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Havia muitas dúvidas sobre a participação de Serena Williams no US Open e agora se confirmou o pior cenário. A um mês de festejar seu aniversário de 40 anos, a tenista americana anunciou nesta quarta-feira (25) que não vai competir em Nova York, ainda devido à lesão que a obrigou a desistir de Wimbledon na primeira rodada. Trata-se apenas da quarta vez desde 1998 que a seis vezes campeã do Grand Slam nos Estados Unidos não disputa o seu torneio favorito.

"Depois de muito cuidado e de seguir o conselho dos meus médicos e equipe médica, decidi desistir do US Open para permitir que o meu corpo se recupere completamente de uma lesão na coxa. Nova York é uma das cidades mais entusiasmantes no mundo e um dos meus lugares favoritos para jogar. Vou ter saudades dos fãs, mas vou apoiar todos. Nos vemos em breve", escreveu Serena Williams em suas redes sociais.

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Com sua desistência do US Open, que começará nesta segunda-feira e irá até 12 de setembro, a tenista americana desperdiça mais uma oportunidade de igualar o recorde da australiana Margaret Court, que possui 24 títulos de torneios de Grand Slam.

Campeã em 1999, 2002, 2008, 2012, 2013 e 2014, Serena Williams é mais um nome de peso que não vai disputar o US Open. Antes dela, três grandes candidatos ao título da chave masculina anunciaram que não vão jogar em Nova York. São os casos do suíço Roger Federer, do espanhol Rafael Nadal e do austríaco Dominic Thiem - este o atual campeão.

O segundo título do US Open na carreira, obtido no último sábado (12) com a vitória sobre a bielo-russa Victoria Azarenka, rendeu bons frutos para a japonesa Naomi Osaka no ranking da WTA. Na atualização divulgada nesta segunda-feira (14) pela entidade, a agora bicampeã do Grand Slam disputado em Nova York ganhou seis posições e aparece com a número 3 do mundo.

Com 5.780 pontos, Osaka fica mais próxima do objetivo de voltar a ser a primeira colocada do ranking - posição alcançada depois da conquista do primeiro título no US Open, em 2018. Logo à frente da japonesa está a romena Simona Halep, com 6.356 pontos. A liderança é da australiana Ashleigh Barty com 8.717. Por causa do medo de contaminação pela covid-19, as duas tenistas preferiram não disputar o torneio em Nova York neste ano.

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Com os pontos obtidos, Osaka deixou para trás a checa Karolina Pliskova, a americana Sofia Kenin, a ucraniana Elina Svitolina, a canadense Bianca Andreescu, a holandesa Kiki Bertens e a também americana Serena Williams. Todas estas perderam uma posição e o Top 10 é completado pela suíça Belinda Bencic.

Outro destaque da atualização do ranking foi Azarenka. Com o vice no US Open, a ex-número 1 do mundo voltou ao Top 20. A bielo-russa ganhou 13 colocações, saindo do 27.º para o 13.º lugar. Semifinalista do torneio, a americana Jennifer Brady também subiu bastante na lista - ganhou 16 posições e agora ocupa a 25.ª colocação.

BRASIL - Depois de nove vitórias seguidas, com direito a um título - do ITF de Montemor-O-Novo, em Portugal -, a paulista Beatriz Haddad Maia perdeu no domingo a final do Torneio de Figueira da Foz, também em solo português, para a espanhola Georgina Garcia. Mas os bons resultados a fizeram ganhar várias colocações no ranking - ganhou 733 lugares e agora ocupa a 609.ª posição.

As disputas dos dois torneios em Portugal foram os primeiros de Bia Haddad desde a sua volta ao circuito profissional depois de mais de um ano de ausência - recebeu uma punição de 10 meses por doping e, com a paralisação da temporada por conta da pandemia do novo coronavírus, ficou afastada das quadras por 13 meses.

A número do Brasil segue sendo a gaúcha Gabriela Cé. Ela ganhou quatro posições na atualização desta segunda-feira e ocupa o 230.º lugar.

Confira o ranking da WTA:

1.ª - Ashleigh Barty (AUS) - 8.717 pontos

2.ª - Simona Halep (ROM) - 6.356

3.ª - Naomi Osaka (JAP) - 5.780

4.ª - Karolina Pliskova (RCH) - 5.205

5.ª - Sofia Kenin (EUA) - 4.700

6.ª - Elina Svitolina (UCR) - 4.580

7.ª - Bianca Andreescu (CAN) - 4.555

8.ª - Kiki Bertens (HOL) - 4.335

9.ª - Serena Williams (EUA) - 4.080

10.ª - Belinda Bencic (SUI) - 4.010

11.ª - Petra Kvitova (RCH) - 3.736

12.ª - Aryna Sabalenka (BIE) - 3.615

13.ª - Johanna Konta (GBR) - 3.152

14.ª - Victoria Azarenka (BIE) - 3.122

15.ª - Madison Keys (EUA) - 2.962

16.ª - Petra Martic (CRO) - 2.850

17.ª - Garbiñe Muguruza (ESP) - 2.771

18.ª - Elena Rybakina (KAZ) - 2.501

19.ª - Marketa Vondrousova (RCH) - 2.378

20.ª - Elise Mertens (BEL) - 2.360

230.ª - Gabriela Cé (BRA) - 271

373.ª - Teliana Pereira (BRA) - 126

609.ª - Beatriz Haddad Maia (BRA) - 52

Em dupla com o croata Mate Pavic, o brasileiro Bruno Soares se sagrou campeão nas duplas do Grand Slam do US Open nesta quinta-feira (10). Com dois sets a zero, a dupla formada recentemente chegou à primeira conquista. 

O tenista brasileiro já havia conquistado o torneio em 2016, quando formava dupla com o britânico Jamie Murray. Na ocasião, ele também conquistou o Australian Open e com a vitória desta quinta chegou ao terceiro Grand Slam. 

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A vitória aconteceu contra o holandês Wesley Koolhof e o croata Nikola Mektic, conterrâneo do parceiro de Bruno Soares. A vitória veio com um 7-5 e um 6-3. 

"Um Grand Slam é um Grand Slam. É para isso que nós jogamos. Nós tivemos um pouco de dificuldade no início do ano em relação aos jogos, algumas lesões, derrotas pesadas, depois essa loucura no mundo. Mas voltar e ganhar um Grand Slam é muito bom", disse Bruno Soares após a conquista.

