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A partir do próximo ano letivo, os estudantes da Universidade do Texas (UT) vão poder levar armas para as salas de aula, anunciou, nesta quarta-feira (17), o presidente da instituição de ensino, Greg Fenves. A norma foi aprovada há uns meses nas duas câmaras do Parlamento do Texas, controladas pelos republicanos, no âmbito de um pacote de medidas que também contempla, por exemplo, o livre porte de armas na via pública.

A medida será aplicada apesar da oposição do reitor e do presidente da universidade e da maior parte da comunidade universitária. “Eu não acho que as armas pertençam à Universidade. Tomar esta decisão foi o maior desafio da minha vida”, afirmou o presidente da UT, que esclareceu que a medida não será aplicada nas residências estudantis, eventos desportivos nem nos laboratórios.

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Com 50 mil alunos, a Universidade do Texas, uma das maiores e mais prestigiadas dos Estados Unidos, está obrigada a implementar a norma, enquanto as instituições de ensino privadas podem decidir se a aplicam, tendo a maioria optado por não a adotar.

À medida também se opõe o reitor da Universidade do Texas, William McRaven, antigo militar que comandou a operação das forças especiais norte-americanas em que o líder da Al Qaeda Osama Bin Laden foi morto. “As armas não têm lugar numa instituição de ensino superior, cuja missão educativa e de investigação se baseia no debate e na liberdade de expressão", destacou.

Steven Weinberg, o único laureado com o prêmio Nobel que a Universidade do Texas tem nos seus quadros (Física, 1979), já afirmou que vai proibir a entrada nas suas aulas de estudantes armados, em nome da sua própria segurança e dos restantes alunos. Com Steven Weinberg estão centenas de professores e milhares de alunos.

Os partidários da norma, externos à comunidade universitária, argumentam, que a medida pode salvar vidas, pois um estudante armado pode prevenir um tiroteio.

Ironicamente, a nova medida entrará em vigor no 50º aniversário do dia mais triste da história da Universidade: um massacre protagonizado por um estudante que resultou em 30 mortos e em 30 feridos, em 1º de agosto de 1966, no campus de Austin.

Cientistas da Universidade do Texas, EUA, criaram uma capa invisível para pequenos objetos. O objeto parece até ter saído da série Harry Potter e tem a espessura aproximada de um fio de cabelo.

A novidade só foi testada com microondas, raios invisíveis ao olho humano, mas os cientistas creem que poderão fazer testes com a luz visível em breve. A capa é composta por uma fita de cobre e uma camada de filme de policarbonato de 100 micrômetros, o que equivale a um décimo de milímetro. O manto foi usado para deixar um cilindro de 18 cm invisível a microondas na frequência de 3m7 GHz. Durante os testes, os sensores que haviam sido instalados ao redor do objeto não conseguiram captar sua imagem.

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Diferentemente das outras tecnologias de invisibilidade, que se baseavam na criação de materiais capazes de desviar os raios de luz para impedir a reflexão de um objeto, a nova técnica usa as próprias ondas refletidas pelo objeto para impedir a reflexão delas.

Os cientistas acreditam que logo essa tecnologia de invisibilidade poderá ser aplicada em frequências visíveis. Quando isso ocorrer, os objetos ficarão invisíveis até mesmo para o olho humano e para câmeras.

A Suprema Corte dos Estados Unidos se mostrou dividida nesta quarta-feira (10) sobre um caso de ação afirmativa na Universidade do Texas, algo com amplas implicações para a diversidade racial no sistema de educação superior americano.

Os juízes do Supremo, que tomarão sua decisão em 2013, realizaram a primeira audiência sobre do caso Abigail Fisher, uma estudante branca que afirma ter sua admissão impedida na Universidade do Texas (em Austin) devido à cor de sua pele.

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Fisher não integra os 10% de melhores alunos do ensino secundário do Texas que têm acesso automático à universidade pública, e recorreu ao Supremo contra a ação afirmativa baseada na questão racial, que admite alunos com resultados inferiores aos seus.

A questão será julgada por oito dos nove membros habituais da Suprema Corte, que decidirão se os direitos constitucionais da jovem foram violados e se a política que considera a raça como fator nas decisões de admissão na universidade é discriminatória.

É a primeira vez que a Suprema Corte analisa esta questão desde sua decisão de 2003, quando determinou no caso "Grutter contra Bollinger" que as cotas raciais não violam a Constituição. Se a decisão agora for outra, terá um impacto em todas as universidades americanas, públicas e privadas.

Desde 2003, a composição do Supremo mudou e hoje há uma "maioria conservadora inclinada a anular as decisões precedentes confirmando os programas de admissão baseados na diversidade", disse Elizabeth Wydra, advogada do Centro para os Direitos Constitucionais (CAC, sigla em inglês).

O advogado da Universidade do Texas, Gregory Garre, apoiado pelo advogado geral do governo do presidente Barack Obama, Donald Verrilli, respondeu a uma série de perguntas dos quatro juízes conservadores, algumas hostis. Já os três juízes progressistas do Supremo manifestaram sua aprovação às ações afirmativas no ensino superior.

Após a saída da juíza progressista Elena Kagan do caso, o conservador Anthony Kennedy, que vota tanto à direita como à esquerda, deverá fazer a diferença. Se houver empate entre os oito juízes, prevalecerá a decisão favorável à ação afirmativa da Universidade do Texas decretada por um tribunal inferior.

Donald Verril disse que "corresponde ao Supremo realizar seu próprio julgamento", mas defendeu um país com "uma sociedade diversa". "Nossa força procede (...) da diversidade cultural".

Gregory Garre disse que a Universidade do Texas "considera simplesmente a diversidade por classe" para decidir suas admissões: "não consideramos a demografia".

Bert Rein, advogado da jovem, qualificou a política de admissão da Universidade do Texas de "inaceitável violação da cláusula de proteção da igualdade" da Constituição dos Estados Unidos.

"Meus pais me ensinaram que não se deve discriminar", disse Abigail Fisher. "Espero que a Suprema Corte decida que no futuro os candidatos à Universidade do Texas concorrerão em igualdade, independentemente de sua raça ou etnia".

 

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