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O governo Bolsonaro deu aval para as concessionárias de rodovias federais pleitearem à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) reequilíbrio contratual devido à pandemia do coronavírus e consequente reajuste nas tarifas de pedágio.

As concessionárias só não entraram, imediatamente, com pedido de reajuste, porque aguardam do governo outras medidas para ajudá-las a enfrentarem a redução do movimento nas estradas.

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De acordo com Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), a movimentação nas estradas do País concedidas ao setor caiu, nos meses de abril e maio 44%. Isso resultou numa queda na arrecadação de 30%.

Para reparar essas perdas, a Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu, no dia 13 de abril, um parecer que reconhece que as concessionárias, com a pandemia, estão tendo um prejuízo não previsto em contrato.

O argumento das concessionárias, acatado pelo governo, é de que a responsabilidade pela queda da movimentação nas estradas é do Estado, já que o isolamento social foi imposto por governadores e prefeitos.

Desde o início desta semana, associações de caminhoneiros e transportadoras têm preparado uma reação ao parecer da AGU, com foco nos ministérios da Infraestrutura e Economia, se dizendo inclusive "traídas" pelo governo. Os representantes das categorias não questionam o reequilíbrio dos contratos, em si, mas alegam que o governo não poderia ter dado margem para que isso acontecesse por meio de reajuste das tarifas.

A Associação Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (ANUT) estima que para reequilibrar os contratos as empresas devem aumentar as tarifas de pedágio em 30%. "Nós temos empresas que estão com extrema dificuldade até para pagar salário de seus funcionários. Por isso o governo não pode aumentar o gasto das empresas com o pagamento de tarifas mais caras. Isso nós não aceitamos", diz o presidente Luiz Baldez.

"A gente está vivendo uma situação muito complicada. O caminhoneiro está sem frete", diz o presidente da Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, conhecido como Chorão. A entidade representa mais de 2 milhões de caminhoneiros autônomos do País.

O Ministério da Infraestrutura avalia, no entanto, que não há condições para promover um reajuste generalizado das tarifas, apesar da pressão das concessionárias.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A advogada-geral da União, Grace Mendonça, entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma petição adicional, nesta quarta-feira (30), cobrando R$ 67,2 milhões em multas de outras nove transportadoras que descumpriram decisão liminar da Corte e não desobstruíram rodovias afetadas pela paralisação dos caminhoneiros.

Segundo a AGU, "o valor cobrado das 96 empresas que já constavam na primeira relação de companhias que desobedeceram a determinação do Supremo subiu de R$ 141,4 milhões para R$ 272,3 milhões, uma vez que veículos de muitas delas continuaram impedindo o livre tráfego nas rodovias".

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"No total, portanto, o montante de multas aplicadas e cobradas na Justiça já chega a R$ 339 milhões", afirma a AGU, por meio de nota.

Nesta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que 96 empresas transportadores paguem em até 15 dias multas somadas em R$ 141,4 milhões por terem desrespeitado sua decisão da última sexta-feira, em relação a greve dos caminhoneiros.

Ao atender pedido da União na semana passada, o ministro determinou multa de R$ 100 mil por hora às entidades que atuarem na interdição de vias.

O novo pedido da AGU pede para que a multa seja ampliada.

O Departamento de Investigações Criminais tem convicção de que Luciano Castro de Almeida, o Zequinha, é um dos organizadores dos roubos às empresas de transporte de valores. Em 13 de agosto de 2001, ele participou de um assalto a um banco, no Guarujá, no litoral sul. Os bandidos foram presos na casa de um político da cidade, também detido.

Zequinha, que seria do PCC, foi condenado e fugiu da antiga Casa de Detenção, em 2002, e nunca mais foi preso. Ele, segundo a polícia, participou de um assalto ao Magazine Luiza, em maio de 2015, em Campinas.

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Os bandidos usaram dois caminhões para roubar eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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