Bruno Soares busca nesta quinta-feira (10), a partir das 16 horas, o sexto título de Grand Slam de sua vitoriosa carreira. O tenista brasileiro vai disputar a final de duplas do US Open ao lado do croata Mate Pavic e tem a seu favor um histórico positivo nas quadras rápidas de Nova York.

Soares conhece como poucos as quadras do complexo Billie Jean King National Tennis Center. Dos cinco títulos de Slam que já tem, três foram conquistados no local. Além disso, foi vice-campeão em 2013, ao lado de Alexander Peya. "Nova York é um lugar muito especial para mim, é a minha quinta final de Grand Slam aqui", destaca o atleta mineiro.

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Com Pavic, Soares fará sua primeira final deste nível. E admite surpresa com o bom rendimento no US Open, após cinco meses sem jogar devido à pandemia. "Era difícil esperar qualquer coisa depois do tempo em que ficamos parados. Era uma incerteza muito grande para todo mundo", reconhece o atual 27º do mundo nas duplas.

Na final, Soares e Pavic (17º do ranking) vão enfrentar o holandês Wesley Koolhof (16º) e o também croata Nikola Mektic (22º). Os rivais começaram a jogar juntos neste ano e ambos são estreantes em finais de Grand Slam nas duplas. "A decisão vai ser mais uma pedreira, pegamos uma chave duríssima e não seria diferente em uma final de Grand Slam", diz o duplista.

Para chegar à final, brasileiro e croata deixaram pelo caminho rivais de peso, como o holandês Jean-Julien Rojer e o romeno Horia Tecau; a dupla cabeça de chave número 5, formada pelo espanhol Marcel Granollers e pelo argentino Horacio Zeballos; e o britânico Jamie Murray, irmão de Andy e ex-parceiro do próprio Soares.

O mineiro já é o segundo brasileiro com mais títulos de Slam na história do tênis nacional, com seus cinco troféus. Só está atrás da lendária Maria Esther Bueno, dona de 19 troféus, entre títulos obtidos nas chaves de simples, duplas e duplas mistas nas décadas de 50 e 60.

Em um duelo cheio de alternativas, decidido apenas no quinto set após mais de quatro horas de disputa, o espanhol Pablo Carreño Busta, atual 27.º colocado do ranking da ATP, se classificou às semifinais do US Open ao derrotar, na noite de terça-feira (8), o canadense Denis Shapovalov, número 17 do mundo, por 3 a 2 - com parciais de 3/6, 7/6 (7/5), 7/6 (7/4), 0/6 e 6/3.

Essa é a segunda vez na carreira profissional que Carreño Busta chega a uma semifinal de Grand Slam. Ele repete a campanha que fez também em Nova York, nos Estados Unidos, em 2017. Na ocasião, foi derrotado pelo sul-africano Kevin Anderson. Desta vez, tentará sorte melhor contra o alemão Alexander Zverev, sétimo do ranking, que mais cedo derrotou o croata Borna Coric (32.º) de virada por 3 sets a 1 - parciais de 1/6, 7/6 (7/5), 7/6 (7/1) e 6/3.

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Carreño Busta e Zverev duelarão nesta sexta-feira. No circuito profissional, os dois se enfrentaram apenas uma vez e quem se deu melhor foi o alemão, que venceu na semifinal do Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos, em 2018.

Por sua vez, Shapovalov encerra a sua melhor participação em Grand Slam. O canadense de apenas 21 anos nunca havia chegado às quartas de final em torneios deste nível. Durante a campanha em Nova York, superou o belga David Goffin, um Top 10 do ranking, e chegou a vencer uma batalha de cinco sets contra o americano Taylor Fritz.

Duas partidas definirão nesta quarta-feira a outra semifinal do US Open. Andrey Rublev (14.º do ranking) e Daniil Medvedev (quinto) farão o duelo de russos, enquanto que o australiano Alex de Minaur (28.º) e o austríaco Dominic Thiem (terceiro) fecharão a fase de quartas de final.

Principal candidato ao título do US Open, Novak Djokovic decepcionou os fãs neste domingo ao ser desclassificado do Grand Slam por ter acertado uma bolada numa juíza de linha. Jogando na quadra central, o tenista número 1 do mundo deixa a competição na fase de oitavas de final sem completar sequer o primeiro set da partida contra o espanhol Pablo Carreño Busta.

Insatisfeito por ter sofrido uma quebra de saque, o sérvio acertou a juíza sem intenção. Ele voltava para o seu banco quando, de costas, acertou uma raquetada para trás. Acabou atingindo com força o rosto de uma juíza de linha, que foi ao chão imediatamente e recebeu o amparo do próprio Djokovic e de membros da organização. Instantes depois a juíza levantou, sem esconder o mal-estar.

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O árbitro de cadeira ainda conversou com o tenista por cerca de 12 minutos antes de oficializar a sua desclassificação, em meio ao constrangimento de todos. Pelas regras do tênis, os atletas são automaticamente eliminados das competições quando atingem qualquer pessoa com bolinhas ou raquetes. O sérvio já tinha arremessado uma bolinha com raiva contra uma das placas de patrocinadores antes de ser eliminado.

Antes do lance decisivo do jogo, Djokovic havia recebido atendimento médico em quadra para tratar de dores no ombro esquerdo, após cair de mal jeito sobre o membro. Até então, o sérvio vinha sendo o melhor em quadra, até com chances de encaminhar o set com facilidade.

Carreño Busta, atual 27º do mundo, vencia por 6/5 e iria sacar para fechar o set inicial no momento em que Djokovic acertou a juíza. Sem saber como reagir diante da situação incomum no tênis, o espanhol sequer comemorou a vaga inesperada nas quartas de final. Seu próximo adversário vai sair do duelo entre o canadense Denis Shapovalov e o belga David Goffin.

Dono de três títulos em Nova York, Djokovic vinha em grande momento no torneio e na temporada. Ainda sem perder neste ano, o sérvio somava 26 vitórias em 26 jogos em 2020 - eram 29 partidas de invencibilidade somando três triunfos ainda conquistados na temporada passada.

