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Tudo é tudo Nada é nada é um monólogo escrito e encenado por Marcelo Serrado, com direção de Rubens Camelo. A peça construída em formato de stand-up comedy versa sobre os conflitos e diferenças entre celebridades e artistas, viagens e, como pede o gênero, situações cotidianas. Longe de ser uma obra-prima textual, o espetáculo concede ao público algumas risadas, porém poucos momentos marcantes.
##RECOMENDA##Como cénario, apenas um banco e um pedestal para microfone, a iluminação e a performance do ator são o verdadeiro tempero de toda a montagem. Serrado tem uma conexão nítida com a plateia eo esforço de conhecer um pouco do local em que se apresenta é completamente válido - apesar dele ter chamado a Praia dos Carneiros de Praia dos Cabritos. As piadas começam alfinetando o stand-up, quando ele afirma que encontrou um aplicativo para o IPhone que ensina a fazer peças de humor e enveredam por momentos "vividos" por ele.
Os melhores momentos são reservados às diferenças entre participantes de reality’s shows, celebridades instantâneas e os atores. Também se destacam as brincadeiras feitas com o ator devido sua passagem pela Rede Record - quando, por exemplo, seu assistente brinca "quando estava na Record não falava assim". Para mostrar que está atualizado, o ator não perdoou nem a entrada de um argentino no Big Brother Brasil que ocorreu na última sexta (8).
A empresária Lene Sobral foi conferir o espetáculo do ator global e o considerou excelente. Ela conta que acompanha a carreira dele. "Quem não assistiu o Crô?", questiona ela, referindo-se ao personagem de Serrado na novela de Aguinaldo Silva, Fina Estampa.
O grupo de amigos Renata, Felipe, Jalma e Lina também estiveram no Teatro da UFPE, mas, enquanto os três primeiros gostaram do que viram, a última pareceu não dividir a mesma opinião. Ela já morou em São Paulo e costumava frequentar montagens do gênero. "Esperava mais (da peça), em alguns momentos achei (o humor) forçado", afirmou, para depois finalizar. "Ele é melhor ator de novela do que de teatro".