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A fabricante de latas para bebidas Ball Corporation patrocinou a construção de um laboratório de economia circular em Fernando de Noronha, que deverá ser inaugurado até o final deste ano e deve reciclar entre 8 milhões e 10 milhões de latinhas de alumínio anualmente, o equivalente a 60 toneladas do metal.

A Ball contribuiu com mais de 90% do total de recursos dedicados para desenvolver a unidade, que foi construída em um espaço onde estava instalado um antigo lixão. Os rejeitos encontrados durante o processo de escavação tiveram a destinação correta e a região foi restaurada para que a obra no local pudesse ser realizada.

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Chamada de Lab Noronha Pelo Planeta, a unidade pertence ao Consórcio Noronha pelo Planeta, entidade que reúne startups, organizações não governamentais (ONGs). Ela será responsável por centralizar toda a coleta de latinhas de alumínio consumidas na ilha para, em seguida, enviar os produtos para a fábrica da Ball em Recife.

Após esta etapa, os produtos serão enviados para uma empresa parceira em São Paulo que realizará a transformação do material usado em uma nova bobina de alumínio (um formato bruto do material). Após esta etapa, a Ball adquire a bobina e produz novas latas, em um processo que pode se repetir de forma quase ilimitada.

Segundo o diretor de sustentabilidade da Ball para América do Sul, Estevão Braga, a empresa já dedicou mais de R$ 10 milhões para o desenvolvimento do laboratório, que está em fase final de construção. Além da coleta de latinhas, a unidade também contará com atividades culturais e socioambientais que vão contribuir para fortalecer a conscientização dos visitantes e da população local.

"O Brasil já alcançou o índice de 100% de reciclagem em latas de alumínio, então não se trata de uma iniciativa para aumentar a reciclagem, mas para expandir a consciência de que existem modelos de produção que não geram problemas para a sociedade, como este", afirmou o executivo.

Segundo Braga, Fernando de Noronha é um lugar especial para o desenvolvimento da iniciativa, pois o consumo de latas de alumínio na ilha é o dobro por indivíduo na comparação com o restante do Brasil. O fenômeno ocorre por conta de questões geográficas, uma vez que a região fica localizada a cerca de 400 km da costa brasileira. "Há uma limitação na produção própria da região, então muitos dos produtos que estão aqui chegam do continente para cá em embalagens."

O valor da venda da sucata de latas será revertido para financiar as atividades do laboratório, incluindo a própria coleta, desonerando a administração de Fernando de Noronha e possibilitando a realização de projetos sociais e educacionais para a comunidade da ilha.

Tendências

O diretor de sustentabilidade da Ball prevê que as embalagens de alumínio devem ganhar espaço no mercado por conta das suas características sustentáveis, substituindo produtos que hoje em dia utilizam plástico e vidro para o envase de bebidas.

Braga destacou novas tendências no mercado, como a adoção da embalagem de alumínio para o consumo de água, além do crescimento da oferta de energéticos, que também são oferecidos em latinhas de alumínio. Segundo o executivo, o material traz vantagens como a sua característica reciclável e a quantidade necessária para o envase.

"Enquanto uma garrafa de vidro pesa de 200 a 500 gramas, a latinha de alumínio tem cerca de 12 a 15 gramas, então precisamos de pouco material para envasar corretamente e com segurança a bebida do nosso cliente", disse o executivo, que prevê a continuidade do crescimento do alumínio no mercado ao longo da década atual.

Os ex-ministros do Meio Ambiente Carlos Minc, Edson Duarte, Gustavo Krause, José Carlos Carvalho, Izabella Teixeira, Marina Silva, Rubens Ricupero, Sarney Filho e José Goldemberg divulgaram uma carta em que afirmam que o País vive "inédito momento histórico de aviltamento e ameaça à democracia consagrada na Constituição de 1988 de parte do próprio poder Executivo por ela constituído".

O documento diz ainda que a "sustentabilidade socioambiental está sendo comprometida de forma irreversível por aqueles que têm o dever constitucional de garanti-la" e pede que o Congresso Nacional assegure "o controle dos excessos e omissões do Poder Executivo Federal, não permitindo a tramitação e aprovação de Projetos de Lei eMedidas Provisórias que fragilizem ou promovam retrocessos na legislação socioambiental".

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Leia a íntegra da carta:

Carta Aberta do Fórum de Ex Ministros do Meio Ambiente doBrasil em Defesa da Democracia & Sustentabilidade

Vivemos inéditomomento histórico de aviltamento e ameaça à democracia consagrada naConstituição de 1988 de parte do próprio poder Executivo por ela constituído.