Neste US Open, Djokovic era o maior candidato ao título e a principal estrela da chave masculina devido às ausências do suíço Roger Federer e do espanhol Rafael Nadal. Dono de 17 títulos de Grand Slam, ele tinha a oportunidade perfeita para somar mais um troféu e encostar de vez na briga pelo recorde de títulos neste nível de torneio, o mais prestigiado do tênis mundial - Federer soma 20, enquanto Nadal tem 19.

O sérvio também tinha a chance de ocupar o vácuo deixado pelos dois rivais, considerados por muitos como os maiores da história, tanto dentro de quadra quanto fora, em termos de liderança, carisma e preferência dos fãs.

NOVO CAMPEÃO - Com a desclassificação de Djokovic, o tumultuado US Open deste ano terá um novo campeão de Grand Slam. Isso porque o croata Marin Cilic e o escocês Andy Murray, tenistas que já levantaram troféus deste nível, já foram eliminados - Cilic se despediu na noite de sábado, contra o austríaco Dominic Thiem. Outros campeões, como o argentino Juan Martín Del Potro e o suíço Stan Wawrinka, sequer entraram na competição.

No duelo que encerrou a terceira rodada do US Open, Dominic Thiem superou Marin Cilic por 3 sets a 1, com parciais de 6/2, 6/2, 3/6 e 6/3, e avançou às oitavas de final do Grand Slam norte-americano. Na chave feminina, Victoria Azarenka confirmou seu favoritismo e também passou de fase.

Segundo cabeça de chave e número 3 do mundo, Thiem mostrou superioridade nos dois primeiros sets, que fechou com relativa tranquilidade. Depois, o austríaco viu o croata, número 38 do ranking da ATP, crescer no jogo e levar a terceira parcial.

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No entanto, Thiem voltou a dominar a partida e fechou a disputa no quarto set, em 2h27 de jogo. Ele se manteve invicto nos confronto diante de Cilic, que foi campeão do US Open em 2014. Assim, o único tenista campeão do Grand Slam de Nova York que se mantém na disputa é o número 1 do mundo, Novak Djokovic.

O austríaco, que completou 27 anos na última quinta-feira, está em sua sétima participação no US Open e tenta repetir a boa campanha que fez em 2018, quando alcançou as quartas de final. Ele ainda persegue seu primeiro Grand Slam, depois de dois vice-campeonatos seguidos em Roland Garros e um no início deste ano, na Austrália.

Na próxima fase, Thiem vai enfrentar o jovem canadense Felix Auger-Aliassime (21º), que chegou às oitavas depois de eliminar o brasileiro Thiago Monteiro, o veterano britânico Andy Murray e o jovem francês Corentin Moutet, este que derrotou por 3 sets a 0.

Quem também segue na competição é o local Frances Tiafoe (82º), que derrotou o húngaro Marton Fucsovics (66º) por 3 a 0, com parciais de 6/2, 6/3 e 6/2. Ele vai enfrentar o russo Daniil Medvedev no estágio seguinte do torneio.

FEMININO - Na chave feminina, Victoria Azarenka (27ª) confirmou o favoritismo e superou a jovem polonesa Iga Swiatek (53ª), de 19 anos, para confirmar vaga nas oitavas. A tenista bielorrussa despachou a adversária por 6/4 e 6/2 em 1h38 de partida.

Bicampeã do Aberto da Austrália e duas vezes finalista do US Open, Azarenka vem de título no Torneio de Cincinatti, na semana passada, sua primeira conquista desde que se tornou mãe, e engatou uma sequência de oito vitórias no circuito. Ela vai duelar contra a tcheca Karolina Muchova (26ª).

Outra que foi mãe recentemente e também avançou é Tsvetana Pironkova. Em seu primeiro torneio desde 2017, a búlgara superou a croata Donna Vekic (24ª) por 6/4 e 6/1. Sua próxima rival será a francesa Alizé Cornet (56ª) que se classificou depois de ver a local Madison Keys (14ª) abandonar no segundo set.

Ex-número 31 do mundo e semifinalista de Wimbledon em 2010, Pironkova está atualmente sem pontos na WTA. Ela solicitou o recurso do ranking protegido para entrar na chave do US Open, já que precisou fazer uma pausa na carreira para se dedicar ao nascimento do filho, em 2018.

A anfitriã Sofia Kenin, número 4 do mundo, avançou depois de superar a tunisiana Ons Jabeur (31ª) por 7/6 e 6/3.

Às vésperas de um controverso US Open, em meio à pandemia do novo coronavírus, um grupo de tenistas liderado por Novak Djokovic surpreendeu no fim de semana ao lançar uma nova entidade no esporte, a Professional Tennis Players Association (PTPA). A associação causou polêmica logo ao ser anunciada, com tenistas se posicionando contra e a favor. Um dos que reprovou a ideia foi o brasileiro Bruno Soares, um dos mais atuantes do circuito, dentro e fora das quadras.

"O momento não é bom para isso. Estamos voltando de uma pandemia. O tênis, obviamente como todos os esportes e negócios, sofreu muito com a pandemia. Acho que esse é o momento de a gente se unir e tentar recuperar logo a nossa força. Não era o momento ideal para fazer isso", afirmou o tenista de 38 anos, ao Estadão.

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A nova entidade causa polêmica já em seu nome. Numa tradução livre para o português, seria a Associação dos Tenistas Profissionais, que é exatamente o mesmo nome da ATP, a associação que rege o tênis masculino há quase 50 anos. Para alguns tenistas, a criação da nova entidade pode causar rivalidade natural com a ATP, o que poderia gerar uma divisão no tênis masculino.

Djokovic, que vem liderando o movimento ao lado do canadense Vasek Pospisil e do americano John Isner, acredita que a nova entidade atenderá melhor as demandas dos tenistas por reunir apenas atletas. A ATP reúne representantes dos jogadores e também dos torneios, tentando equilibrar os interesses dos dois lados. "Isso não é um sindicato, não estamos pedindo boicotes. E não estamos formando circuitos paralelos", afirmara o sérvio, no sábado.

Para Bruno Soares, a criação da entidade até pode ser positiva no futuro, mas no momento causa polêmica. "Não sei se é viável a existência de duas associações assim. Diz a turma do Djokovic que pode, diz a turma da ATP que não pode. Teremos que consultar os advogados. Mas, legalmente, eu não sei te dizer se pode ou não", comentou o duplista.

