do ranking, e por isso entrará na água a partir da segunda bateria - ela irá esperar a vencedora do duelo entre a costa-riquenha Brisa Hennessy e a australiana Stephanie Gilmore. Se vencer, enfrentará a francesa Johanne Defay na semifinal. A americana Carissa Moore é a líder do ranking.

Ao Estadão, Tatiana declarou ter treinado muito e estar bem preparada física e mentalmente. "Não estou criando expectativas na minha cabeça, mas meu surfe vai mostrar como eu estava trabalhando forte", afirmou, um dia antes de embarcar para a Califórnia. Ela disse adorar as disputas em Trestles. "É uma onda incrível, tem bastante oportunidade para direita e esquerda, e é uma onda que é bem consistente", avaliou.

Pedro Scooby será o padrinho do Time Brasil na jornada para a Olimpíada de Paris, em 2024. O surfista e ex-BBB faz grande sucesso nas redes sociais e terá como principal missão reunir os fãs no apoio aos atletas brasileiros na luta por vagas importantes nos Jogos da capital francesa.

A iniciativa do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) convoca importantes personalidades, cuja importante função será exercida como verdadeiros embaixadores do País em competições internacionais e principalmente nas redes sociais. O objetivo é promover o apoio ao esporte olímpicos e as atletas.

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"Me senti muito honrado com o convite. Ajudar a levar essa mensagem, de quão importante são os Jogos Olímpicos e do quanto esses atletas são especiais por serem olímpicos. É uma honra ajudar e fazer parte disso de alguma forma", afirmou Scooby, antes de contar sua experiência no Centro de Treinamento do COB, no Rio. "Visitar o Centro de Treinamento do COB me mostrou que esses atletas estão muito bem servidos, fui muito bem recebido por toda a equipe e adorei saber que as portas estão abertas pra mim", completou o atleta.

"Estamos muito felizes em anunciar o Pedro Scooby como primeiro padrinho do Comitê Olímpico do Brasil neste ciclo até Paris 2024. Temos uma jornada de muitas ativações, competições e oportunidades pela frente e, ninguém melhor do que o Scooby, que além de ser um atleta consagrado globalmente, é uma pessoa que carrega na essência os valores olímpicos. Ele representa duas das principais missões do COB - alta performance e propagar o olimpismo no país. O Time Brasil está muito bem representado pelo nosso padrinho, junto à imensa torcida brasileira", analisa Gustavo Herbetta, diretor de Marketing do COB.

Pedro Scooby é especialista em surfar ondas gigantes. Em outubro, o brasileiro retoma sua carreira na modalidade, quando recomeça a temporada das ondas gigantes, especialmente em Portugal. Scooby é o atual vice-campeão do Tow Surfing Challenge.

Após o anúncio da chegada de Pedro Scooby ao grupo de embaixadores do Time Brasil, o Comitê Olímpico Brasileiro se prepara para reforçar sua equipe de padrinhos e madrinhas do esporte nacional.

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Os cinco brasileiros que foram para as repescagens da etapa de Margaret River, na Austrália, conseguiram vencer na noite da última sexta-feira e garantiram classificação para a terceira fase, se mantendo na briga pelo título da Liga Mundial de Surfe (WSL). Samuel Pupo, Jadson André, Deivid Silva, Caio Ibelli e Miguel Pupo se juntam a Filipe Toledo, Italo Ferreira e João Chianca (o Chumbinho), que haviam se classificado na estreia.

O sucesso brasileiro neste início de etapa colocará frente a frente Italo Ferreira e João Chumbinho nas oitavas de final. O campeão olímpico segue em busca dos pontos para figurar no top-5 do ranking. Já o número 1 do ranking, Filipe Toledo, terá pela frente o australiano Ryan Callinan.

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"Pela primeira vez na minha carreira não estou com a pressão de me requalificar no tour. É uma coisa até estranha de sentir porque nos últimos anos eu estava sempre naquela pressão de ‘será que vou conseguir?", afirmou Caio Ibelli, que passou do round de eliminação.

"Pela primeira vez estou na condição de tirar esse peso das minhas costas e surfar sem pressão, confortável. É isso que estou tentando fazer agora, mostrar para o mundo tudo que eu sei, toda técnica que tenho e conquistar os melhores resultados da minha carreira", continuou Caio, que enfrentará Frederico Morais na próxima fase.

Miguel Pupo pega o australiano Owen Wright, enquanto Samuel Pupo também duelará com um australiano na terceira fase, Connor O'Leary. Jadson André será o adversário do americano Kelly Slater, já Deivid Silva pegará Barron Mamiya, do Havai.

No feminino, a brasileira Tatiana Weston-Webb foi eliminada nas oitavas de final pela Gabriela Bryan. Gabriela pegará a costa-riquenha Brisa Hennessy na próxima fase. Brisa eliminou a havaiana Luana Silva fase anterior.

Confira os resultados da repescagem desta sexta-feira em Margaret River:

Kelly Slater (EUA) 10,67 x Jadson André (BRA) 11,67 x Jack Thomas (AUS) 9,94

Caio Ibelli (BRA) 13,63 x Deivid Silva (BRA) 11,50 x Ben Spence (AUS) 10,53

Miguel Pupo (BRA) 12 x Frederico Morais (PRT) 12,90 x Jacob Willcox (AUS) 10,27

Seth Moniz (HAV) 8,73 x Samuel Pupo (BRA) 13,50 x Matthew McGillivray (AFS) 10,54

Filipe Toledo, o Felipinho, já está nas semifinais da etapa de Bells Beach, na Austrália. O brasileiro se classificou neste sábado após eliminar o havaiano Jhon John Florence com excelente manobra para nota 9.63 logo de cara e assumiu a liderança do Mundial de Surfe (WSL). Italo Ferreira e Miguel Pupo foram eliminados nas quartas de final.

No dia de seu aniversário de 27 anos, o surfista paulista deu mais um passo a caminho da primeira vitória de uma etapa da WSL na temporada. Ele avançou com 16.40 contra 14.76 do bicampeão mundial John John Florence e terá o australiano Ethan Ewing pela frente.

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"Acredito que foi um presente de aniversário de Deus, tenho certeza. Estava orando antes da bateria começar e a primeira onda boa veio para mim, então todas as orações foram atendidas. Quando você começa a bateria com uma onda boa, tem de fazer logo a segunda nota, especialmente contra alguém como o John John. Estou muito feliz em ganhar dele e eu amo vir para Bells", afirmou Filipinho. "Um momento especial, estou sem minha família aqui, mas amo vocês e isso significa muito para mim", se emocionou.

O triunfo do brasileiro, que agora disputa o título com três australianos, veio com sentimento de revanche. "Ele vinha sendo o destaque do evento e é sempre bom ganhar de alguém como ele. Ainda mais aqui em Bells, onde ele me venceu naquela final de 2019", lembrou Filipinho. "Na minha opinião, a bateria dele com o João (Chianca) dias atrás, foi a bateria do ano. Você nunca sabe o que vai acontecer na próxima onda dele. Mas, o mar hoje está mais complicado de surfar, bem balançado, então sabia que seria mais difícil ele tirar um 7,9 pra me vencer. E eu só queria ter mais uma nota pra somar com o nove da primeira e garantir o primeiro lugar. Estou feliz que deu certo e eu segui para as semifinais."

