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O diretor-geral da Organização Mundial Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (3) que vacina ou cura para a Covid-19 podem não se tornar realidade.

"Não existe bala de prata no momento e talvez nunca exista", disse o diretor-geral. Ele acrescentou que, no momento, há imunizações na última fase de testes, mas existe a possibilidade de que nenhuma dessas ofereça proteção da forma esperada. Segundo a organização, são 25 vacinas já sendo testadas em seres humanos, sendo 6 delas na chamada fase 3 - os últimos ensaios antes da conclusão.

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"Há preocupação de que talvez não tenhamos uma vacina que funcione. Ou que a proteção oferecida possa durar apenas alguns meses, nada mais". Tedros declarou que não é possível saber até que se concluam os testes. No entanto, disse que ainda existe esperança e que os estudos estão sendo desenvolvidos a uma velocidade sem precedentes.

Ele também esclareceu que a maioria da população permanece vulnerável à infecção mesmo em países que lidaram com surtos graves. No geral, segundo a organização, estudos sorológicos mostram que menos de 10% desenvolveram anticorpos contra o vírus, indicando que tiveram a doença. A prevalência pode ser maior em meio a alguns grupos, como profissionais de saúde.

A OMS, mais uma vez, reforçou a necessidade de aplicar o conjunto das medidas disponíveis que funcionam para suprimir a transmissão do novo coronavírus até que haja uma vacina ou remédio.

A organização indica que países façam a identificação dos casos, rastreamento de contatos e isolamento de quem está infectado. Para indivíduos, recomenda o distanciamento social, a higienização das mãos com constância, o uso de máscaras onde apropriado e cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir. "Se fizermos tudo, se adotarmos uma abordagem abrangente, podemos mudar isso", afirmou o diretor-geral.

Na sexta-feira (31) o comitê de emergência da agência se reuniu e manteve a categoria de emergência global de saúde pública para a pandemia. Nesta segunda-feira, o diretor-geral relembrou que é a primeira vez que acontece um surto mundial de um coronavírus "Combina dois fatores perigosos: se espalha rápido e, ao mesmo tempo, mata".

Taxa de letalidade da covid-19

A líder técnica de resposta à doença da OMS, Maria Van Kerkhove, afirmou que 0,6% das pessoas infectadas por coronavírus morrem. "Pode parecer que não é muito. Mas é um número bem alto, se você pensar num vírus que transmite com facilidade", disse após explicar que estudos científicos chegaram a essa média.

O diretor do programa de emergência da agência, Michael Ryan, acrescentou que a taxa referente à influenza A, responsável pela pandemia de 2009, era muito menor, com uma morte a cada 10 mil doentes.

Embora a porcentagem de mortes entre os casos diagnosticados seja maior, quase 4% - são 17,5 milhões de infecções e 680 mil óbitos registrados mundo - Maria esclareceu que a letalidade real da covid-19 deve ser menor porque muitos casos leves não são detectados.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) elevou para “muito alto” o risco em nível global de disseminação do novo coronavírus. “O contínuo aumento dos casos de Covid-19 e do número de países afetados pelos últimos dias é claramente preocupante”, ressaltou o diretor geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, em coletiva à imprensa em Genebra nesta sexta-feira (28).

Covid-19 é a doença causada pelo novo coronavírus. Entre a manhã da quinta-feira (27) e a da sexta-feira, foram registrados 329 novos casos na China. Este o menor aumento do número de casos do último mês no país asiático.

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No total, a China registrou 78.959 casos do Covid-19, com 2.791 mortes pela doença. Fora da china são 4.351 casos em 49 países, com 67 mortes. Desde esta quinta-feira (27), Dinamarca, Estônia, Lituânia, Holanda e Nigéria reportaram seus primeiros casos, todos relacionados à disseminação do vírus na Itália.

“O que vemos agora são epidemias do Covid-19 interligadas em muitos países. mas a maioria dos casos são rastreáveis para contatos ou grupos de casos conhecidos. Não vemos evidências de disseminação do vírus livremente em comunidades”, destacou Ghebreyesus.

Segundo ele, desta forma há a chance de conter a disseminação do vírus, se ações drásticas forem tomadas para detectar cedo os casos, isolar e cuidar dos pacientes e de quem teve contato com eles.“São diferentes cenários em diferentes países, e diferentes cenários dentro do mesmo país. A solução para conter o coronavírus é quebrar as cadeias de transmissão”, reforçou o diretor da OMS, convocando governos e população a contribuírem..

Ele reforçou que as pesquisas em medicamentos e vacinas contra o novo coronavírus estão avançando, porém, o diretor reforça que não é necessário esperar por estes recursos, já que há ações que cada indivíduo pode tomar para prevenir a contaminação, como higienizar bem as mãos, as superfícies e espirrar em lenços descartáveis.

 

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