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O segundo dia do julgamento do motorista responsável por provocar a colisão que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas, na Zona Norte do Recife, encerrou nesta quarta-feira (16), por volta das 18h20, e dará continuidade na quarta-feira (17), entrando no seu terceiro dia de julgamento na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na região central da capital.

O motorista João Victor Ribeiro de Oliveira é acusado de dirigir embriagado e avançar o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017. 

Após o último depoimento do médico psiquiatra forense, Hewdy Lobo, a juíza de Direito Fernanda Moura de Carvalho, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, entrou em consenso com o júri popular para que a sessão fosse encerrada e dada continuidade na quinta-feira (16). 

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O julgamento do motorista responsável por provocar a colisão que matou três pessoas e deixou duas gravemente feridas, na Zona Norte do Recife, iniciou nesta terça-feira (15), às 9h e foi até às 19h20, e dará continuidade na quarta-feira (16), na 1ª Vara do Tribunal do Júri da capital, no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na região central da capital, com mais duas testemunhas. O motorista João Victor Ribeiro de Oliveira é acusado de dirigir embriagado e avançar o sinal causando a 'Tragédia da Tamarineira', em novembro de 2017. 

Após o último depoimento do dia da testemunha de defesa, Emili Necilia, a juíza de Direito Fernanda Moura de Carvalho, titular da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital informou que houve um consenso para suspender o julgamento. "Houve um consenso no tocante à suspensão do julgamento. Preservamos todos para continuar a instrução com a oitiva de outras duas testemunhas na data de amanhã. Vou dispensar as duas testemunhas na data de hoje, determinando que compareçam aqui novamente amanhã, às 9h, quando a sessão será reiniciada". 

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A juíza ressaltou que os jurados ficarão incomunicáveis. "Os jurados ficarão incomunicáveis sob vigilância constante dos oficiais de Justiça, para que não quebrem a incomunicabilidade. Eles seguirão para um hotel e amanhã retornaremos aqui, às 9h".

Há exatos sessenta dias depois do acidente que ficou conhecido como “a tragédia da Tamarineira”, um dos sobreviventes, o advogado Miguel Arruda da Motta Silveira Filho, 46, falou pela primeira vez à imprensa. A coletiva, que aconteceu nesta terça-feira (24), foi marcado pela mistura de emoções e agradecimento pelas pessoas que se envolveram direta e indiretamente na resolução inicial desse caso, que deixou outras três pessoas mortas, o Miguel, por várias vezes chorou ao lembrar dos que partiram e pela filha que continua lutando pela recuperação plena.

Marcela Guimarães da Motta Silveira, 5 anos, atualmente (mesmo tendo um estado crítico) - segundo informado pela neurocirurgiã Debora Pinho - já come pela boca; está bem nutrida; respira sem a ajuda de aparelhos; abre os olhos e toma banho com o suporte de duas pessoas. “Ela passou do primeiro capítulo, uma cirurgia onde fizemos a retirada de parte frontal do osso do crânio, para que conseguíssemos reduzir a pressão (cerebral), que fez com que ela estivesse viva hoje”, informou a médica. Com a necessidade da recolocação dessa parte do crânio, Marcelinha, como é chamada pela equipe, vai precisar passar por uma outra cirurgia. “Esses ossos vão ser elaborados por uma companhia e serão repostos de forma artificial; a partir desse molde, depois da colocação, o cérebro dela vai se acomodar naturalmente. Após essa colocação é que virá uma melhora (plena)”, informa a neurocirurgiã.

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Mas, essa melhora, segundo a equipe técnica, ainda é uma incógnita, já que “em maioria dos casos as pessoas não resistem. O mundo não sabe como colocar essa prótese numa criança de dois anos, já que é pouco frequente esse tipo de cirurgia”, pondera. 

Debora Pinho assegurou que Marcela terá alta nesta terça (24) e irá para a sua casa, seguindo na espera dessa intervenção. “Seguirá com o acompanhamento de uma fonoaudióloga, fisioterapia, terapia ocupacional e outros cuidados médicos - se necessário - com acompanhamento neurológico. Ela não tem nada que a impeça de estar em casa; se tivesse necessidade de ficar no hospital, ficaria”, diz a doutora.

Entenda o caso

João Victor Ribeiro Leal foi o motorista que provocou esse trágico acidente no bairro da Tamarineira, no dia 26 de novembro, ao avançar o sinal vermelho a 108km/h, segundo a Polícia Civil. Miguel Arruda dirigia sua caminhonete a 30km/h; 78 km/h menos que o João. A velocidade máxima permitida na Rua Cônego Barata, local onde aconteceu a colisão, é de 60km/h. A colisão causou a morte de três pessoas - Miguel Arruda da Motta Silveira Neto, de 3 anos; Maria Emília Guimarães, mãe das crianças; e Rosiane Maria de Brito Souza, que estava grávida de quatro meses e era babá da família.

Assistência a Babá das crianças

 

Miguel Arruda informou que mantém contato com a família da babá Rosiane Maria, que deixou uma filha de 3 anos. Ele assegura que tem dado um suporte financeiro para a mãe de sua empregada falecida e auxilia no trâmite para que a filha da Rosiane seja a “receptora” do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres (DPVAT).



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