Italo Ferreira foi eliminado por dois décimos em batalha com Jack Robinson (14.00 a 13.80) e reclamou muito em suas redes sociais. A nota 6.70 da última onda parece ter desagradado o campeão olímpico. "Eu sei perder, mas vai tomar no c...", desabafou em seu twitter.

Já Pupo caiu diante de Callum Robson também em disputa acirrada. O surfista local fez 13.54 diante de 13.00 do brasileiro. As semifinais devem ocorrer na noite deste sábado.

Filipe Toledo, o Felipinho, já está nas semifinais da etapa de Bells Beach, na Austrália. O brasileiro se classificou neste sábado após eliminar o havaiano Jhon John Florence com excelente manobra para nota 9.63 logo de cara e assumiu a liderança do Mundial de Surfe (WSL). Italo Ferreira e Miguel Pupo foram eliminados nas quartas de final.

No dia de seu aniversário de 27 anos, o surfista paulista deu mais um passo a caminho da primeira vitória de uma etapa da WSL na temporada. Ele avançou com 16.40 contra 14.76 do bicampeão mundial John John Florence e terá o australiano Ethan Ewing pela frente.

"Acredito que foi um presente de aniversário de Deus, tenho certeza. Estava orando antes da bateria começar e a primeira onda boa veio para mim, então todas as orações foram atendidas. Quando você começa a bateria com uma onda boa, tem de fazer logo a segunda nota, especialmente contra alguém como o John John. Estou muito feliz em ganhar dele e eu amo vir para Bells", afirmou Filipinho. "Um momento especial, estou sem minha família aqui, mas amo vocês e isso significa muito para mim", se emocionou.

O triunfo do brasileiro, que agora disputa o título com três australianos, veio com sentimento de revanche. "Ele vinha sendo o destaque do evento e é sempre bom ganhar de alguém como ele. Ainda mais aqui em Bells, onde ele me venceu naquela final de 2019", lembrou Filipinho. "Na minha opinião, a bateria dele com o João (Chianca) dias atrás, foi a bateria do ano. Você nunca sabe o que vai acontecer na próxima onda dele. Mas, o mar hoje está mais complicado de surfar, bem balançado, então sabia que seria mais difícil ele tirar um 7,9 pra me vencer. E eu só queria ter mais uma nota pra somar com o nove da primeira e garantir o primeiro lugar. Estou feliz que deu certo e eu segui para as semifinais."

Italo Ferreira foi eliminado por dois décimos em batalha com Jack Robinson (14.00 a 13.80) e reclamou muito em suas redes sociais. A nota 6.70 da última onda parece ter desagradado o campeão olímpico. "Eu sei perder, mas vai tomar no c...", desabafou em seu twitter.

Já Pupo caiu diante de Callum Robson também em disputa acirrada. O surfista local fez 13.54 diante de 13.00 do brasileiro. As semifinais devem ocorrer na noite deste sábado.F

Três dias depois de Gabriel Medina anunciar que não competirá na primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe, em Pipeline, no Havaí, no início de fevereiro, para cuidar de sua saúde mental, foi revelada nesta quinta-feira, pelo site Metrópoles, a informação do fim de seu casamento com a modelo Yasmin Brunet de acordo com fontes ligadas ao casal.

De acordo com site, os dois estariam apenas vivendo de aparência e morando em casas separadas. Yasmin se encontra na casa do condomínio em Maresias, litoral norte de São Paulo, e Medina está em outra. Os dois ainda não se pronunciaram sobre o assunto e nas redes sociais as declarações de amor e fotos em paisagens paradisíacas ainda continuam.

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Em seu último stories no Instagram, Yasmin compartilhou a diferença entre gostar, paixão e amor, o que seria um indício de que os dois estariam afastados. Na última terça-feira, a modelo fez uma postagem com uma mensagem para o surfista em apoio a sua decisão de não participar da disputa das primeiras etapas do Circuito Mundial por conta de sua "saúde física e mental". Ela chegou a fazer um desabafo sobre saúde mental, as batalhas com depressão e ansiedade.

Em um longo texto, a modelo admitiu que 2021 foi um ano muito difícil para os dois. "Eu vi em primeira mão tudo que ele sofreu porque eu sofri junto com ele. Vi ele segurar muita coisa, o que foi extremamente injusto com ele", escreveu.

Um dia antes disso, Medina explicou as razões de sua desistência. "Essa foi uma decisão difícil, acredito que uma das mais difíceis que já tomei. Eu vou me ausentar das primeiras etapas de 2022. Por mais que eu queira estar na água surfando e competindo, eu não estou bem física e emocionalmente para isso. E reconhecer que cheguei ao limite tem sido um processo duro", disse o surfista.

A questão sobre a saúde mental dos atletas vem gerando um debate importante no esporte mundial desde que a ginasta americana Simone Biles, cotada para ser o grande nome nos Jogos de Tóquio-2020, abriu mão de competir para cuidar de sua cabeça. Desde então, o tema deixou de ser tabu entre muitos atletas.

"No final do ano passado, eu lesionei o meu quadril. Desde então, estava fazendo fisioterapia, tomei a vacina e venho me cuidando para estar bem para esse ano. No entanto, ainda não estou 100%. Somado ao corpo vem a mente, que também não está na melhor fase. Venho de meses desgastantes. E eu preciso olhar para mim nesse momento e me cuidar", afirmou Medina.

"Para quem não está bem, tomar uma decisão como essa não é fácil. Eu me questionei mil vezes se eu deveria me expor ou não. Se eu comunicaria apenas que não competiria por meio de uma nota oficial mais formal. Mas eu não acho justo. E porque também não tenho motivos para esconder. A saúde física é muito importante, mas a saúde mental é tão importante quanto. Não tem como estar 100% se uma não está alinhada com a outra", continuou.

O surfista revelou que já está se tratando e se cuidando. "Vou priorizar a minha saúde nesse momento. Estou empenhado e focado para voltar bem e encontrar vocês assim que eu estiver pronto. Desde já eu agradeço a atenção, a compreensão e o carinho dos meus fãs, da imprensa e o respeito dos meus patrocinadores".

Medina vem de um ano tumultuado em sua carreira e também na vida pessoal. Em 2021, ele arrasou no Circuito Mundial e ficou com o título dando show. Mas ficou aquém do esperado na Olimpíada de Tóquio, saindo sem medalhas após perder na semifinal e na disputa do bronze. Ele ainda contestou as notas que recebeu na semifinal da disputa no Japão contra o local Kanoa Igarashi.

Longe das competições, ele enfrentou questões familiares. Rompeu com Charles Saldanha, seu padrasto e técnico durante toda a sua carreira até então, e teve grandes desavenças com a mãe Simone. Isso tudo culminou na parada de seu projeto social em Maresias. Por outro lado, contratou o australiano Andy King como seu novo treinador e se reaproximou do pai biológico.