O brasileiro integra há anos o Conselho de Jogadores da ATP e revela que esse movimento já vinha se desenhando nos últimos anos. "Tem um tempo já, dois anos mais ou menos, que o Djokovic e Pospisil estão trabalhando nisso. Eles acreditam que, formando essa nova entidade, eles podem representar melhor os jogadores nas negociações e decisões. Então, é difícil falar até que ponto eles vão conseguir fazer isso."

Para poder liderar esta nova associação, Djokovic, Pospisil e Isner precisaram se afastar do mesmo Conselho do qual Soares faz parte. "A saída deles não foi abrupta. Houve diálogo. Ja vínhamos conversando sobre isso há um bom tempo. E, como a coisa tomou corpo e eles fizeram meio que o lançamento da entidade, digamos assim, aqui no torneio, a gente apenas falou: é um conflito de interesse estar nos dois lados. Seria interessante eles saírem e eles aceitaram na hora."

A iniciativa de Djokovic também pode ter consequências nos bastidores, diante de outros ídolos da modalidade. Isso porque o suíço Roger Federer e o espanhol Rafael Nadal, principais rivais do sérvio no circuito, também fazem parte do Conselho dos Jogadores da ATP e ambos demonstraram apoio público à ATP, assim como fizeram outras entidades do tênis, incluindo a organização dos quatro torneios do Grand Slam.

"Na prática, no Conselho dos Jogadores da ATP, não muda nada. O Djokovic, o Isner e o Pospisil saíram. Continuamos com a mesma função. O que acontece é que precisamos substituir estes jogadores e continuar nosso trabalho, que a gente vem fazendo, que é tentar representar os jogadores nas negociações, nas decisões da ATP", explicou Soares.

Atual campeão, Rafael Nadal anunciou nesta terça-feira que não vai tentar defender o título do US Open neste ano. O atual número dois do mundo alegou preocupações com a pandemia do novo coronavírus. "Parece que ainda não temos controle sobre isso", disse o espanhol de 34 anos.

"Depois de pensar muito sobre o assunto, decidi não jogar o US Open deste ano. A situação está muito complicada no mundo, os casos de covid-19 estão crescendo", declarou Nadal. "Esta é uma decisão que eu nunca quis tomar, mas decidi seguir o meu coração neste momento e, por enquanto, prefiro não viajar."

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Trata-se da terceira baixa de peso no primeiro Grand Slam a ser disputado no retorno do circuito de tênis. Antes, o suíço Roger Federer avisara que não iria mais competir neste ano após passar por duas cirurgias no joelho. No mês passado, a australiana Ashleigh Barty, número 1 do mundo, também alegou preocupação com a pandemia para não competir em Nova York.

Após quatro meses parado, o circuito profissional retornou nesta segunda com as mulheres, no Torneio de Palermo, na Itália. O masculino vai voltar no dia 22, com o Masters 1000 de Cincinnati, transferido para Nova York.

Sem afirmar se é favorável ou não ao retorno das competições, Nadal disse reconhece o esforço dos organizadores e das entidades em retomar os torneios. "Sabemos que o calendário do tênis, reduzido, se tornou uma barbaridade neste ano, após quatro meses sem poder jogar. Eu compreendo e agradeço e pelos esforços que fizeram para que o calendário possa acontecer."

O anúncio de Nadal aconteceu poucas horas após a organização do Masters 1000 de Madri confirmar o cancelamento da edição deste ano. A competição, que reúne chaves masculina e feminina, havia sido reagendada para setembro. Mas acabou sendo descartada também devido a preocupação com os novos casos de covid-19 na Espanha. Só nas últimas 24 horas, o Ministério da Saúde do país registrou nesta terça mais 1.178 novos casos (em um total de 302.814) e 26 óbitos (em um total de 28.498 mortes desde o início da pandemia).

A decisão de Nadal já era especulada nas últimas semanas, principalmente após as mudanças no ranking da ATP. Devido à pandemia, a entidade fez alterações nos critérios da lista, permitindo aos tenistas manter somente os seus 18 melhores resultados em 22 meses, contando entre março de 2019 e dezembro de 2020.

Assim, o espanhol poderá os pontos conquistados com o título do US Open do ano passado, sem perder posições no ranking da ATP. Em 2019, Nadal superou o russo Daniil Medvedev numa equilibrada final, por 3 sets a 2, em quase cinco horas de jogo. Ele somou seu 19º título de Grand Slam, ficando a apenas um de alcançar o recorde de Federer. Fora do US Open, o espanhol adiou a oportunidade de igualar a marca do suíço para 2021.

BRASILEIROS NO US OPEN - A desistência de Nadal alterou a lista de cabeças de chave da competição americana. O sérvio Novak Djokovic será o cabeça um, seguido agora do austríaco Dominic Thiem, atual número três do mundo. E isso afetou também a lista de entrada da competição, garantindo dois brasileiros na chave principal.

Thiago Monteiro, que já estava garantido, entrou com folga na relação. Ele é o atual 82º do mundo. Agora Thiago Wild, 114º do ranking, também foi efetivado na lista. O tenista de apenas 20 anos vai disputar pela primeira vez uma chave principal de Grand Slam entre os profissionais. Em 2018, ele foi campeão juvenil do US Open.

Destaque da chave masculina do US Open, o tenista russo Daniil Medvedev garantiu nesta terça-feira a sua vaga no ATP Finals, o torneio que reúne os oito melhores da temporada em Londres, em novembro. Será a primeira vez que o atual número cinco do mundo disputará a restrita competição.

Medvedev assegurou a classificação ao avançar às semifinais do US Open, em sua melhor campanha em um Grand Slam em sua carreira até agora. Com a pontuação já garantida no ranking, ele subirá para o quarto lugar da temporada, desbancando o austríaco Dominic Thiem.

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Também se tornou o quarto a garantir a vaga por antecipação. Antes dele, asseguraram a classificação o sérvio Novak Djokovic, o espanhol Rafael Nadal e o suíço Roger Federer. O ATP Finals será disputado mais uma vez em Londres neste ano, entre os dias 10 e 17 de novembro.