A omissão,indiferença e ação anticientífica do governo federal transformaram o desafio doCovid 19 na mais grave tragédia epidemiológica da história recente do Brasil,causando danos irreparáveis à vida e saúde de milhões de brasileiros. Atragédia seria ainda maior não fosse a ação de Estados e Municípios, apoiadospelos poderes Legislativo e Judiciário.

A sustentabilidade socioambiental está sendo comprometida de forma irreversívelpor aqueles que têm o dever constitucional de garanti-la. A destruição dosBiomas brasileiros avança em taxas aceleradas que não se registravam há mais deuma década, com aumentos expressivos de desmatamentos na Amazônia, no Cerrado ena Mata Atlântica, enquanto os órgãos ambientais e s normas federais sãosistematicamente desmantelados. Povos indígenas, comunidades quilombolas epopulações tradicionais veem crescer de modo exponencial as ameaças aos seusterritórios e às suas vidas.

A degradantereunião de 22 de abril passado é o retrato fiel desse desgoverno, com horasdedicadas a ofender e desrespeitar de maneira abjeta os demais poderes doEstado, sem uma palavra de comando para o enfrentamento da crise econômica ousuperação da crise "pandêmica".

A única menção à pandemia, feita pelo ministrodo Meio Ambiente, não se destinou a estabelecer conexões entre a agenda dasustentabilidade e os desafios na saúde e na economia, mas, inacreditavelmente,para se aproveitar do sofrimento geral em favor dos nefandos interesses quedefende. Na ocasião, confessou de público o que pode caracterizar crime deresponsabilidade, por desvio de função e poder, ao revelar o verdadeiro planoem execução por este governo que é "passar a boiada" sobre a legislaçãosocioambiental aproveitando o "momento de tranquilidade no aspecto decobertura de imprensa, porque só fala de COVID". Causa indignação eespanto que a proposta não merecesse reprimenda em nome do decoro, nem reparodos presentes, em defesa da moral e da honra.

Responsáveis durante décadas pela política ambiental desde a redemocratização do país, criamoseste Fórum para demonstrar que a polarização e radicalização promovidas pelogoverno podem e devem ser respondidas com a união e colaboração entre pessoasde partidos e orientações diferentes fieis aos valores e princípios daConstituição.

Como exministros do Meio ambiente nossa responsabilidade específica se consubstancia navalorização e preservação do meio ambiente e no desenvolvimento sustentável. Aprendemos, porém, pela dura experiência como atual governo, que quando a democracia, a liberdade e a Constituição sãoameaçadas e/ou violentadas os primeiros valores sacrificados são os relativosao meio ambiente e aos direitos humanos.

Sem Democracia forte, não haverásustentabilidade.

Sem sustentabilidade, não haverá futuro para nenhum povo.

Diante do exposto, solicitamos:

- aos Ministros do Supremo Tribunal Federal que velem pelo cumprimento efetivo dos princípios constitucionais depreservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum dopovo "essencial" à sadia qualidade de vida assim como pela independência entreos Poderes;

- aos membros do Congresso Nacional para que, sob a coordenação dos presidentes da Câmarados Deputados e do Senado, assegurem o controle dos excessos e omissões do PoderExecutivo Federal, não permitindo a tramitação e aprovação de Projetos de Lei e Medidas Provisórias que fragilizem ou promovam retrocessos na legislaçãosocioambiental;

- aos Governadores e Prefeitos que, diante da situação criada pela ausência deliderança e ação prejudicial do Presidente da República, sigam firmes noenfrentamento responsável da pandemia usando de todos os recursos disponíveis, garantindo transparência máxima na divulgação dos dados e promovam políticaspúblicas de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável, bloqueando aescalada de destruição de nossos Biomas; e

- ao Procurador Geral da República, que adote as medidas jurídicas cabíveis de forma firme etempestiva para barrar iniciativas de estímulo à degradação do meio ambiente,promovidas pelo governo federal, assim como cumpra o compromisso constitucionalde examinar com imparcialidade e presteza as denúncias de crimes deresponsabilidade potencialmente cometidos pelo ministro do Meio Ambiente deacordo com representações protocoladas a esta PGR durante a Semana do MeioAmbiente.

Fazemosum apelo em favor de uma urgente união nacional em defesa da Constituição e daedificação de um Brasil à altura das aspirações do povo brasileiro por umaNação plenamente Democrática, Plural e Sustentável.

Brasília 10 de junho de 2020.

Respeitosamente,

Carlos Minc

Edson Duarte

Gustavo Krause

José Carlos Carvalho

Izabella Teixeira

Marina Silva

Rubens Ricupero

Sarney Filho

José Goldemberg

A equipe do Tempos de Escola passa os dias tentando descobrir se atores, cantores e humoristas tinham boletins com notas azuis, bom comportamento na aula e o que faziam na hora do recreio. Os integrantes do time da atração - exibida todas as terças, às 22h30, no Futura, porém, tiveram de voltar a ser alunos antes de dar expediente na atração, que funciona como um modelo de programa de TV em prol da sustentabilidade.

"Fazemos um treinamento com a equipe com eles e passamos vídeos sobre impacto ambiental. Acabamos fazendo um relatório de diminuição de consumo", conta Ariene Ferreira, uma das fundadoras da Cinema Verde, empresa que analisa o esquema do mercado audiovisual para adaptá-lo para ser menos agressivo ao meio ambiente.

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"Também sou produtora e acredito na conscientização, pois trabalhamos em um setor que causa muito impacto. Nas produções, sempre há mais do que o necessário", alega. Ela reorganizou a estrutura montada pelos profissionais da Bossa Nova Films, responsáveis pelo Tempos de Escola.

Todo o material utilizado nos dias em que a atração é gravada é listado. "Anotamos os dados de consumo, desde o gasto com carros, táxis e sacos de lixo", enumera. Quem trabalha por trás das câmeras já se acostumou a poupar o que pode, como os copos de água, que visualmente se assemelham aos de plástico, comuns em empresas grandes. "Mas os nossos são biodegradáveis, feitos de fécula de milho, que é um pouco mais caro, mas diminui o impacto. As pessoas escrevem os nomes e usam os mesmos ao longo do dia."

Para estimar os efeitos de um dia de gravação, a turma que dá expediente no Tempos de Escola encomendou à Unicamp uma calculadora ecológica, em que a soma do material vai parar em uma planilha que, no futuro, será uma referência para ver o que pode ser reduzido.

O plano de ser mais sustentável tem efeitos no orçamento do programa. O cenário, formado por pedaços de acrílico e madeira, é guardado ao final de cada temporada, cuja gravação dura, em média, três semanas, e é reaproveitado no ano seguinte. "Há um cuidado na hora de embalar para que ele possa ser reutilizado. Depois, quando o pegamos de volta, fazemos um restauro. Em 2014, será o mesmo que temos agora", conta Ariene.

Para dar a impressão de que o fundo do programa é novo, a equipe de cenografia faz pequenas adaptações. A preocupação na conservação é tanta que apenas o apresentador Serginho Groisman e o convidado podem pisar diretamente naquele pedaço do estúdio. Funcionários precisam colocar uma espécie de touca sobre os sapatos para não deixar manchas no chão, coberto por papel.

Os equipamentos que não podem ser eliminados recebem componentes que causam menos impacto. Na captação de som, os aparelhos movidos a pilha têm modelos recarregáveis. Assim que a gravação termina, uma cooperativa de reciclagem contratada exclusivamente, vai até o estúdio para separar o que foi descartado.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Uma das novidades desta 22ª edição do Festival de Inverno de Garanhuns é a inserção dos conceitos de sustentabilidade, empreendedorismo e acessibilidade à realização. Diversas atividades envolvendo esses conceitos estão sendo realizadas durante o FIG, de exposições a oficinas, passando pela presença de tradutores de Libras para deficientes auditivos em espetáculos de teatro e circo. No Ambiente Criativo - um dos pavilhões localizados no Parque Euclides Dourado - é possível encontrar bolsas e acessórios produzidos com pedaços de lona reaproveitada. Apesar de poder causar estranhamento em alguns pelo material utilizado, as peças são muito bonitas e bem acabadas, e estão à venda.

Trata-se do projeto SustentHabilite-se, que envolveu cerca de 30 costureiras (sendo 10 delas em Garanhuns durante o Festival de Inverno). Elas participaram de uma oficina para aprender a trabalhar com o material, usado para a decoração de stands e pavilhões do Festival Pernambuco Nação Cultural, do Qual o FIG faz parte. A iniciativa é da designer Simone Andrade, que trabalha com criação há 10 anos e, recentemente, lançou sua própria grife de moda. "Ano passado percebi a grande sobra de lonas e descobri que depois do festival esse material era jogado fora", conta Simone, que ressalta a sustentabilidade e a consciência ecológica da ação.

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Durante uma semana de oficina, foram produzidas cerca de 40 peças, entre bolsas, cartucheiras e carteiras, todas reutilizando a lona de festivais anteriores do Pernambuco Nação Cultural. Os produtos agregam valor ao também utilizar outros materiais como couro e camurça, e o resultado é itens bonitos e práticos. A maioria das peças já havia sido vendida até a noite da última sexta (20), e a expectativa de Simone é vender tudo até o fim do FIG 2012. "Reunimos mulheres de baixa renda com a ideia é trabalhar também o empreendedorismo", ressalta a designer, que pretende levar o SustentHabilite-se para os próximos eventos do Pernambuco Nação Cultural. 

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