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O site da campanha de Eduardo e Marina, ainda passa por um processo de atualização. Quem por curiosidade clicar na página, não irá encontrar a antiga plataforma, com propostas e debates que contaram com a participação de Eduardo Campos. Mas o direcionamento para nova página de Marina Silva e Beto Albuquerque, novos postulantes a disputa presidencial. O conteúdo ainda é mínimo, apenas um vídeo do discurso oficial da nova chapa.

O material publicado foi gravado na última quarta-feira (20), em Brasília. O PSB apresenta uma chapa um pouco diferente da anterior, sob o comando de Eduardo Campos. Durante o seu pronunciamento, Marina se mantém sentada, lendo um discurso já preparado. Apesar de defender que não costuma ‘ler’ os seus pronunciamentos, seus argumentos não foram além do escrito, apenas embargam em alguns momentos de emoção. Diferente de Eduardo, que geralmente se pronunciava com vigor, a nova representante da coligação Unidos pelo Brasil investe na serenidade excessiva. 

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No fim do discurso de Marina, a celebre frase de Campos se fez presente: “Não vamos desistir do Brasil”. E eis que surge um novo grito de guerra, entoado pela cúpula e militantes do PSB: “Eduardo presente, Marina Presidente”.  

O candidato a vice-presidência, Beto Albuquerque, fez um pouco diferente, pois tentou mostrar força e vigor nas poucas palavras proferidas. No seu discurso, apresentado de pé, Albuquerque fez menção ao compromisso firmado por Eduardo Campos, mas deixando exalar a determinação.

De acordo com o analista político, Maurício Romão, a nova chapa apresenta semelhança com a anterior, só que de forma inversa. O analista avaliou o perfil dos candidatos e comparou a chapa que era encabeçada por Eduardo Campos e tinha Marina como candidata à vice, com a nova formação. Segundo Romão, a união política entre Eduardo e Marina juntou perfis distintos, mas complementares. “De um lado estava o vigor político de Campos, com trajetória política condensada pela experiência familiar. Um candidato que abraçou a questão do desenvolvimento econômico e as causas do setor público, focados em metas e monitoramentos. Em contrapartida, estava Marina Silva. A candidata com ideários políticos peculiares, com foco em sustentabilidade”, pontuou Romão, ressaltando que apesar de focos diferentes, ambas ideias se complementavam. “Eles tinham ideias diferenciadas, mas se juntaram na concepção de  um futuro melhor para o Brasil”, completou.

A avaliação do ponto de vista de condução e apresentação das propostas, Romão afirmou o seguinte: “O estilo de apresentação de Eduardo e Marina eram bem diferentes. Eduardo era mais expansivo, alegre, comunicativo. Ele detinha uma capacidade política de gerir. Já Marina fala bem, tem excelente desenvoltura, porém é hermética e fechada, mas consegue se comunicar muito bem”.  

Sobre Beto Albuquerque, o analista político avaliou o estilo de apresentação do novo candidato à vice semelhante a postura de Eduardo Campos. “Beto tem uma capacidade de interlocução, do entendimento, muito parecida com Eduardo. Ele se apresenta de forma mais expansiva, com estilo mais voraz que Marina”, concluiu Romão. 

Em outras palavras, na opinião do cientista político, sobre o ponto de vista estrutural da chapa, o PSB conseguiu manter o balanço das candidaturas existentes na chapa anterior.

 

Assim que a nova chapa da coligação Unidos pelo Brasil for homologada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o PSL entrará com um pedido de afastamento da aliança. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (21), pelo presidente nacional da legenda, Luciano Bivar. Segundo ele, o maior receio do partido é que Marina Silva (PSB), agora candidata à presidência da República do grupo, não cumpra com os “compromissos” feitos por ele com o ex-governador Eduardo Campos, falecido no último dia 13. 

“Tinha feito compromissos pessoais com Eduardo. Ele defendia simplificação do sistema tributário e um imposto único federal. Não temos a mesma segurança com Marina”, frisou o dirigente em conversa com o Portal LeiaJá. “Nós vamos aguardar a homologação da chapa para entrar com o pedido do afastamento”, completou.

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De acordo com Bivar, não houve tempo hábil para conversar com Marina Silva sobre as propostas dela para a categoria empresarial, defendida pelo PSL. “Não deu para saber quais as pretensões de Marina, então como o nosso partido não representa grande coisa na televisão para ela é melhor sairmos da coligação formalmente. Depois pode até ser que firmemos um apoio informal”, frisou. O PSL, segundo os prazos do TSE, não poderá assumir o apoio formal com nenhuma outra coligação. 

Luciano Bivar disse ter conversado com representantes do PSB e da Rede Sustentabilidade, mas não houve convencimento para permanecer na chapa. “Falei com o (Walter) Feldman e com (Roberto) Amaral. Trocamos algumas ideias sobre como as coisas aconteceram, nada mais”, revelou dizendo que falou diálogo entre as legendas para reconfigurar a chapa. 

De acordo com Bivar, o PSL tem atualmente cerca de 800 vereadores no país e comanda 40 prefeituras. Marina Silva e Beto Albuquerque, candidato à vice, vão se reunir com os presidentes dos partidos aliados nesta quinta, mas Bivar já se excluiu do encontro. “Não, eu não vou”, disse, justificando que está em São Paulo e seria inviável seguir as pressas até Brasília.

O programa de governo da coligação Unidos Pelo Brasil, liderada pelo PSB, será apresentado até o fim deste mês. De acordo com o coordenador Maurício Rands (PSB) o documento passará agora por mudanças pontuais antes de ser lançado. As propostas estavam sendo geridas pessoalmente pelo até então candidato à presidência da República pela chapa, Eduardo Campos (PSB), falecido na última quarta-feira (13), após um acidente aéreo. 

“O programa de governo está pronto. Agora é consolidar a chapa majoritária com a escolha de Marina e um vice pela direção executiva. E a partir daí vamos marcar a data de divulgação do programa que é uma nova etapa e será logo em seguida”, garantiu Rands. A cúpula do PSB vai definir a nova configuração da Unidos Pelo Brasil, nesta quarta (20), em Brasília. Além dos socialistas o PPS, PPL e o PHS compõem a coligação. No encontro eles devem bater o martelo quanto à indicação de Marina Silva (PSB), para encabeçar a disputa, e escolherem um novo candidato para vice. 

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Questionado se as mudanças que vão acontecer no documento serão resultados da entrega do bastão a Marina, Rands pontuou que todas as diretrizes foram discutidas tanto por Eduardo quanto pela ambientalista, que estava como vice. “Todos os pontos que nós levávamos para a discussão entre os candidatos foram discutidos com diálogo. Tanto Eduardo quanto Marina leram, releram e discutiram em detalhes as propostas que vão enfrentar os problemas nacionais”, ressaltou. Como exemplo do compromisso, Rands assegurou que Marina Silva irá divulgar no primeiro mês de gestão, caso seja eleita, a Reforma Tributária, assim como prometido por Campos. 

“A continuidade do projeto de Eduardo pelas mãos de Marina será garantido. A aliança feita por Eduardo foi feita em torno de programa. Às vezes ficávamos até às 2h da madrugada”, frisou Maurício Rands. O coordenador do programa de governo adiantou ainda que o documento terá 240 páginas, seis eixos temáticos, um resumo (sumário) com 24 páginas, além de documentos pontuais sobre os principais assuntos. 

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