"Incrível. Isso mostra como este ano está sendo ótimo para mim, que o trabalho que venho fazendo está recebendo a recompensa. Mas eu não quero parar. Espero chegar ao torneio como um dos favoritos", comentou o tenista de 23 anos.

Em sua melhor carreira da temporada, Medvedev é o tenista que mais venceu partidas neste ano. Foram 49, já contabilizadas as cinco obtidas em Nova York. Neste embalo, conquistou o maior troféu de sua carreira no mês passado ao se sagrar campeão do Masters 1000 de Cincinnati, nos EUA.

Foi sua terceira final consecutiva na temporada. Antes, fora vice-campeão do Masters de Montreal e do Torneio de Washington. Além disso, foi campeão em Sofia, em torneio de nível ATP 250, e vice em Brisbane e Barcelona.

Estrela em ascensão no tênis masculino, o russo Daniil Medvedev volta à quadra do US Open nesta quarta-feira (28) para enfrentar o boliviano Hugo Dellien pela segunda rodada. O atual número cinco do mundo vem brilhando no circuito nas últimas semanas. Mas os bons resultados do presente contrastam com as polêmicas do passado, em seu início de trajetória no profissional.

O episódio mais controverso vivido pelo tenista de 23 anos aconteceu justamente num Grand Slam. Logo no torneio mais tradicional e conservador do circuito, ele ofendeu a árbitra portuguesa Mariana Alves e jogou moedas em sua direção após ser eliminado pelo belga Ruben Bemelmans na segunda rodada de Wimbledon, há dois anos.

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Além da multa de quase US$ 15 mil (cerca de R$ 62 mil), ele ganhou uma precoce fama de "bad boy", o que viria a crescer em março do ano seguinte. Foi quando partiu para cima do grego Stefanos Tsitsipas ao fim de uma partida em que levou a melhor no Masters 1000 de Miami, nos Estados Unidos. Medvedev precisou ser contido pelo árbitro ao alegar que havia sido ofendido pelo rival ao fim do jogo.

"Na vida real, eu sou muito calmo. Dentro de quadra, posso ser um pouco cabeça quente, principalmente quando acontecem, na minha opinião, e mesmo que não seja verdade, injustiças. Quando você está dentro de quadra, há muita adrenalina", comentou o tenista, ao jornal britânico The Telegraph.

Na mesma entrevista, disse ter se arrependido do episódio das moedas em Wimbledon. "Não fiquei feliz com aquilo que fiz em Wimbledon. E peço desculpas pelo que fiz", declarou o russo, sem amenizar o entrevero com Tsitsipas, outra referência da nova geração. "Acho que a culpa foi totalmente dele."

Mais calmo neste ano, Medvedev vem fazendo a melhor temporada de sua carreira. Ele alcançou a melhor posição de sua carreira, o atual 5º posto do ranking, ao derrubar o sérvio Novak Djokovic na semifinal do Masters de Cincinnati, há duas semanas. O triunfo de virada abriu caminho para seu 1º título de nível Masters 1000, maior conquista de sua carreira até agora.

"Estou no meu melhor nível e posso ganhar de qualquer um", afirma Medvedev, que pode reencontrar o número 1 do mundo nas quartas no US Open. Ele já soma dois troféus no ano e é o tenista que mais venceu partidas em 2019: 45. Embalado na quadra dura, vem de três finais consecutivas, com o vice no Masters de Montreal e no Torneio de Washington.

O grande triunfo sobre Djokovic e as demais 44 vitórias no ano se devem a uma mistura de bons fundamentos, forte preparo físico e flexibilidade em quadra. Estas duas últimas características permitem ao jovem russo percorrer com facilidade todos os cantos da quadra, tornando-se uma barreira quase intransponível para os seus rivais.

O tenista de 1,98m de altura ainda busca um grande resultado num Grand Slam. Até agora sua melhor campanha aconteceu no Aberto da Austrália deste ano, quando avançou até as oitavas de final. O US Open conta com piso semelhante ao torneio disputado em Melbourne, o que elevou as expectativas sobre o desempenho do russo em Nova York.

Quase um ano depois de uma das finais mais polêmicas do tênis feminino, Serena Williams voltou ao Arthur Ashe Stadium nesta segunda-feira para a sua estreia no US Open. E, desta vez sem reclamações ou críticas à arbitragem, a tenista da casa jogou grande tênis e arrasou a russa Maria Sharapova por 2 sets a 0, com duplo 6/1, em apenas 59 minutos.

Há cerca de um ano, Serena surpreendeu o público e os fãs de tênis na quadra central do US Open ao se exceder nas críticas ao árbitro Carlos Ramos, após uma advertência, o que gerou seguidas punições que desestabilizaram emocionalmente a tenista na final. E o título acabou ficando com a japonesa Naomi Osaka, com direito a vaias e constrangimentos na cerimônia de premiação.

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De volta à Arthur Ashe, Serena deixou as polêmicas para trás e brilhou com facilidade. Exibindo alto nível desde o início da partida, ela praticamente não deu chances à rival, atual 87ª do ranking. A tenista da casa obteve cinco quebras de saque na partida e não perdeu o serviço em nenhum momento do duelo.

Serena terminou a partida com 16 bolas vencedoras, contra apenas seis de Sharapova. E cometeu 12 erros não forçados, diante de 20 da rival russa. O domínio da norte-americana foi tal que ela somou 56 pontos no total, o dobro da adversária.

Foi a 20ª vitória da ex-número 1 do mundo sobre Sharapova, que soma apenas dois triunfos no retrospecto entre as duas tenistas. A partida desta segunda foi a mais rápida no histórico entre elas.

Na segunda rodada, Serena vai duelar com a compatriota Catherine McNally, atual 121º do mundo. A jovem tenista, de apenas 17 anos, avançou nesta segunda ao superar a suíça Timea Bacsinszky por 6/4 e 6/1.

No US Open, a ex-líder do ranking tenta alcançar o 24º título de Grand Slam para igualar o recorde da australiana Margaret Court.

Também nesta segunda, a australiana Samantha Stosur e a canadense Eugenie Bouchard se despediram na estreia. A primeira foi superada pela russa Ekaterina Alexandrova por 6/1 e 6/3, enquanto a canadense foi batida pela letã Anastasija Sevastova, 12ª cabeça de chave, por duplo 6/3.

