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Homens armados renderam funcionários e assaltaram a garagem da empresa de ônibus Metropolitana, em Jardim Uchôa, no bairro de Areias, Zona Oeste do Recife, na madrugada desta quarta-feira (21). De acordo com informações do Sindicato dos Rodoviários, pelo menos cinco assaltantes participaram da ação. Os homens obrigaram o motorista a chocar a traseira do ônibus com a parede da tesouraria da empresa e fugiram levando a quantia de R$ 20 mil, conforme o sindicato da categoria. A Polícia Militar não deu informações sobre o caso e ninguém ainda foi preso.

O crime aconteceu por volta da 1h30 quando o último ônibus da empresa retornava para a garagem da transportadora. Ainda segundo informações do presidente do Sindicato dos Rodoviários, Benilson Custódio, um veículo particular já vinha seguindo o coletivo, enquanto três homens o esperavam dentro da sede da Metropolitana. Os assaltantes utilizaram o próprio ônibus para derrubar parte da parede da tesouraria da empresa e roubar a receita diária. Os homens conseguiram fugir e ninguém ficou ferido. 

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Segundo o sindicato, as imagens do circuito interno e externo de segurança da empresa deve ajudar a polícia na investigação do caso. Essa não é a primeira vez que a sede da Metropolitana é alvo da ação de bandidos. Em junho deste ano, assaltantes vestidos com a farda da empresa conseguiram entrar no local e roubar as armas dos vigilantes. Na investida desta quarta-feira, a arma do vigilante que fazia a segurança do local também foi levada pelos assaltantes. 

Na madrugada dessa segunda-feira (19), a Rodoviária Caxangá, localizada em Olinda, no Grande Recife também foi alvo da ação de assaltantes. Homens armados chegaram ao local em carros e efetuaram disparos contra o vidro da guarita da empresa. Apesar da investida, o grupo não conseguiu roubar dinheiro da transportadora. Até o momento ninguém foi preso. 

Para Benilson, esse é o reflexo da falta de segurança do Estado em todos os âmbitos. "Agora os bandidos estão agindo muito mais com as empresas de ônibus, mas os funcionários também sofrem com essa violência diária, assim como os usuários de ônibus", falou. Dados do sindicato revelam que só em 2016 já foram registrados mais de 1.200 assaltos a coletivos. Já para a Secretaria de Defesa Social (SDS), no primeiro semestre de 2016, foram registrados 506 assaltos no Grande Recife.

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Com cerca de quatro horas de reunião em São Paulo, os membros do Diretório Nacional do PT ainda não discutiram especificamente o nome do substituto do ex-tesoureiro João Vaccari Neto. Segundo relatos de integrantes da reunião, houve debates sobre conjuntura e reforma política e os membros do diretório buscam agora um consenso entre dois nomes para assumir a tesouraria.

Para evitar vazamentos, os celulares dos membros do diretório foram confiscados. Cerca de 30 petistas se inscreveram pedindo para discursar. As falas em torno de conjuntura, abordaram a situação atual do partido em meio às denúncias de corrupção na Petrobras e também passaram pela questão da sucessão da tesouraria após o afastamento de João Vaccari Neto, preso na quarta-feira.

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Da reunião, sairá uma tese escrita pelo presidente Rui Falcão e aprovada pelos integrantes do diretório. No momento, estão sendo discutidas emendas à tese. A ex-prefeita de Fortaleza e deputada Luizianne Lins disse que houve análises sobre o crescimento do antipetismo, principalmente em São Paulo. "É preciso separar o núcleo duro da direito dos descontentes. Existe um setor da sociedade, descontente com o aumento da energia, da gasolina, que está sendo disputado. Não podemos deixar esse setor cair no colo da direita", disse Luizianne, que vê como um erro a tentativa de classificar as manifestações como um movimento apenas de direita.

A proposta de o partido abrir mão voluntariamente de doações empresariais foi debatida, mas o tema não deve ser decidido hoje. Segundo a petista, há um apoio forte à proposta, mas a definição deve ficar para o 5º Congresso do partido, marcado para junho, em Salvador.

Com relação a impeachment, Luizianne disse que não foi um tema tratado diretamente, mas que houve várias intervenções sobre as tentativas de se "criminalizar" e "aniquilar" o partido e sobre como o PT deve reagir.

"Uma das manifestações foram sobre como antes a polícia agia contra pobre e preto e sobre como agora é contra preto, pobre e petista", comentou. A deputada disse que a prisão de Vaccari foi mencionada por integrantes do diretório em meio às falas sobre conjuntura.

Ela disse que foi bastante apontada a coincidência da data da prisão na quarta-feira no mesmo dia em que diversos movimentos mais próximos ao PT faziam manifestações pelo País contra o projeto de lei 4330, que libera a terceirização para atividades-fim. O PT votou contra o 4330 na Câmara, enquanto PMDB e PSDB votaram favoravelmente e conseguiram a aprovação do texto-base.

Houve manifestações de diversos sindicatos e movimentos sociais contra o projeto e as votações de emendas e destaques ao projeto foram retardadas. "Falou-se muito desse momento em que a prisão aconteceu e como ela era desnecessária", comentou Luizianne em referência à argumentação petista de que Vaccari estava cooperando com as investigações e não demonstrava risco de fugir.

Questionada se o partido não acaba se vitimizando com o discurso adotado até aqui, Luizianne respondeu considerar uma reação natural. "Está sendo desproporcional. A vida não é assim? Quando tem alguma força desproporcional, a outra fica vitimizada." Ainda sobre conjuntura, Luizianne disse que se falou sobre o governo de coalizão. Ela afirmou que, sem a menção específica do PMDB ou de qualquer partido da base, houve defesas de que o PT deve puxar o governo para a esquerda.

"É um governo de coalizão, portanto quem deve nesta coalizão puxar a conjuntura para a esquerda é o PT, porque nós estamos em um governo de centro-esquerda, então quem tem que ser a ponta de esquerda que puxe o governo é o PT."

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por meio de seu advogado, o criminalista Luiz Flávio Borges D’Urso, repudia taxativamente as acusações. D’Urso tem reiterado que o tesoureiro só arrecadou quantias declaradas à Justiça eleitoral. O criminalista rechaça o valor dos depoimentos prestados na delação premiada. Segundo D’Urso, os delatores "não dizem a verdade".

O PT tem reafirmado que todos recursos arrecadados têm origem lícita. A Toshiba nega pagamento de propinas a políticos. Em nota, a Secretaria de Finanças do PT diz que Vaccari "nega veementemente que tenha recebido qualquer quantia em dinheiro por parte do senhor Alberto Youssef ou de seus representantes". Segundo a secretaria, "chama a atenção o fato de que, na delação realizada em fevereiro, Youssef afirmou que uma suposta entrega do dinheiro teria sido feita em um restaurante em São Paulo. No depoimento de hoje (31), se contradiz e afirma que foi na frente da sede do PT".

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A secretaria diz que o relato do doleiro causa "estranheza", porque sua contadora, Meire Poza, declarou, em outubro, que não conhece e que nunca fez transações financeiras com Vaccari. "Todas as doações que o PT recebe são feitas na forma da lei e declaradas à Justiça."

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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