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Os dois partidos favoráveis ao programa de resgate oferecido à Grécia - Nova Democracia e Pasok - estão dando continuidade aos esforços para garantir o apoio de mais um partido para formar um governo de coalizão que tenha maioria confortável no Parlamento. Assim, o novo governo poderá progredir rapidamente com as reformas necessárias no país e, ao mesmo tempo, tentar relaxar os termos do socorro de 173 bilhões de euros.

O líder do socialista Pasok, Evangelos Venizelos, iniciou as negociações do dia com uma reunião com o líder do pequeno partido Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, e pediu que uma equipe interpartidária seja nomeada para renegociar os termos do socorro ao país, independentemente de quais partidos participarão do governo. "Estou otimista depois da reunião com Kouvelis; nossas visões convergem grandemente e agora o que é necessário para nós é acelerar os procedimentos", disse Venizelos.

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Embora o Nova Democracia tenha obtido a maioria dos votos nas eleições de domingo, o partido não conseguiu assentos suficientes no Parlamento para governar sozinho e precisa de um parceiro de coalizão. O Pasok ficou em terceiro lugar na votação e, combinados, os dois partidos já têm 162 dos 300 assentos no Parlamento.

Mas, diante da forte oposição do esquerdista Syriza, que é contrário às medidas de austeridade exigida pelo resgate grego e ficou em segundo lugar nas eleições, Venizelos e Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, estão tentando trazer outro partido para a coalizão, para ampliar a maioria na Casa. Um possível candidato é o Esquerda Democrática, que aceita o acordo internacional mas quer um relaxamento das medidas de austeridade.

Kouvelis afirmou que vai esperar uma resposta de Samaras para sua proposta antes de decidir se participará da coalizão de governo. "Estou esperando uma posição muito específica sobre questões políticas que nós discutimos. Questões políticas são o fator decisivo na formação de um governo estável e eficiente", declarou. As informações são da Dow Jones.

O líder do partido socialista da Grécia, Evangelos Venizelos, prometeu que não serão criados novos impostos, reduções de salários ou cortes de pensões se seu partido participar de um governo de coalizão depois das eleições antecipadas de 6 de maio. Falando a um público selecionado de pessoas do partido neste sábado, o ex-ministro de finanças disse não esperar que um único partido seja capaz de formar um governo após a votação.

Venizelos declarou que seu partido, o Pasok, deve entrar numa coalizão com a prioridade de lentamente afastar a Grécia das restrições promovidas por dois acordos que envolvem empréstimos de emergência, levando a um crescimento autossustentável até 2015.

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Ele acrescentou que a redução de mais da metade das dívidas privadas da Grécia vai ajudar a injetar liquidez no mercado e que a estabilização do regime tributário durante os próximos dez anos vai impulsionar o crescimento. As informações são da Associated Press.

O ministro das Finanças grego, Evangelos Venizelos, disse ser contra o polêmico plano do primeiro-ministro, George Papandreou, de realizar um referendo para decidir se o país deve continuar a fazer parte da zona do euro. "O lugar da Grécia no euro é uma conquista histórica do povo grego que não pode ser colocada em questão", afirmou Venizelos em um comunicado, depois de voltar da reunião G-20 (grupo das 20 maiores economias), em Cannes. "Isso não pode ser colocado na dependência de um referendo."

O comunicado representa mais um golpe para Papandreou, que enfrenta uma crescente revolta dentro do Partido Socialista por causa da proposta de referendo e será submetido amanhã a um voto de confiança no Parlamento. O combalido premiê surpreendeu seus próprios parlamentares nesta semana com a inesperada convocação de um referendo sobre o último pacote de ajuda ao país, de 130 bilhões de euros, acordado por líderes europeus em Bruxelas na semana passada.

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A movimentação é considerada uma aposta de alto risco destinada a reprimir as críticas da opinião pública contra a política de austeridade, mas corre o risco de comprometer os planos para a solução da crise da dívida da zona do euro.

Paciência

Reunidos em Cannes, na França, na noite de ontem, os líderes europeus deixaram claro que perderam a paciência com a Grécia, exigindo que o país declare se quer permanecer na união monetária ou se arriscar em uma secessão. Depois de uma tensa reunião com Papandreou, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, alertou que a Grécia não receberá nenhuma ajuda adicional até que a questão seja resolvida, ressoando a opinião da chanceler alemã, Angela Merkel, que também estava presente. "A Grécia quer continuar parte da zona do euro ou não?", disse Merkel. "Essa é a questão que o povo grego deve responder agora."

Na segunda-feira, um parlamentar socialista saiu do partido, dizendo que o referendo põe em risco a sobrevivência econômica da Grécia e levantando a preocupação de que Papandreou seja obrigado a convocar eleições antecipadas. Pelo menos cinco deputados, que permanecem no partido, manifestaram sua oposição ao referendo. O Partido Socialista grego (Pasok) tem 152 assentos no Parlamento e precisa de uma maioria de 151 para sobreviver ao voto de confiança ou aprovar o referendo.

Segundo analistas, o governo pode sobreviver ao voto de confiança, mas a dissidência no partido significa que ele pode não ter votos suficientes para realizar o referendo. As informações são da Dow Jones.

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