Pouco antes da Olimpíada, ele teve divergências com o Comitê Olímpico do Brasil (COB). O surfista teve negado seu pedido para credenciar Yasmin Brunet como membro de sua equipe técnica para a Olimpíada. A entidade havia informado aos atletas que só liberaria uma pessoa como acompanhante no Japão, em razão das medidas restritivas impostas pelos Jogos Olímpicos devido à pandemia.

Medina já havia inscrito seu treinador para receber o credenciamento. O COB disse que a troca não era possível e a polêmica foi alimentada por publicações de Yasmin nas redes sociais criticando a entidade. E quase ofuscou a performance do surfista brasileiro nas águas japonesas.

No próximo dia 29 começa a temporada 2022 da WSL, a Liga Mundial de Surfe. E com ela, o atual segundo colocado do ranking mundial, o brasileiro Filipe Toledo, promete vir ainda mais forte esse ano. A primeira etapa acontece na praia de Pipeline, no Havaí. Para essa nova edição, a organização do campeonato trouxe algumas novidades.

Depois de um 2021 fantástico, terminando o ano na segunda colocação do ranking mundial, o brasileiro, um dos candidatos ao título nessa temporada, falou sobre as expectativas para 2022. "As expectativas são as melhores, estou me sentindo bem, estou com o apoio dos melhores, minha equipe, meus patrocinadores. Pretendo começar o ano com o pé direito e bons resultados para chegar ao Top 5 novamente", afirmou Filipe.

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Fora das competições, o ano também foi espetacular para o surfista brasileiro. Em 2021, ele promoveu o Filipe Toledo Kid’s on fire, um circuito voltado para as categorias de base do surfe, em Ubatuba (SP), com duas etapas, uma em setembro e outra em dezembro. Além disso, o vice-campeão mundial também lançou um curta-metragem, gravado após uma etapa da WSL no México, na região de Salinas Cruz.

Para repetir a receita do sucesso no ano anterior e alçar voos ainda maiores nesta temporada, o surfista disse qual foi o ponto chave para a sua evolução no esporte e o que pretende manter para alcançar os seus objetivos. "Eu acho que a minha naturalidade, minha forma leve de levar as coisas e saber dividir o que me faz mal e o que não vai me fazer mal. Eu consegui fazer isso muito bem ano passado e acredito que esse ano eu também vou conseguir. Estou muito bem, tem tudo para ser mais um ano incrível", explicou.

Com algumas mudanças no calendário e no formato, feita pelos organizadores, a disputa pelo título pode ficar ainda mais acirrada. Pela primeira vez, homens e mulheres terão o mesmo calendário, além de um corte entre os surfistas no meio da temporada. Depois da conclusão da quinta etapa, o campeonato masculino terá uma redução de 36 para 24 surfistas. Os eliminados vão disputar uma divisão de acesso à elite, com oito etapas, que vai se chamar "Challenger Series".

A World Surf League terá 10 etapas em sete países diferentes em 2022, com as finais previstas para acontecer em setembro.

A Tempestade Brasileira terá dois novos integrantes na disputa do Circuito Mundial de Surfe em 2022. Samuel Pupo e João Chianca conquistaram a vaga para fazer parte da elite e ambos, com 21 anos, estarão pela primeira vez no seleto grupo de 34 surfistas fixos que vão em busca do título mundial.

Curiosamente, os dois são grandes amigos e já vinham falando sobre a possibilidade de estarem juntos no Tour. Agora, vão realizar o sonho de competir na principal divisão do surfe mundial e mostrar a renovação da Brazilian Storm, o apelido que ganhou essa geração de ótimos surfistas nacionais como Gabriel Medina, Italo Ferreira, Filipe Toledo e Adriano de Souza, entre outros.

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"Foi um longo caminho para chegar aqui. Apesar de ser novo ainda, estou competindo no QS desde os 15 anos, então foi bastante tempo para me qualificar e estou muito feliz agora", disse Samuca, reforçando a amizade com Chumbinho, como Chianca é conhecido. "A gente vinha conversando sobre isso, desde os nossos bons resultados na Europa, mas nem parece ser verdade", continuou.

Os dois são os caçulas de famílias de grandes surfistas. Samuca é filho de Wagner Pupo, um dos grandes nomes da modalidade no passado e exímio shaper de pranchas que mora em Maresias, no litoral paulista. Também é irmão mais novo de Miguel Pupo, que é da mesma geração de Medina e está há muitos anos na elite. "É um sonho estar no Circuito com meu irmão. Agora estou bem aliviado e sinto que posso surfar 100%."

Chumbinho, por sua vez, é filho de Gustavo Chumbão (o apelido do pai passou para toda família), um surfista carioca de Saquarema, e irmão de Lucas Chumbo, um dos principais nomes das ondas grandes da atualidade. O jovem é tido como uma das grandes revelações do surfe nacional, assim como Samuca, e festejou muito sua vaga para a elite. "Foi um ano muito longo, ao mesmo tempo muito corrido. Muitas coisas aconteceram, mas a gente conseguiu a tão esperada vaga", afirmou.

Tanto Samuca quanto Chumbinho já estiveram nas principais praias do Circuito Mundial, surfaram a maioria das ondas, e têm experiência de competição, seja pelo convívio familiar entre os profissionais ou pelos ótimos resultados nas categorias de base. Agora, garantidos na elite, vão poder mostrar todo o potencial que se esperava deles em cima da prancha.

A chegada da dupla também deixou o Brasil como o país que mais tem surfistas na elite masculina, com nove atletas, junto com a Austrália. Samuca e Chumbinho estarão ao lado do tricampeão mundial Gabriel Medina, do vice Filipe Toledo, do campeão olímpico Italo Ferreira, além de Yago Dora, Deivid Silva, Jadson André e Miguel Pupo. No feminino, Tatiana Weston-Webb será a única representante do País.

O surfe brasileiro atingiu um patamar de excelência em nível mundial e desbancou países mais tradicionais na modalidade, como Austrália, Estados Unidos e Havaí, que neste esporte é como se fosse uma nação à parte dos EUA. No documentário "Tempestade Perfeita", o diretor Gustavo Malheiros tenta mostrar como o "país do futebol" se tornou a maior potência global em cima da prancha.

"Existem vários motivos para o Brasil conquistar a hegemonia no surfe, vejo como uma combinação de vários fatores, assim como a combinação de vários fatores formam uma 'Tempestade Perfeita'", diz, rindo. "O primeiro fator é o talento, principalmente do Gabriel Medina, que tem um talento infinito", explica Malheiros, citando o tricampeão mundial de surfe.

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Ele aponta ainda a questão da "necessidade", pois lembra que quase todos têm origem humilde e viram no esporte uma oportunidade para terem uma vida melhor, mais ou menos como acontece no futebol - o Brasil revela muitos jogadores com a mesma necessidade de se dar bem no campo e assim poder ajudar sua família.

"Por fim, acho que toda a resistência dos gringos para aceitar a turma dos brasileiros teve um efeito contrário, uma reação que motivou a superação dos surfistas do Brasil. Principalmente o Gabriel, o Ítalo, o Adriano e o Filipinho têm uma capacidade de transformar todos esses obstáculos em vitórias."

