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Sentar diretamente em vasos sanitários de banheiros públicos é sempre uma atitude que as mulheres são orientadas a evitar por questões de doenças e higiene pessoal. Ainda pouco conhecido no universo feminino, o "Urinol" é um artefato portátil de silicone que funciona como um funil e possibilita a mulher urinar em pé. Comercializado nacionalmente em sites de venda online, o produto custa em média R$ 20 reais e promete facilitar a vida das mulheres, evitando o contato direto da região genital com o vaso sanitário.

Banheiros de shoppings, de restaurantes ou até químicos são sempre locais frequentados por uma grande quantidade de pessoas diariamente. De acordo com uma pesquisa britânica do ano de 1991, de um total de 528 mulheres de uma clínica de ginecologia, 85% afirmaram que urinam agachadas sobre o assento e 12% o forram com papel antes de se sentar. Apenas 2% afirmaram se sentar encostando realmente no assento. A principal proposta do Urinol é trazer à mulher mais higiene e menos riscos à saúde.

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Apesar de aparentemente, o banheiro ser um lugar tido como sujo e com muitas doenças transmissíveis, em termos práticos os assentos dos vasos sanitários não são grandes transmissores de doenças, é o que diz Vera Magalhães, especialista em doenças infectocontagiosas e professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). "Em banheiro públicos é mais difícil obter alguma doença, mesmo em locais sujos. Bactérias ou vírus sobrevivem pouco tempo fora do organismo. Isso é mais uma lenda do que um risco real das mulheres", apontou a pesquisadora.

Para a estudante Suenia Azevedo, a ideia de utilizar o Urinol para evitar o contato direto com o assento de banheiros públicos é muito interessante. "Eu sempre evito sentar nas privadas em locais públicos nas ruas porque tenho nojo e prefiro ficar em pé. Eu não conhecia esse material, e embora não ache tão prático, eu usaria quando fosse urinar principalmente em banheiros químicos que geralmente são imundos", contou.

As chances de ser infectado com gonorreia, sífilis ou até o vírus HIV, doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), são raras, na visão da estudiosa Vera Magalhães. Para a pesquisadora, as pessoas contraem essas doenças da maneira tradicional, tendo contato físico com outras pessoas. Apesar de explicar que as chances de contrair uma infecção são baixas, a professora alerta que o risco é mínimo, mas existe. "Apesar de não termos muitos casos na medicina por essa transmissão, é melhor que as mulheres evitem o contato com as  privadas por questão de higiene", concluiu.

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