Tópicos | Tareco

A diversidade da gastronomia popular de Pernambuco é capaz de deixar qualquer um com água na boca. Dentre a infinidade de comidas regionais, um biscoito doce de forma arredondada, cor amarelada e com a consistência firme se destaca pela simplicidade e sabor. Conhecido como "tareco" entre os pernambucanos, a iguaria é feita basicamente com ovos, açúcar e farinha de trigo. É encontrada em padarias, lojas de doces, na beira das estradas que ligam a capital ao interior do estado e até em barraquinhas mais simples no Centro da cidade.

Não há um consenso sobre a origem do tareco, mas pesquisadores argumentam que provavelmente surgiu em Pernambuco e ganhou o Nordeste ao longo dos anos. Na Bahia, por exemplo,  a comida é conhecida por “biscoito paciência” e segue uma receita semelhante ao consumido em Pernambuco. A fama do tareco é tão grande que a iguaria deu título à canção ‘Tareco e Mariola’, do compositor Petrúcio Amorim.

##RECOMENDA##

Seja pelas receitas tradicionais das avós, nos lanches feitos em padarias acompanhados de café ou no consumo durante uma viagem para o interior do estado, quase todo pernambucano já comeu tareco. O biscoito tem muitos anos de história, mas por causa da carência de fontes, pouco se sabe sobre quando começou a ser vendido em Pernambuco. De acordo com o professor de gastronomia João Lima, a culinária do Estado sofre direta influência dos portugueses, africanos e indígenas, mas o tareco parece ter surgido de um “erro de culinária”.

“Muitas coisas na gastronomia nasceram de alguns erros, como o brownie e o petit gateau. Acho que o tareco pode ter alguma história semelhante, justamente porque a receita é parecida com a de um bolo, mas sem o fermento. Talvez, a primeira pessoa pode ter esquecido do fermento e aí se originou o tareco como conhecemos hoje”, explica.

[@#video#@]

Tradição no Recife

No bairro da Boa Vista, a padaria Santa Cruz, uma das mais antigas da cidade e com mais de cem anos de história, vende o biscoito pelo menos desde o ano de 1959. O responsável pela produção da iguaria há 17 anos é o pasteleiro Jairo da Costa. Atento aos procedimentos do preparo, ele conta que aprendeu a cozinhar o biscoito quando veio trabalhar na padaria, mas antes do ofício já gostava de comer o tareco durante a infância. De acordo com Fidelis Amorim, dono do estabelecimento, são produzidos 40kg do biscoito por mês e as vendas continuam fortes após anos.

Na Padaria Imperatriz, também no bairro da Boa Vista, a produção do tareco é uma tradição e a responsabilidade  fica por conta do pasteleiro Genival de Amorim, o funcionário mais antigo da casa, desde 1969. “Aprendi a fazer o tareco com a primeira pasteleira da padaria. Acho que ao longo dos anos a produção caiu um pouco porque hoje em dia nem todo mundo conhece o biscoito, mas a tradição ainda é forte, principalmente entre os mais velhos”, conta.

Para ele, não tem um segredo para se fazer a massa do biscoito, mas o cozinheiro tem que estar atento as medidas corretas dos ingredientes. A produção leva cerca de vinte minutos, entre o preparo da massa e o processo no forno. Quem retira os biscoitinhos quentes do fogão insdutrial é o ajudante de pasteleiro João Batista, funcionário da Padaria Imperatriz. Ele conta que sua família adora quando ele leva tareco para casa, principalmente as crianças. “Não sei se a moda voltou entre os mais novos, mas meu filho adora levar para lanchar na escola”. 

O tareco é tão querida em Pernambuco que além da fabricação manual para quantidades menores, existem fábricas que vendem o biscoito em larga escala. Em Bezerros, no Agreste do Estado, a fábrica ‘Produtos Matinal’ produz o biscoito há dez anos em escala industrial. De acordo com Pedro Guaraná, idealizador da empresa, o tareco é feito em uma máquina de pingadeira para biscoitos e pode seguir mais de uma receita.

“As receitas podem variar dependendo do equipamento, manual ou industrial, e do público que se quer atingir. Nossa empresa produz o tipo popular, o que mais vende, e um mais rico na receita, com leite e ovos, para um público mais exigente”, explica.

Como uma forma de preservar a cultura, anualmente no mês de junho, há oito anos, é realizada em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, a ‘Festa do Tareco e Mariola’, no bairro de Vassoural. Este é um dos eventos da tradicional Festa das Comidas Gigantes da cidade. Ao som de muito forró, a população sai em caminhada pelo bairro e no fim se deliciam com mais tarecos gigantes de 50 centímetros, além demais de 30kg do biscoito distribuídos em saquinhos menores.

Para o professor João Lima, é inegável que o tareco traz uma série de lembranças nostálgicas da infância e sua preservação representa a resistência da culinária nordestina. “A gastronomia faz parte da nossa identidade e dos nossos hábitos. Um povo sem a preservação da história de seus alimentos não tem cultura”.