Malheiros retrata a trajetória desses atletas nos últimos anos e mostra o caminho das vitórias em seu filme, que estreou neste mês e está nas plataformas Claro Now, iTunes | Apple TV, Google Play, YouTube Filmes e Vivo Play para compra e aluguel. A distribuição é da Sofa Digital. "A ideia do documentário surgiu após o título mundial do Gabriel Medina. Pensei primeiro em um livro e depois que comecei o livro tive a ideia de filmar também", conta.

Medina foi o primeiro campeão mundial brasileiro de surfe, em 2014. No ano seguinte, Adriano de Souza, o Mineirinho, levantou o troféu. Medina ainda seria mais duas vezes campeão e em 2019 Italo Ferreira, que foi campeão olímpico nos Jogos de Tóquio, também ganhou o troféu de campeão do mundo. "O filme vai até o título mundial do Italo Ferreira em 2019, mas no fim tem um texto/cartela, falando sobre o título de 2021 e a medalha olímpica", diz Malheiros.

O documentário tem narração de Evandro Mesquita, ex-Banda Blitz, e conta com muitas imagens de arquivo das primeiras etapas do Circuito Mundial no Brasil e depoimentos exclusivos de Medina, Filipe Toledo, Mineirinho e muitos outros surfistas. "Um dos maiores desafios foi convencer os competidores, principalmente o Medina, a participarem do documentário. Ele está sempre viajando e tem muitos compromissos na agenda", revela.

O filme é baseado no livro de Malheiros, que tem o mesmo nome e foi lançado em 2017, e traz imagens gravadas no Havaí, Califórnia, Rio de Janeiro, Austrália, França, África do Sul e Portugal.

O sobrenome Medina pode até abrir algumas portas no surfe, mas não é somente com ele que Sophia, irmã caçula do tricampeão mundial Gabriel Medina, vai conseguir chegar longe na modalidade. No último dia 21 de novembro, ela conquistou seu maior título da carreira até o momento, o QS 3.000 em Saquarema (RJ), e, com apenas 16 anos, já lidera o ranking regional da América Latina.

"Ela amadureceu muito rápido. Por causa do Gabriel, ela conviveu bastante no Circuito Mundial, mas sabe que precisa fazer a história dela. O sobrenome não garante nada, importa o que ela vai fazer lá dentro do mar. Não é fácil, precisa ter equilíbrio para lidar com críticas injustas e elogios a mais, porém tenho certeza de que ela vai fazer sua própria história no surfe", disse Charles Saldanha, pai e técnico de Sophia.

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Foi ele quem treinou Gabriel Medina desde a adolescência até o ano passado, e juntos conquistaram dois títulos mundiais. Agora, ele vem se dedicando a Sophia e está começando a trilhar novamente o mesmo caminho, passando pelas competições regionais, até chegar à divisão de acesso e, por fim, ao Circuito Mundial, competição na qual estão os atletas de elite. Até por conhecer as dificuldades, ele não tenta acelerar o processo, mesmo sabendo do talento da filha.

"A meta principal é chegar no Circuito Mundial em três ou quatro anos. Ela ainda tem muito a evoluir e progredir. Esse campeonato que ela ganhou ajuda a ter ranking para disputar o Challenger, que vai servir de aprendizado em um primeiro momento. Depois, se estiver lá dentro, deve demorar em torno de três anos para chegar à elite. O Gabriel, depois de dois anos e meio, entrou no Circuito Mundial. Mas temos de colocar metas reais para depois não se tornar uma decepção", explica, ciente de que uma possível participação nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, seria algo precoce.

INÍCIO DO SONHO - Sophia começou a surfar com 8 anos e pouco tempo depois já estava treinando com mais seriedade. Influenciada por Gabriel, ela logo se apaixonou pela modalidade e foi sendo aprimorada no Instituto criado pela família em Maresias. Lá, junto com jovens talentos, tinha aulas em cima da prancha, de apneia, preparação física e até curso de inglês. Mas sempre que podia acompanhava o irmão em algumas etapas do Circuito Mundial e com isso foi ganhando experiência.

Aos 12 anos, assinou com a Rip Curl seu primeiro contrato de patrocínio (atualmente sua prancha já estampa muitas marcas) e foi trilhando seu caminho nas competições. Em 2018, ela ganhou o Rip Curl Grom Search, título que o irmão famoso já tinha conquistado, e fez a família reviver um momento importante. Agora, ela também conquistou uma etapa do QS, repetindo o feito de Gabriel quando tinha 15 anos, em Florianópolis.

"Foi algo semelhante. É uma etapa em que os dois eram muito jovens e não eram favoritos. Tanto ela como o Gabriel vieram da chave de baixo fazendo bastante pontos. E nos dois casos a gente foi pensando fase a fase. Quando vimos estávamos na final. Ela foi ganhando confiança e acho que foi muito parecido com a vitória do Gabriel. Os dois surfaram bem e ganharam merecidamente. Para mim, a emoção também foi muito semelhante e motivo de muita alegria", conta Charles.

Ele divide com Gilmar Moura o trabalho de técnico de Sophia. O antigo professor do Instituto Gabriel Medina já vinha treinando Sophia, principalmente quando Charles precisava viajar com Gabriel para as competições, e esse trabalho coletivo vem dando resultado. "A gente se dá bem. Eu treinei ele quando era mais novo, e tem a mesma linha de pensamento que eu. A Sophia gosta dele também e acho que o time precisa estar sincronizado."

Por já ter passado por muita coisa na caminhada com Gabriel, Charles sabe o que precisa corrigir e o que deve repetir para que Sophia também tenha a possibilidade de ter sucesso em cima da prancha. "O esporte vai evoluindo. Claro que já fizemos o caminho lá atrás, com muito mais acertos do que erros. Mas temos de estar espertos. Aprendo todo dia, sempre tem algo novo, quero melhorar, e sei que o esporte vai ficar mais difícil. Então vamos estar sempre inovando para cometer o mínimo de erros. O que já deu certo serve de lição também. Algo que tenho certeza que dá certo é ter foco, trabalhar duro, pois esporte profissional não é brincadeira ou diversão. É necessário dedicação total e humildade."

ÓTIMAS ADVERSÁRIAS NO SURFE - A ascensão de Sophia ocorre em um momento que o surfe parece estar bem promissor para as mulheres no Brasil. As últimas competições reforçaram o talento de três surfistas jovens. Bela Nalu, de 14 anos, é filha de Everaldo "Pato" Teixeira, surfista que roda o mundo atrás de boas ondas e sempre leva a garota. Ela vinha morando na Indonésia e ainda grava um reality chamado Nalu pelo Mundo. Outro talento é Laura Raupp, de 15 anos, que recentemente ganhou o QS 1.000 realizado em Florianópolis. E ainda tem a Summer Macedo, de 21 anos, brasileira que nasceu e cresceu no Havaí.