Por outro lado, avançaram a sueca Rebecca Peterson, a ucraniana Dayana Yastremska, a russa Margarita Gasparyan, a checa Karolína Muchová, a croata Petra Martic, a romena Ana Bogdan, a polonesa Iga Swiatek e a belga Alison Van Uytvanck.

A Federação Internacional de Tênis (ITF, na sigla em inglês) publicou nota nesta segunda-feira para demonstrar apoio ao português Carlos Ramos, árbitro da final feminina do US Open, no sábado. A partida foi marcada pelas discussões entre a norte-americana Serena Williams e o juiz, que aplicou seguidas punições à tenista.

Alvo de críticas nas redes sociais, Ramos recebeu duras vaias ao longo da partida e também durante a cerimônia de premiação que coroou a campeã Naomi Osaka. Ao fim do jogo, dirigentes ligados à Associação de Tênis dos Estados Unidos e à WTA declararam apoio à Serena. A ITF afirmara que não comentaria o episódio.

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A entidade, contudo, mudou de ideia nesta segunda e saiu em defesa de Ramos, que até então não contava com o apoio público de nenhuma organização ligada ao tênis profissional.

"Carlos Ramos é um dos árbitros mais experientes e respeitados do tênis. As decisões do senhor Ramos seguiram as regras e estas decisões foram reafirmadas pela organização do US Open que aplicou multa à Serena Williams pelas três infrações cometidas no jogo", disse a entidade.

A ITF considerou normal o debate e a polêmica em torno do episódio. "É compreensível que este relevante e lamentável incidente tenha provocado tal debate. Ao mesmo tempo, é importante lembrar que o senhor Ramos atuou segundo seus deveres de árbitro, seguindo as regras do esporte e agindo o tempo todo com profissionalismo e integridade", afirmou a ITF, em comunicado.

A confusão teve início no segundo set da final, quando o juiz anunciou um "warning" (advertência) à tenista norte-americana por conta de instruções que seu técnico Patrick Mouratoglou fez em seu box, na arquibancada.

As câmeras da quadra flagraram as orientações, reconhecidas pelo próprio treinador ao fim do jogo. Pelas regras dos torneios de Grand Slam, os técnicos não podem orientar seus tenistas durante as partidas. A mesma regra existe no circuito masculino, organizado pela ATP, mas é diferente na WTA, que permite este auxílio em suas competições.

No tênis, a advertência é equivalente a um cartão amarelo no futebol. Serena, então, ficou "pendurada". E logo em seguida ela cometeu nova infração ao quebrar sua raquete contra o chão, o que costuma ser punido com outro "warning". A segunda advertência, porém, resulta na perda de um ponto. Assim, Osaka iniciou o game seguinte ganhando de 15/0.

Serena já vinha discutindo com o árbitro por reclamar da primeira advertência, ao alegar que não recebeu nenhuma orientação. "Eu prefiro perder do que ganhar trapaceando", afirmara a tenista, em quadra. A tenista, então, ficou mais irritada com a perda do ponto e chamou o árbitro de "mentiroso" e "ladrão", o que lhe rendeu nova punição. Desta vez, ela perdeu um game inteiro, conforme as regras - Serena também foi multada pela organização do US Open em US$ 17 mil (cerca de R$ 70 mil) pelas infrações.

A nova punição aumentou a vantagem de Osaka no segundo set. A japonesa, que já liderava o placar com uma quebra de saque na frente, passou a vencer pelo placar de 5/3. Na sequência, ela fechou o set e o jogo, conquistando o título. Na cerimônia de premiação, a campeã foi vaiada e Serena precisou intervir para pedir ao público que interrompesse as vaias.

O sérvio Novak Djokovic, sexto cabeça de chave, conquistou neste domingo o tricampeonato do US Open ao derrotar na decisão o argentino Juan Martín del Potro, terceiro favorito, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 7/6 (7/4) e 6/3.

Com mais essa taça, Djokovic, de 31 anos, alcançou o 14º título de Grand Slam na carreira, igualando o norte-americano Pete Sampras. O sérvio agora fica atrás apenas de Roger Federer, que tem 20, e Rafael Nadal, 17. Além de ter ganhado em 2011 e 2015 em Flushing Meadows, Djokovic tem seis títulos do Aberto da Austrália, quatro de Wimbledon e um Roland Garros.

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A primeira colocação no US Open neste ano renderá ao tenista um prêmio de US$ 3,8 milhões (R$ 15 milhões). Del Potro, que faturou o torneio em 2009, com o vice, embolsou US$ 1,85 milhão (R$ 7,5 milhões). No Grand Slam de Nova York, Djokovic igualou as conquistas do espanhol Rafael Nadal e do alemão Ivan Lendl. E fica atrás apenas de John McEnroe, que tem quatro, além de Roger Federer, Jimmy Connors e Pete Sampras, que possuem cinco títulos.

Djokovic chegou para a decisão embalado por 13 sets vencido em sequência e conseguiu impor seu tênis no primeiro set. Com uma quebra no penúltimo game, fechou em 6/3. Na segunda parcial, deu a impressão de que iria fechar com tranquilidade ao abrir 3 a 1. Del Potro, no entanto, reagiu e devolveu a quebra no sexto game.

O sérvio demonstrou irritação ao sofrer o empate e, por pouco, não tomou a virada. O argentino desperdiçou três oportunidades de abrir 5 a 3. Djokovic voltou para o jogo, manteve o serviço e levou o duelo foi para o tie-break. Del Potro errou mais e viu escapar a segunda parcial.

O último set foi equilibrado. Djokovic primeiro conseguiu uma quebra. Del Potro devolveu. Mas o sérvio estava em noite inspirada e conseguiu superar o saque do adversário mais uma vez para garantir o 14º Grand Slam da carreira.

A norte-americana Serena Williams foi multada em US$ 17 mil (R$ 70 mil) neste domingo por três infrações ao código de conduta durante a final do US Open em que perdeu para a japonesa Naomi Osaka por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4.

A organização do torneio informou que US$ 10 mil são referentes a "abuso verbal" ao árbitro Carlos Ramos, US$ 4 mil por uma advertência após ter recebido orientações de seu treinador e US$ 3 mil por quebrar sua raquete. O valor total será descontado de seu prêmio de US$ 1,85 milhão (R$ 7,5 milhões) pelo vice-campeonato.

