A valorização do dólar deu sustentação para os ganhos das taxas de juros futuras nesta quinta-feira (19), apesar da divulgação de dados de inflação mais fracos. No fim da sessão regular na BM&F Bovespa, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2015 apontava 12,431%, ante 12,425% no ajuste de ontem.
O DI para janeiro de 2016 indicava 13,21%, ante 13,18% na véspera. O DI para janeiro de 2017 tinha taxa de 13,13%, ante 13,10% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 tinha taxa de 12,75%, ante 12,67% no ajuste da véspera.
##RECOMENDA##O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 0,16% na segunda prévia de fevereiro, depois de avançar 0,55% na segunda leitura do mês anterior, em linha com o piso das estimativas dos analistas. Na primeira prévia do mês, o IGP-M havia subido 0,09%.
O Índice de Preço ao Consumidor - Semanal (IPC-S), por sua vez, avançou 1,27% na segunda quadrissemana deste mês, ou 0,36 ponto porcentual menos do que o registrado na apuração anterior. Já o IPC da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), por sua vez, subiu 1,57% na segunda quadrissemana de fevereiro, ante 1,78% na primeira quadrissemana. A taxa foi menor que o piso das previsões (de 1,60% a 1,85%).
Apesar da inflação mais fraca, as taxas de juros inverterem o sinal negativo registrado na abertura dos e negócios e passaram a subir, conduzidas pela valorização do dólar. Um leilão de título do Tesouro Nacional exerceu pressão de alta em alguns momentos da sessão.
O Tesouro Nacional fez uma grande oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com destaque para 10 milhões de papéis com vencimento em 2015, além de Notas do Tesouro Nacional - série F (NTN-F). Em dias de operações como essa, alguns investidores mantêm os juros futuros em alta com o objetivo de obter retornos melhores.
Alguns operadores arriscaram dizer que a oferta robusta de títulos com vencimento no curto prazo poderia estar relacionada ao pagamento de cupom semestral ontem por Notas do Tesouro Nacional - série B (NTN-B). Um pagamento alto, ou entrada de muitos recursos no mercado, poderia justificar o volume ofertado, de acordo com um operador de renda fixa.