"A chegada dessas atletas ajuda, pois a concorrência é boa. Tomara que todas deem certo. Se formos lembrar, o Gabriel foi campeão, depois veio o Mineirinho e o Italo Ferreira, tem o Filipe Toledo que com certeza vai ser campeão mundial um dia, o Miguel Pupo, o Jadson André... Então a gente vê uns 20 atletas que foram juntos nessa geração. Entre as mulheres, essas atletas mais novas estão brigando bastante e estão ganhando das mais velhas. Isso é um bom sinal. Tomara que venha essa geração feminina também", torce Charles.

A vitória no Saquarema Surf Festival Roxy Pro foi a mais importante da carreira de Sophia e serve de estímulo para a próxima temporada. As metas estão estabelecidas e o sonho, obviamente, é conquistar o mundo. Em 2017, em entrevista para o Estadão, ela falou sobre seu objetivo: "Um dia quero ser campeã mundial". Charles, que acreditou no sonho de Gabriel Medina e agora vê o surfista com três taças de campeão do mundo, acha que é possível e vai fazer de tudo para ajudar a filha. "Eu acredito que sim, a gente trabalha para isso. Ela tem todas as condições de ser campeã mundial, mas é um longo trabalho e isso está muito longe ainda. Vamos passo a passo", avisa.

Com apenas 16 anos, Sophia Medina conquistou neste domingo, 21, o título mais importante de sua carreira no surfe até agora. A irmã caçula do tricampeão mundial Gabriel Medina ganhou o Saquarema Surf Festival Roxy Pro, uma etapa QS 3.000 que conta pontos para o ranking regional da WSL na América Latina. Com a vitória, ela se tornou a líder do ranking. No masculino, a vitória foi de Yago Dora.

"Eu nem estou acreditando que acabei de ganhar um QS 3000. Esse sempre foi meu maior sonho, era uma das minhas maiores metas e estou muito feliz. Esse campeonato é um dos mais importantes do mundo hoje. Na América Latina, é o mais importante. É uma grande etapa para uma carreira de surfista. Tem muito tempo que não venço um campeonato e todo trabalho duro foi recompensado", disse a atleta.

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Sophia esteve acompanhada em Saquarema pelo pai e treinador, Charles Saldanha, que também treinou Gabriel durante muitos anos na carreira. Agora, ele tem se dedicado à garota e espera que ela trilhe o mesmo caminho do irmão campeão. Ela também tem Gilmar Moura, o Pulga, como técnico, que a ajudou no início de carreira no Instituto Gabriel Medina.

A conquista da irmã foi comemorada nas redes sociais, inclusive por Gabriel Medina, que está um pouco mais distante de sua família, mas fez questão de elogiar Sophia. "Campeaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! Vitória de gente grande, orgulho!!! Primeira vitoria no WQS, não tem como não lembrar de quando eu comecei! Te amo @sophiamedina", escreveu o surfista.

Ele se refere também ao seu início de carreira. Quando tinha 15 anos, Gabriel se tornou o surfista mais jovem a vencer uma etapa da World Surf League, em Florianópolis, e a partir dali sua ascensão foi meteórica. Três anos depois ele se tornou o primeiro campeão mundial do Brasil no surfe.

Agora, Sophia vai fazendo o mesmo caminho. Com 3.500 pontos no ranking regional da WSL após duas etapas, ela precisa ficar entre as três mais bem colocadas para garantir vaga no WSL Challenger Series de 2022, que vale vagas para o Circuito Mundial de 2023, onde estão as atletas de elite.

"É muito difícil passar do amador paro o profissional, é um choque de realidade e eu treinei muito para estar aqui hoje. Eu me emociono porque foi muito trabalho duro para chegar até aqui e Deus é muito bom. Foi Ele que me deu a vitória e toda honra e glória a Ele. Estou muito feliz por todo esse trabalho estar sendo recompensado", continuou.

Sophia é mais uma surfista talentosa da nova geração que vem chamando atenção nas competições. Além dela, outras jovens atletas vêm mostrando potencial para, quem sabe, no futuro, dar ao Brasil seu primeiro título mundial no feminino, como Bela Nalu (14 anos), Laura Raupp (15 anos) e Summer Macedo (21 anos).

Na disputa deste domingo, Sophia venceu na decisão a peruana Daniella Rosas, que esteve representando seu país nos Jogos Olímpicos de Tóquio, por 14,27 a 12,34. Já no masculino, Yago Dora deu um show e ganhou de João Chianca, mais um novo da nova geração brasileira, por 18,97 a 16,86.

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A reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, Litoral Sul de Pernambuco, esteve movimentada neste sábado (6) com a realização do Festival Multicultural Viva, que trouxe uma competição de surfe das mais diversas categorias.

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As competições tiveram início na última sexta-feira (5) e vão até o domingo (7), animando o público presente. Reconhecida pela Confederação Brasileira de Surf (CBSURF), a disputa conta pontos para o ranking brasileiro, em todas as categorias.

Serão distribuídos R$ 130 mil em premiação, sendo R$ 60 mil em dinheiro e R$ 70 mil em pranchas de surfe, longboard e stand up padlle wave, além de brindes.

Além do surfe, atividades de lazer distraem e divertem o público, com ginástica funcional, palestras, escolinha de surfe, dicas de nutrição e espaço de massoterapia.

Cauã Reymond enfrentou uma situação perigosa. No último domingo (17), o ator usou o Instagram Stories para explicar que tentou surfar em um mar com grande correnteza nas Ilhas Maldivas.

"A gente passou por uma situação muito delicada e se não fosse a Anne, nossa guia, eu não sei o que teria acontecido com a gente. A gente entrou no mar com muita correnteza, muito vento, a gente estava tentando surfar em frente a uma ilha, o grupo todo de mais ou menos oito pessoas acabou se dispersando por conta da correnteza", contou.

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Ele continua, dizendo que a guia conseguiu resolver a situação: "Ela [Anne] entrou no mar, conseguiu juntar a maior parte do grupo e depois de uma breve conversa a gente decidiu que era melhor ir em direção à bancada de coral vivo, porque a correnteza estava levando a gente para dentro do oceano. O barco que nos levou quase virou, então se não fosse a Anne, que depois de levar todo mundo pra ilha ainda voltou para o mar para salvar dois surfistas, ela teve voz de comando, foi muito corajosa. E eu agradeço de todo coração".

Depois do ocorrido, Cauã tranquilizou os seguidores nesta segunda-feira (18): "Hoje deu tudo certo, ontem foi só um susto, agora é só descansar e dar uma relaxada".

Também no Instagram Stories, a guia Anne dos Santos comentou sobre a situação: "Nossa, foi loucura essa experiência! Que bom que todo mundo está bem. Essa história não dá para esquecer".

Nesta quarta-feira (6), teve início o primeiro campeonato de surfe em ondas artificiais realizado no Brasil. O evento é realizado em um condomínio de luxo, na cidade de Itupeva, interior de São Paulo. As competições deste primeiro dia do Rip Curl Grom Search envolveram jovens com menos de 16 anos, divididos em três categorias.

Na divisão sub-16 feminina, a vitória foi de Bela Nalu, filha do experiente surfista Everaldo Pato Teixeira, conhecida pelo programa Nalu Pelo Mundo. Ela superou Sophia Medina, irmã do tricampeão mundial da modalidade Gabriel Medina.

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Bela viajou pela primeira vez desacompanhada da família, que ficou em Bali, na Indonésia. Competindo por Santa Catarina, a jovem conquistou 17 pontos e ficou com o lugar mais alto do pódio. Sophia buscava o inédito tetracampeonato e terminou com o vice (15,65). A terceira colocada foi a também catarinense Laura Raupp (13,85).

"Eu sabia que o nível seria super alto. Mas fiz tanto esforço para me classificar. Viajei da Califórnia só para gravar as ondas da seletiva e deu certo. O sentimento de conseguir ganhar esse título num lugar inovador é demais. Estou muito feliz", contou a campeã Nalu.

Na categoria sub-12 masculina, o troféu ficou com Pablo Gabriel, do Rio de Janeiro, que obteve 17,75 pontos. O vice-campeão foi o paranaense Anuar Chiah (14,75). O terceiro foi o paulista Kalani Robles (13,85). Na divisão sub-14 masculina, o paulista Matheus Neves levou a melhor (16 pontos). Anuar Chiah repetiu o feito da categoria inferior e ficou em segundo (15 pontos) e o fluminense Pablo Gabriel voltou ao pódio, em terceiro lugar (13,75).

Nesta quinta-feira, as categorias sub-14 feminina e sub-16 masculina competem a partir das 10h. No fim do dia, Gabriel Medina fará uma apresentação junto aos campeões.

Tem um grupo de surfistas radicais que o trabalho deles é ir sempre atrás das ondas grandes, onde quer que elas estejam. Elas se formam quando as ondulações encontram um terreno mais alto que seu entorno, então possibilita um tamanho grande de onda. Muitos passam temporadas no Havaí, em Portugal e outros locais do mundo, mas também monitoram o litoral brasileiro para treinar e se preparar para os grandes eventos. E foi isso que ocorreu na última semana, quando um grupo encontrou condições ideais em Avalanche, uma temida onda no Espírito Santo.

"Ela tem uma condição boa para a gente treinar o surfe em ondas grandes. É importante para quando encontrarmos essas condições fora do Brasil. É uma onda de slab, uma cabeça de pedra. Não é tão perfeita, mas tem uma condição extrema, que proporciona tubos grandes para treinarmos nossas habilidades", explica Carlos Burle, que pegou um enorme tubo lá.

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O slab é uma onda que quebra em bancadas muito rasas e existem muitas pelo litoral brasileiro. No caso da Avalanche, ela fica a cerca de cinco quilômetros da Praia da Costa, em Vila Velha. É um afloramento de terra em uma região bastante profunda, ou seja, quando o desnível sobe para quatro metros, forma uma onda muito grande, porém curta. As maiores chegam a ser superiores a 6 metros. É um tamanho muito grande, porém menor que em outros lugares, como Jaws, no Havaí, e Nazaré, em Portugal, que chegam a mais de 20 metros.

Avalanche era bastante conhecida pelos pescadores locais e seria como se fosse uma pequena ilha submersa. "É uma onda muito perigosa. Essa grande que surfei, eu coloquei a mão na parede para atrasar, porque ela é curta, e acabei virando, bati no fundo com o cotovelo e a perna. Estou com a mão toda arranhada por causa dos ouriços. Então é uma onda que tem muita adrenalina, tem um medo envolvido", diz Burle.

Ele conta que quem descobriu o pico e começou a se destacar lá foi um grupo de bodyboarders. "Eles pegam as ondas sem ajuda do jet-ski. O pessoal da equipe NXF Bodyboarders sempre nos recebe muito bem. O Estado do Espírito Santo tem história muito forte com essa modalidade", afirma.

Burle vinha monitorando a ondulação em Avalanche e decidiu ir para lá por causa de seu trabalho como técnico de Lucas Chumbo. Vários outros atletas conhecidos no meio foram também, como Lucas Fink, Pedro Calado, Ian Cosenza, Michelle de Bulhões, Gabriel Santos, Ziul Andueza, os irmãos Aline e Gabriel Adisaka, Vini dos Santos, entre outros. "Quero sempre estar próximo desse universo das ondas grandes, de compartilhar esse momento, mas também fazer meu trabalho de coach", comenta Burle, que está com 53 anos.

"Os free surfers e big riders estão sempre de plantão, analisando as condições, previsões, mapas e sites especializados, e vão atrás dessas ondas grandes. Quando entra uma ondulação nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, e o mar começa a ficar grande, com direção mais de sudeste, aí a gente entende que pode quebrar essa onda lá de Avalanche, no Espírito Santo. Aí é questão de a previsão se confirmar, o vento e a maré estarem bons. É importante estar no lugar certo, na hora certa", avisa.

A BUSCA PELAS ONDAS PERFEITAS - O surfista de ondas grandes está sempre atrás das boas ondulações para poder treinar e se aprimorar em condições limites, mas também sabe que é importante gerar conteúdos a partir daquele momento. Até por isso, o trabalho de encontrar os melhores lugares nas datas corretas não para.

"O surfista de ondas grandes precisa mapear as ondulações. No Sul e Sudeste tem uma consistência maior, além da região de Fernando de Noronha e as urcas no Rio Grande do Norte, como a Urca do Minhoto. São muitos picos conhecidos, como Saquarema (RJ), Maresias (SP), Cardoso, Garopaba e Silveira (SC). Tem o Pontão do Leblon, Sheraton, praia do Grumari, em Niterói dá onda grande direto, São Paulo também tem umas lajes. São muitos lugares que reúnem condições", diz Burle.

"A gente fica em cima dos mapas de previsão, como força dos ventos, tamanho das ondas, direção da ondulação. Quando vai chegando mais perto, essa previsão vai ficando mais certa. A leitura de dez dias ou uma semana é só para alertar. Quando faltam quatro ou cinco dias, já fica mais certo e a gente começa a se organizar e buscar o ponto ideal onde essas ondas vão quebrar. Quando dá 48 horas, a gente faz a chamada e pega a estrada, porque o negócio é mais certo", continua.

É um grupo grande de surfistas destemidos e cada um dá um jeito para chegar ao local das ondas. Eles também utilizam muito os contatos com outros surfistas nas regiões de grandes ondas. "A gente conta com a experiência e contato com os locais para estar nos locais certos para pegar as ondas grandes e treinar bastante. A gente tem uma equipe, estamos sempre nos comunicando", afirma.

O surfista brasileiro Gabriel Medina ainda está curtindo a conquista de seu terceiro título mundial de surfe. Da Califórnia, ele conversou com a reportagem do Estadão e falou sobre o ano de muito sucesso em cima da prancha e de grandes mudanças em sua vida.

Em 2021 ele mudou de técnico, passou a viajar para as etapas com sua mulher, a modelo Yasmin Brunet, e teve seu nome envolvido em algumas polêmicas. Ele lembra que realizou um sonho com seu terceiro troféu e também reforça que está sendo um período de grande aprendizado em sua vida.

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Você sempre falou desse sonho de ser tricampeão mundial, como dois de seus ídolos, um o Ayrton Senna, no esporte em geral, e outro o Mick Fanning, no surfe. Foi do jeito que você sonhava?