Fotos: Chico Peixoto/LeiaJáImagens

A Taça Recife de Comunidades (Tareco) já possui data para dar seu pontapé inicial. Trata-se do dia 30 de outubro, às 18h, na sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF). O torneio é disputado por crianças de comunidades carentes, com idade entre 13 e 15 anos. O presidente da FPF, Evandro Carvalho, estará presente no evento, junto a Cesar Cronenbold, coordenador da Central Única das Favelas de Pernambuco (Cufa-PE), artistas locais e personalidades do esporte.

Serão divulgados no lançamento os nomes das 32 comunidades escolhidas entre as 121 inscritas. Além das equipes do Recife, a segunda edição do torneio contará com a presença de equipes de Olinda e Jaboatão dos Guararapes. Cada comunidade realizará uma peneira, selecionando 33 jovens.

##RECOMENDA##

A primeira rodada da Tareco ocorre no dia 13 de dezembro e o campeão ficará conhecido no dia 17 de janeiro. A Taça Recife de Comunidades realiazará quatro cursos com os coordenadores das comunidades, com o intuito de motivar e melhorar a auto-estima de quem integra a organização do evento.

As inscrições para o torneio podem ser feitas através do site da competição: www.tarecofutebol.com.br

 

Os primeiros jogos para a Taça Recife de Comunidades, conhecida como Tareco, foram definidos após o sorteio realizado na sede da Federação Pernambucana de Futebol. O torneio será disputado em dezembro e janeiro, conta com a participação de 32 equipes formadas por cerca de 700 adolescentes com idades entre 13 e 16 anos. Os times já conheceram seus adversários para a primeira fase. Os jogos serão disputados todos os fins de semana, a partir do próximo sábado (14).

Os duelos serão os seguintes: Caranguejo Tabajares x Monteverde, Iputinga x Coelhos, Vila Cardeal x Brasília Teimosa, Coqueiral x Chão de Estrelas, Cabanga x Alto do Pascoal, Alto José Bonifácio x Alto Pereirinha, Peixinhos x Entra a Pulso, Campo do Banco x Engenho do Meio, Mangueira x Planeta dos Macacos, Totó x Mustardinha, Jordão x Campina do Barreto, Caçote x Coque, UR-05 x Barro, Piracicaba x Santo Amaro, Alto José do Pinho x Bomba do Hemetério e Curado x UR-10.

##RECOMENDA##

 

A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Central Única das Favelas Pernambuco (Cufa-PE) firmaram parceria nesta quinta-feira (18) para a realização da primeira edição da Taça Recife de Comunidades (Tareco) – competição de futebol que deve movimentar mais de 700 adolescentes entre 13 e 16 anos. 

Inspirada na Taça das Favelas do Rio de Janeiro, a Tareco será disputada por 32 seleções. O objetivo do torneio é promover a integração das comunidades através do esporte e descobrir talentos. Na Cidade Maravilhosa, vários garotos despontaram e estão em clubes profissionais.

##RECOMENDA##

“Esta parceria dá continuidade ao projeto da Federação de desenvolver novos talentos. Estamos criando a possibilidade para que os meninos das comunidades carentes possam disputar uma competição e aparecer para o futebol. Além disso, o esporte é uma importante ferramenta para tirar esses garotos das ruas e das drogas”, disse o presidente da FPF, Evandro Carvalho.

Para o coordenador institucional da Cufa-PE, Cesar Cronenbold, o aspecto mais importante da parceria é proporcionar a inclusão social através do esporte. “Entramos nas comunidades e vemos o pessoal jogando na rua. Daremos a oportunidade para que os jovens mostrem a sua qualidade. Vamos começar a descobrir novos talentos. Os clubes cariocas já levaram jogadores da Taça das Favelas. Alguns desses jovens também se destacaram em outros estados”, afirmou.

O primeiro passo da parceria será estabelecer vínculo com as comunidades. Em outubro será feito o lançamento oficial da Tareco. Para entrar nas seleções, os adolescentes passarão por uma peneira. O torneio será disputado entre os meses de dezembro e janeiro. Serão realizados 32 jogos, em quatro sedes. Cada partida terá dois tempos de 35 minutos.

Com informações da assessoria

Uma parceria entre a Federação Pernambucana de Futebol (FPF) e a Central Única das Favelas (Cufa-PE) será explicada nesta quinta-feira (18), às 16h, no salão da entidade, na Boa Vista. Já firmado, o acordo visa a realização da Taça Recife de Comunidades (Tareco), onde competição reunirá 32 equipes.

O evento contará com a participação do presidente da FPF, Evandro Carvalho, e o coordenador institucional da Cufa-PE, Cesar Cronenbold. A Tareco vai atingir aproximadamente 700 jovens, entre 13 e 16 anos, incentivando a pratica esportiva e, claro, a interação social.

##RECOMENDA##

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando