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Com o público estimado em 332 mil visitantes desde o mês de abril, paulistanos e turistas têm apenas até o dia 28 de julho para apreciar a exposição 'Tarsila Popular', no Museu de Arte de São Paulo, o MASP. A direção do museu informa que, para melhor atender a demanda, os horários de funcionamento na terça (23), dia em que a visitação é gratuita, e no sábado (27) foram ampliados até a meia-noite.

Considerada a mais ampla mostra da obra da pintora modernista Tarsila do Amaral (1886-1973), a exposição 'Tarsila Popular' tem 92 quadros da brasileira que teve influência dos estilos modernos da pintura europeia, como o cubismo. Em suas expressões, Tarsila procurou representar a identidade brasileira por meio de paisagens do interior, da periferia, povos indígenas, negros e personagens de lendas. Entre os destaques da mostra, estão "Abaporu" (1928), obra de Tarsila que pertence ao Malba (Museu de Arte Latino-americano de Buenos Aires) e que esteve pela última vez no Brasil em 2008, além de outros quadros marcantes da carreira da artista, como A Cuca (1924), Operários (1933) e Manacá (1927).

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Além de 'Tarsila Popular', estão em cartaz no MASP as mostras 'Lina Bo Bardi: Habitat', apresentando os múltiplos talentos da arquiteta italiana que projetou a sede do MASP, o Sesc Pompeia e o Teatro Oficina, e 'Comodato MASP Landmann: têxteis pré-colombianos', com tecidos elaborados pelos povos andinos antes da invasão dos europeus.

Serviço

Exposição "Tarsila Popular" no Museu de Arte de São Paulo - MASP

Endereço: Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo.

Quando: até 28 de julho.

Horários: terça-feira (das 10h até 0h com entrada gratuita); quarta, quinta e domingo (das 10 às 19h); sexta (das 10h às 21h) e sábado (das 10h até 0h).

Valor dos ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia).

As narrativas da cultura e religiosidade brasileira retratadas nas pinturas de Tarsila do Amaral estão expostas na mais ampla mostra dedicada à artista, que foi figura central do modernismo no século 20. Sediada no Museu de Arte de São Paulo (Masp), a produção “Tarsila Popular” reúne 92 obras a partir de novas perspectivas, leituras e contextualizações, que chamam a atenção dos visitantes.

Influenciada pelos estilos modernos da pintura europeia, como o cubismo, ao longo de sua carreira Tarsila explorou a identidade nacional por meio de paisagens do interior ou do subúrbio, da fazenda ou da favela, povoadas por indígenas e negros, personagens de lendas e mitos, repletos de animais e plantas, reais ou fantásticos.

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O quadro “Abaporu”, de 1928, no qual o nome indígena significa “homem que come carne humana”, é um dos mais admirados pelos visitantes da mostra. A obra inspirou o Manifesto Antropófago de Oswald de Andrade, que tinha o intuito de  absorver a cultura europeia a partir de um ponto de vista nacional, a transformando em uma estética tipicamente brasileira.

O aposentado carioca Sérgio Domingos, 59 anos, aproveitou a visita a capital paulista para conhecer pessoalmente o quadro. “Eu via as obras dela [da Tarsila] pela televisão e tinha muita vontade de conhecê-las. Sempre estou em São Paulo, mas nunca tinha vindo ao Masp, então foi uma oportunidade única. O que mais me impactou foi o 'Abaporu', que é a pintura mais conhecida de todas”, conta.

Já a designer de interiores Irene Kogl, 33 anos, não conhecia as obras da artista modernista e ficou impressionada com o quadro “Operários”, de 1933, que retrata o período da industrialização brasileira. Na tela, diversos rostos de trabalhadores oprimidos se amontoam ao lado de chaminés de uma fábrica.

“Eu achei a exposição muito didática e a forma como foi montada mostra a evolução do trabalho da Tarsila. A obra que eu mais gostei foi a dos operários, talvez por estar no meio de quadros mais alegres, com cores mais vivas, enquanto os rostos transmitem uma angústia, causando mais impacto”, afirma.

Há quem também veja nas pinturas de Tarsila uma oportunidade para refletir sobre o atual momento político, conforme lembra a psicanalista Tatiane Prado, 38 anos.

“As características dos povos brasileiros, como os indígenas, deixam as obras mais deslumbrantes ainda. E é, justamente, neste momento que temos que rever pautas identitárias, que as obras dela nos ajudam a retomar a cultura do nosso povo. A gente tem que se deter a essas obras para aprendermos sobre a nossa própria brasilidade”, comenta.

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Serviço:

Exposição "Tarsila Popular"

Quando: Até 28 de julho

Onde: Museu de Arte de São Paulo – MASP

Avenida Paulista, 1578, Bela Vista, São Paulo

Horário: As terças-feiras, das 10h às 20h (entrada gratuita)

De quarta a domingo, das 10h às 18h, entrada R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Para mais informações, acesse o site do museu.

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