Foi além do que eu sonhava. Até pelo formato, do jeito que aconteceu, porque tive de enfrentar o Filipe em melhor de três em uma final. Acho que foi especial também pelo jeito que surfei, pois consegui fazer manobras que nunca tinha feito numa final, dando "back flip", acertando os aéreos. Foi um dia perfeito na verdade. Realizei um sonho que parecia ser tão distante, mas se tornou realidade. Foi irado.

Neste ano você passou por muitas mudanças e até polêmicas. Olhando pra trás, como vê sua temporada?

Foi uma temporada de grandes desafios, fui testado várias vezes. É difícil passar por essas situações de competição, viagens... Problemas pessoais todo mundo tem. As pessoas criam notícias, gostam de falar, então foi um ano de responsabilidade e amadurecimento do meu lado. Aprendi bastante e continuo aprendendo. No meu dia a dia o que mais tento levar é fazer o bem, tenho meu trabalho, e procurei focar nisso e surfar mais, e deixar as pessoas falarem. Estou fazendo o que amo e estou fazendo bem, e ontem (terça-feira) fui recompensado por isso. Fico feliz de ter vivido cada processo que vivi. Estou aprendendo ainda e resolvi assumir minhas responsabilidades. Tudo tem um preço na vida. Estou feliz do jeito que estou vivendo, quero aprender mais e viver mais.

A questão da vacina contra Covid-19 gerou uma grande polêmica. Algumas pessoas começaram a achar que você era contra a vacina, mas você disse que não era o caso.

Esse ano a gente não parou quieto, viajamos o mundo inteiro seguindo os protocolos de distanciamento, a gente estava sempre numa bolha na praia e no hotel, a WSL fez um ótimo trabalho inclusive, mas agora tenho tempo para fazer as minhas coisas. Eu tenho diversos amigos que tomaram e sofreram efeitos colaterais. Quando eu não estava nas viagens, estava treinando e tipo já tinha outra viagem na sequência, então não queria atrapalhar isso. E eu estava sempre seguindo os protocolos. Agora tenho tempo de fazer tudo com calma. Na terça eu ganhei o título mundial, agora estou atendendo à imprensa e depois vou conseguir agendar e fazer o que tenho de fazer.

Foi a primeira vez que você não tinha seus pais na areia numa final, mas por outro lado tinha a Yasmin, que é sua família nova que está construindo. Como está sendo isso para você?

Sair da zona de conforto é difícil para qualquer ser humano. Mas todo mundo passa por esse processo. Para mim parecia bem distante, até eu assumir e seguir as minhas coisas e fazer do meu jeito. Sabia das responsabilidades, que podia dar errado ou certo, mas eu resolvi arriscar. Sempre fui motivado por desafios e não iria ser diferente agora. E está sendo irado, tenho aprendido pra caramba, estou fazendo coisas que não tinha tanto o costume de fazer, tenho aproveitado mais os lugares, as coisas simples da vida. Quando você vai fazendo o que você ama e fazendo o bem, a vida de devolve de um jeito ou de outro. Tem de viver e ser feliz.

A parceria com seu técnico Andy King continua na próxima temporada?

Ele é um cara muito especial. O Mick nos apresentou na Austrália e deu super certo. Começamos a trabalhar este ano e fechamos com chave de ouro. A intenção é continuar com ele, pois me ajudou bastante. Ele fala que é meu soldado, que está ali para o que eu precisar. Ele tem me ajudado bastante dentro e fora da água, sempre exige bastante de mim, treinando fisicamente ou dentro da água, com estratégias diferentes. Tem sido uma parceria irada que deu super certo. Este ano foi incrível.

Esse formato do WSL Finals podia ser cruel com você, que teve a melhor campanha disparado nas etapas anteriores. Mas no final você venceu, ainda mais contra alguém em ótima fase e que conhece Trestles super bem como o Filipinho. Como foi ter essa disputa neste formato?

Eu não tinha gostado desse formato. Até porque quando você está na posição de número 1 é o único que pode ser prejudicado, ainda mais pela diferença de pontos que cheguei. E ter de ganhar do Filipinho duas vezes ali é um teste gigante, pois ele é o melhor surfista em Trestles. Eu tive de confirmar duas vezes o título mundial. Foi incrível, a praia estava lotada e ainda era uma final brasileira. Foi perfeito.

Você agora é tricampeão mundial. Qual o próximo objetivo?

Então, na verdade eu mergulhei de cabeça nesse objetivo e fui até o final. Agora quero deixar a poeira baixar um pouco e parar para pensar. Esses últimos dez anos da minha vida têm sido muito intensos. Campeonato atrás de campeonato, disputa de título, pressão, viagem, então faltou tempo. Agora quero respirar, ter calma e traçar planos e objetivos. Profissionalmente, no surfe, esse era meu maior sonho. Como amo desafios, vou ter de criar outros.

O surfista Ítalo Ferreira lidou com uma situação inusitada na noite de quarta-feira (15), enquanto voltava dos Estados Unidos para o Brasil. O campeão olímpico contou em seu Twitter que seu voo teve que ser interrompido por uma suspeita de bomba no avião. Por conta da ameaça do explosivo, as autoridades locais pediram para que a aeronave fosse esvaziada.

"Última coisa que eu iria imaginar, era que no meu voo teria uma ameaça de bomba. Tivemos que sair da aeronave para as autoridades locais tomarem todas as providências necessárias! Que loucura", escreveu o surfista no Twitter.

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Ítalo publicou o tuíte quando estava no Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, onde o surfista disputou as finais da Liga Mundial de Surfe. Ferreira teve a chance de disputar a final com Gabriel Medina, que se sagrou tricampeão mundial, mas foi eliminado na fase anterior pelo também brasileiro, Filipe Toledo, o Filipinho.

O brasileiro voltou a escrever depois sobre o assunto. Ítalo publicou "E eu só queria comer", e minutos depois escreveu dizendo que a suspeita de bomba poderia ser alarme falso: "Tão dizendo que não foi nada! Quem tem... medo né", publicou o brasileiro.

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Gabriel Medina venceu o Rip Curl WSL Finals, confirmando seu favoritismo, e aproveitou para dedicar o título mundial, seu terceiro na carreira, a duas pessoas que foram importantes para ele nessa caminhada: sua mulher Yasmin Brunet e seu novo técnico, o australiano Andy King. "Eu amo minha mulher e o Andy King foi um cara muito especial. Eles me ajudaram bastante este ano", disse.

A relação de Medina com a modelo Yasmin começou a ficar mais forte no ano passado e em janeiro deste ano eles decidiram casar no Havaí. Desde então vivem grudados e ela viaja para todas as etapas do Circuito Mundial de Surfe com ele. Já King começou a trabalhar com o surfista na Austrália, na segunda etapa da temporada, e estava em Trestles para o WSL Finals.

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"Foi um ano muito intenso, competitivo, e eu respeito muito os atletas que estavam nessa final do circuito. Fui abençoado de ter essa vitória. Esse foi um ano difícil, teve a pandemia de Covid-19, muita coisa mudou, e fico feliz de sentir esse carinho do público", continuou o atleta, festejando a presença de torcida nas areias da praia na Califórnia.

