Tópicos | vazamento de provas

O Ministério Público do Ceará (MPF/CE) recebeu, na manhã desta quinta-feira (1º), um relatório da Polícia Federal que aponta o vazamento das provas do 1º e 2º dia, além da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem 2016) para, pelo menos, dois candidatos. O caso, segundo a PF, se trata de um crime de estelionato qualificado.

Oscar Costa Filho, procurador da República,  informou que a íntegra do relatório e peças do inquérito serão anexadas ao recurso do MPF que tramita no Tribunal Regional Federal, da 5ª região, no Recife. Em um trecho, a PF destaca que os candidatos tiveram acesso a fotos das provas por meio de celulares. O resultado se deu após análise dos aparelhos apreendidos durante operações nos dias do exame.

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Os candidatos também tiveram acesso aos gabaritos, tema da redação e a ‘frase-código’ da prova rosa, o que permitia que mesmo que recebessem provas diferentes da rosa pudessem preencher o cartão resposta de acordo com o gabarito enviado pela quadrilha, não importando a cor da prova ."Tanto o gabarito quanto a frase-código foram divulgados antes do exame, o que garante a responsabilidade de afirmar que houve vazamento da prova", descreve o relatório. 

Foram presos candidatos de Minas Gerais e outro do Maranhão, porém a investigação da PF aponta que ambos receberam as mesmas imagens dos gabaritos das provas vindas de intermediários diferentes. Com relação à redação, a perícia confirmou que foi identificado que os presos iniciaram pesquisas no Google sobre o tema da redação às 9h38 do dia 6 de novembro, ou seja, antes do início da avaliação.

O pedido de nulidade da prova ocorre desde novembro quando Oscar Costa Filho ingressou com ação na Justiça Federal. De acordo com o MPF, o vazamento viola o tratamento isonômico que deve ser assegurado aos candidatos. 

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