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A principal punição vai de acordo com o artigo III, seção P, em que define abuso verbal quando um atleta faz declaração ofensiva a um árbitro, rival, patrocinador, torcedor. De acordo com a regra, o atleta pode ser multado em até US$ 20 mil por cada infração.

Durante a partida, por conta da discussão com o árbitro Carlos Ramos, Serena perdeu um game no segundo set, que acabou sendo decisivo para sua derrota. Osaka abriu 5 a 3 de vantagem. Serena ainda conseguiu confirmar seu saque, mas depois a japonesa fechou o jogo e alcançou sua primeira taça de um Grand Slam.

Naomi Osaka se tornou neste sábado a primeira japonesa a vencer o US Open ao derrotar a norte-americana Serena Williams por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4. A vitória ainda teve um gosto especial para a jovem de 20 anos, que conseguiu bater seu principal ídolo.

No entanto, em vez de comemorar o feito inédito e histórico para seu país, a tenista se desculpou. A partida foi carregada de tensão especialmente no segundo set e ficou marcada pela discussão de Serena com o árbitro da partida. Por conta das fortes reclamações, a norte-americana perdeu um game no segundo set e facilitou o trabalho de Osaka.

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As duas tenistas choraram ao término da partida e a norte-americana abraçou a japonesa. Visivelmente constrangida no palco montado para a premiação, Osaka mal sorriu durante a cerimônia, agradeceu a multidão por assistir à partida e pediu desculpas. "Eu sei que todo mundo estava torcendo por ela, e eu sinto muito ter que terminar assim", disse.

Serena, de 36 anos, disputou sua 31ª final de Grand Slam, a nona somente em Nova York, e buscava a sétima taça do US Open. A tenista japonesa levantou pela segunda vez uma troféu do circuito. Em março, ela faturou o Torneio de Indian Wells.

Embalada por essa primeira conquista, dois dias depois, Osaka bateu Serena em Miami, no único encontrou até então entre as tenistas. A japonesa ocupa atualmente a 19ª colocação no ranking, mas deverá aparecer em sétimo lugar após a atualização na segunda-feira. Serena, ex-número 1, avançará do 26º para o 16º lugar.

O título do Grand Slam é mais um passo que Osaka dá em direção à Serena. Atualmente, ela tem como técnico Sascha Bajin, que ganhou fama no circuito ao ser rebatedor da norte-americana por oito anos. Com Osaka, ele realiza seu primeiro trabalho como técnico principal, desde o fim do ano passado.

Osaka nasceu no Japão, na cidade que carrega no sobrenome, mas foi morar nos Estados Unidos aos três anos de idade. Ela tem dupla nacionalidade, porém se sente mais à vontade falando inglês do que japonês.

Assim como Serena, Naomi tem uma irmã no circuito profissional, Mari Osaka, 367ª do ranking. Na infância, as duas eram constantemente comparadas às irmãs Williams. Não por caso. O pai das japonesas, Leonard François, se inspirou no pai de Serena e Venus, Richard Williams, para tornar suas duas filhas tenistas profissionais. Para Osaka, agora, 'só' faltam mais 22º títulos de Grand Slam para igualar Serena.

Derrotada na decisão do US Open pela japonesa Naomi Osaka, Serena Williams não diminuiu o tom das suas críticas ao árbitro Carlos Ramos depois da conclusão da partida. Os ataques da estrela norte-americana ao juiz marcaram a final deste sábado, com a ex-número 1 do mundo sendo punida até mesmo com a perda de um game durante o jogo. E após a final, em entrevista coletiva, ela acusou Ramos de atitude sexista.

"Você não pode voltar no tempo. Eu não posso sentar aqui e dizer que não o chamei de ladrão porque ele tirou um game de mim por isso. Mas eu tenho visto outros homens chamarem os árbitros de muitas coisas. Estou aqui para lutar pelos direitos das mulheres e por igualdade", afirmou Serena.

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A confusão entre Serena e o árbitro começou no início do segundo set, após a norte-americana receber sua primeira advertência no jogo por supostamente ter recebido instruções de Patrick Mouratoglou, seu técnico, o que é proibido. Ela negou veemente e bateu boca com o juiz em quadra e chegou a declarar que o árbitro deveria se desculpar com ela.

Depois, frustrada com a perda de um game de serviço perante Osaka, quebrou a raquete, o que lhe rendeu nova advertência. Descontrolada, Serena voltou a criticar juiz, chegando que ele a havia "roubado". Isso a levou a receber nova punição, com a perda de um game completo.

Para Serena, o árbitro só lhe aplicou essa dura punição por ela ser mulher. E se lembrou que durante a atual edição do US Open, a francesa Alize Cornet chegou a ser advertida por retirar sua camisa, a qual havia vestido do lado errado.

"Para mim, dizer que ele é ladrão e ele me tirar um game, me parece que é uma atitude sexista. Ele nunca tirou um game de um homem que o chamou de ladrão. Isso 'explodiu' minha cabeça. Continuarei lutando por igualdade", comentou

Serena terá o incidente investigado pela WTA. E Mouratoglou declarou que orientou a norte-americana, mas destacou que todos os técnicos fazem isso e que os árbitros nunca punem tenistas por isso.

Esta, porém, não foi a primeira vez que Serena se envolveu em polêmica com a arbitragem durante o US Open. Em 2009, durante as semifinais, ela protestou contra um juiz de linha, afirmando que iria "matá-lo" por marcar uma infração dela, quando sacava. A declaração, com um evidente tom de força de expressão, provocou advertência que culminou na sua eliminação do evento.

Thiago Wild conseguiu um resultado histórico para o tênis brasileiro neste sábado. O paranaense, de 18 anos, se classificou à final da chave de juvenis do US Open ao derrotar o taiwanês Chun Tseng por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4, em 1 hora e 16 minutos.

O triunfo por si só já seria expressivo, pois o adversário lidera o ranking de juvenis, tendo dominado os Grand Slams nesta temporada, sendo campeão de Roland Garros e de Wimbledon, além do vice-campeonato do Aberto da Austrália. Mas é ainda mais importante historicamente, pois nunca um brasileiro decidiu a chave masculina de juvenis do US Open.

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Wild agora vai tentar se tornar o segundo brasileiro a ser campeão juvenil em simples de um Grand Slam, se igualando a Tiago Fernandes, que em 2010 faturou o título do Aberto da Austrália. Para isso, terá pela frente o italiano Lorenzo Musetti na decisão deste domingo. Neste sábado, o tenista da Itália, o número 18 do ranking de juvenis, aplicou um duplo 6/3 no norte-americano Jenson Brooksby.

Neste sábado, Wild começou com tudo o duelo contra o tenista de Taiwan, tendo aberto 4/0, fechando o primeiro set em 6/2. Já a segunda parcial foi mais complicada. O brasileiro chegou a fazer 3/1, mas permitiu a virada de Tseng para 4/3. Depois, porém, ganhou três games seguidos para fechar a parcial em 6/4 e o jogo em 2 sets a 0, se classificando à final do US Open.

O sérvio Novak Djokovic está classificado às semifinais do US Open. Nesta quarta-feira, o número 6 do mundo não deu espaço para a zebra ao derrotar o australiano John Millman, o 55º colocado no ranking da ATP, por 3 sets a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/4, em 2 horas e 48 minutos.

Djokovic e Millman já haviam se enfrentado uma vez nesta temporada, com vitória do sérvio no Torneio de Queen's. E agora o sérvio repetiu o triunfo diante do australiano, que havia surpreendido nas oitavas de final ao eliminar o suíço Roger Federer.

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No duelo desta quarta-feira, Djokovic começou com tudo, abrindo 3/0, com break point convertido no segundo game. A vantagem não significou um duelo fácil e nem rápido, pois os pontos eram longos e com inúmeras trocas de bola. Mas quase sempre colocando o primeiro saque em quadra, o sérvio tinha a sua tarefa facilitada, o que o levou a fechar a parcial em 6/3.

No segundo set, Djokovic não encontrava dificuldades para confirmar o seu saque. Já Millman oscilava bons games de serviço com outros de muita dificuldade, ainda que sem nunca deixar de lutar. Até por isso, o sérvio teve oito break points e só converteu um, no nono game, o que foi suficiente para fechar a parcial na sequência em 6/4.

Para facilitar a sua tarefa, Djokovic começou firme no terceiro set e obteve quebra de serviço no terceiro game, fazendo 3/1 na sequência. Só que Millman não deixou de lutar e conseguiu a virada no placar em 4/3, após devolver a quebra de serviço no sexto game, aproveitando os erros do sérvio.

Só que Djokovic recuperou a solidez do seu jogo e converteu novo break point no nono game. Na sequência, então, confirmou o seu saque e fechou a parcial em 6/4, assegurando a vitória por 3 a 0 e a passagem às semifinais do US Open, a 11ª da sua carreira, sendo que ele foi campeão em Nova York em 2011 e 2015.

Na próxima fase, Djokovic terá pela frente o japonês Kei Nishikori, o 19º colocado no ranking. O sérvio chega para o confronto, marcado para sexta-feira, em larga vantagem, de 14 a 2 no retrospecto. O outro duelo pelas semifinais já estava definido e será entra o espanhol Rafael Nadal e o argentino Juan Martin del Potro, também na sexta.

O espanhol Rafael Nadal passou por seu teste mais difícil até agora no US Open, na madrugada desta quarta-feira, em Nova York. O número 1 do mundo levou um "pneu" logo no primeiro set da partida contra o austríaco Dominic Thiem e precisou de 4h48min para fechar o jogo em cinco sets, com parciais de 0/6, 6/4, 7/5, 6/7 (4/7) e 7/6 (7/5). Na semifinal, ele enfrentará o argentino Juan Martín del Potro.

Um dos melhores jogos da competição, o duelo contou com jogadas espetaculares de ambos os tenistas, que haviam disputado a final de Roland Garros. "Dominic é um companheiro exemplar no circuito e me sinto mal por ele", admitiu Nadal, logo após impor dura derrota ao número nove do mundo. "Quando se chega a uma situação como essa, no quinto set, com 5/5 no tie-break, é um moeda jogada ao ar", declarou o espanhol.

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Nadal admitiu a surpresa com o placar do set inicial, quando Thiem dominou com facilidade, disparando bolas vencedoras de todos os cantos da quadra - foram 74 em toda a partida, contra 55 do espanhol. "Um 6/0 é um resultado muito perigoso. No primeiro set, eu ganhei apenas sete pontos, não houve um jogo."

O espanhol só equilibrou a partida a partir da metade do segundo set. Ele fechou esta parcial e ainda contou com erros do rival para fechar a terceira parcial por 7/5, quando o duelo se encaminhava para o tie-break. "Ele tem uma atitude muito boa na quadra, nos treinos e nas partidas. Gosto muito de pessoas que se esforçam para alcançarem seus objetivos e Dominic é assim", elogiou Nadal.

Apesar da derrota, o austríaco obteve uma quebra a mais que o líder do ranking na partida: 6 a 5. Também somou mais pontos no cômputo geral. Foram 171, contra 165 do atual campeão do US Open. Nada disso, porém, evitou a vitória do cada vez mais embalado Nadal.

"O tênis às vezes é cruel. Esta partida não merecia um perdedor, mas tem que haver um. E, se desconsideramos o primeiro set, houve um equilíbrio ao longo da partida", disse Thiem, conformado com a derrota, que marcou a melhor campanha do austríaco no US Open. Até então, ele nunca havia passado das oitavas de final.

As duas últimas parciais da partida foram as mais equilibradas. No quarto set, cada tenista faturou uma quebra de saque. E, na quinta parcial, não houve quebras. Thiem terminou o jogo com 57 erros não forçados, diante de 49 do favorito, que foi até o lado da quadra do austríaco para abraçá-lo ao fim da partida. "Espero que possamos ter no futuro outros jogos como esse, mas com um final diferente", afirmou o austríaco, sem esconder o cansaço pela "maratona", em razão do forte calor e da alta umidade em Nova York.

Na semifinal, Nadal vai reencontrar o argentino Juan Martín del Potro. Eles vão reeditar a semi do ano passado no US Open, quando o espanhol levou a melhor e depois faturou o título. O número três do mundo leva desvantagem no confronto, com apenas cinco vitórias e 11 derrotas.

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