Ele também enalteceu o desempenho de Filipe Toledo, seu adversário na decisão. Os dois travaram um duelo de alto nível, mas Medina levou a melhor diante de um rival que está acostumado com aquelas ondas, pois vive em San Clemente, a dez minutos da praia. "Eu sei que ele ainda vai ser campeão do mundo e eu estarei lá para abraçá-lo", disse.

Medina garante que a rivalidade com os outros surfistas é apenas na água, durante a bateria. Fora das competições, costuma se dar bem com todos. Tanto que ganhou o primeiro abraço após ser campeão mundial de Filipinho, ainda no mar. Depois ganhou outro do amigo quando dava entrevista e foi elogiado por Italo Ferreira em um vídeo que postou em sua rede social.

"Estou 'amarradão' pelo Gabriel que venceu, e triste por um lado pelo Filipe, que buscava seu primeiro título. Se colocar as duas histórias na balança, dou um troféu para cada um dos caras. O Gabriel teve de se superar esse ano, teve muitos problemas que poderiam ter feito ele desistir, mas o moleque conseguiu manter a cabeça no lugar e ir firme no objetivo. Espero que o Filipe também consiga manter a cabeça, está surfando muito, está voando", disse Italo.

Ao receber o troféu de campeão do mundo, Medina fez o número três com a mão, em alusão ao seu tricampeonato, e lembrou de outros atletas que já conquistaram esse feito, como seu ídolo no esporte, o piloto Ayrton Senna, e o ídolo no surfe, o australiano Mick Fanning. "Eu sonhei muito por esse momento. Tenho três títulos mundiais como o Senna, o Mick e o Tom Curren (surfista dos EUA). Todo sonho parece ser impossível até ser realizado. Eu nunca desisti e trabalhei duro para isso", concluiu.

A brasileira Tatiana Weston-Webb ficou com o vice-campeonato mundial de surfe. Nesta terça-feira (14) ela perdeu para a havaiana Carissa Moore na final do Rip Curl WSL Finals e ficou na segunda posição na praia de Trestles, na Califórnia (Estados Unidos). No masculino, Gabriel Medina foi tricampeão, Filipe Toledo ficou em segundo e Italo Ferreira em terceiro.

O resultado de Tati iguala os feitos de outras brasileiras, como os vice-campeonatos mundiais de Silvana Lima (2008 e 2009) e Jacqueline Silva (2002). A derrota foi considerado normal porque Carissa era a favorita na prova. Ela é pentacampeão mundial e atual campeã olímpica, pois ganhou o ouro nos Jogos de Tóquio há pouco mais de um mês.

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Tati teve uma temporada muito boa que culminou em chegar para a disputa do WSL Finals, em Trestles (EUA), na segunda posição do ranking mundial, atrás apenas de Carissa. Nas sete etapas que disputou, a brasileira teve dois terceiros lugares, um vice (em Narrabeen, nas Austrália) e um primeiro lugar, em Margaret River (Austrália), além de outros resultados.

Chegou então para a disputa do evento decisivo com a intenção de desbancar o favoritismo de Carissa. Mas antes passou pela australiana Sally Fitzgibbons ao ganhar de 13,17 a 11,73, garantidno vaga na final, que seria realizada em melhor de três baterias, ou seja, quem vencesse duas seria a campeã mundial.

Na primeira bateria, Tati começou atrás, mas se recuperou, acertou boas manobras e venceu por 15,20 a 14,06. Depois perdeu por 17,26 a 15,60 e, após o título de Gabriel Medina no masculino, voltou ao mar e acabou perdendo novamente para a surfista do Havaí por 16,60 a 14,20.

Tati nasceu em Porto Alegre e logo se mudou para o Havaí. Cresceu na ilha da Kauai e foi lá que aprendeu a surfar. Ela é filha de Tanira Guimarães, que costumava pegar ondas de bodyboard. O pai, o inglês Douglas Weston-Webb, também surfava e logo a menina pegou gosto pela modalidade.

Aos 25 anos, ela tem dupla nacionalidade, mas fez sua escolha para representar o Brasil e foi assim que começou a construir uma carreira sólida no Circuito Mundial de Surfe. Ainda representou o País nos Jogos Olímpicos de Tóquio, mas não chegou à disputa de medalhas, parando nas oitavas de final.

Em uma temporada quase perfeita, Gabriel Medina conquistou o tricampeonato mundial de surfe ao ganhar do também brasileiro Filipe Toledo na decisão do Rip Curl WSL Finals, nesta terça-feira, 14, em Trestles, na Califórnia (Estados Unidos). É o terceiro troféu do atleta de Maresias, que foi campeão em 2014 e 2018, e ajudou a manter o domínio brasileiro.

Nas últimas sete edições do Circuito Mundial de Surfe o Brasil conquistou cinco títulos. Anos atrás seria impensável essa hegemonia de um país que desbancou atletas da Austrália, Estados Unidos e Havaí (que compete como uma nação própria) nas competições internacionais. Mas essa Tempestade Brasileira, apelido pelo qual ficou conhecida essa talentosa geração, está arrasando a modalidade.

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O título coroa uma temporada fantástica de Medina, que ao final das sete etapas anteriores terminou na primeira colocação do ranking mundial com uma vantagem sobre o segundo colocado (Italo Ferreira) superior aos 10 mil pontos, que em outros anos já lhe garantiria o título mundial por antecipação.

Na primeira etapa da temporada, em Pipeline, no Havaí, Medina ficou na segunda posição. Depois obteve um novo segundo lugar em Newcastle, na Austrália, e venceu a etapa seguinte em Narrabeen. Depois ficou em nono lugar na terceira etapa da perna autraliana, sua pior colocação no ano, e venceu novamente em Rottnest.

Na sexta etapa da temporada, fez uma disputa incrível com FIlipe Toledo no Surf Ranch, a piscina de ondas criada por Kelly Slater, e ficou com o vice. Disputou os Jogos de Tóquio, que não contava pontos para o Circuito, e ficou sem medalha, na quarta posição. Mas depois voltou ao campeonato, no México, ficou em quinto lugar em um evento que para ele serviu apenas para cumprir tabela, pois já tinha colocado uma vantagem incrível no ranking.

E foi com esse favoritismo que Medina chegou ao WSL Finals e esperou a definição da chave masculina para ver quem seria seu adversário na final. Viu as eliminações em sequência de Morgan Cibilic (Austrália), Conner Coffin (Estados Unidos) e Italo Ferreira até se encontrar com Filipinho, com quem já travou incríveis disputas nas ondas.

Na primeira bateria da final com Filipinho, Medina surfou melhor e ganhou por 16,30 a 15,70, ficando em vantagem na decisão. Na segunda bateria, Medina começou melhor, mas houve uma paralisação por causa da presença de um tubarão perto da área de competição. No retorno, o surfista de Maresias manteve o foco e ganhou por 17,53 a 16,36, acertando um lindo back flipe e sagrando-se tricampeão mundial de surfe.

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