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O Circuito Mangueirosa mudou a cara do carnaval de Belém. Evento realizado de 22 a 25 de fevereiro, com o intuito de revitalizar o espírito carnavalesco da cidade, a programação levou milhares de pessoas ao complexo Ver-o-Rio, chamado pela organização de Pitiú, e contou com apresentações gratuitas de artistas paraenses e nacionais.

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Nos dias de bloco, o circuito começou às 20 horas, com percurso do complexo até a praça Waldemar Henrique, chamado de Revoada. Na praça, na Casa Mangueirosa, ocorreu o Banzeiro, com shows de vários artistas.

"A ideia surgiu de uma vontade de vários produtores culturais e artistas de se juntar para realizar um carnaval coletivo em Belém. Cada um de nós já tinha alguma experiência de produção no carnaval, então resolvemos juntar nossas forças, experiências e talentos para montar um grande festival durante todos os dias de carnaval. Realizamos a primeira edição ano passado como um protótipo, e deu supercerto, o público se engajou bastante e acreditamos ter uma capacidade de ressignificar o carnaval de Belém", destacou Zek Nascimento, diretor artístico do Circuito Mangueirosa e produtor da Lambada produções.

"O Circuito ficou com uma identidade mais paraense, com a cultura popular tradicional de Belém do Pará e suas manifestações culturais já existentes", observou Zek, sobre a programação do evento. "Nossa intenção é continuar com o circuito pra sempre, pois nos sentimos muito atraídos vendo a reação das pessoas e o engajamento do público. Também queremos inspirar outras pessoas e artistas para aproveitarem o momento do carnaval para colocar o bloco na rua e expressar sua identidade, seja ela qual for”, afirmou.

No dia 21 de fevereiro ocorreu a abertura do Circuito, somente com atrações paraenses. O dia começou e terminou com o show da Dj Jack Sainha, com o set mais conhecido por tocar sonoridades paraenses e latinas. Logo em seguida, o grupo Ita Lemi Sinavuru apresentou-se, tocando seu afoxé e músicas negras. Por último, a cantora Dona Onete mostrou suas clássicas músicas regionais paraenses.

“O melhor circuito que tem de carnaval em Belém. Tocamos ano passado no domingo e foi muito bom. Nos convidaram para voltar esse ano de novo, foi superlegal e contagiante a troca de energia com o público. Toda vez que chamarem a gente nós viremos, a gente se convida até”, disse Edson Catende, vocalista do grupo Ita Lemi Sinavuru, sobre o show da banda no evento.

“Antigamente, no carnaval de Belém praticamente não tinha programação nenhuma. Graças a essa iniciativa desses grandes produtores e com muito esforço, conseguiu-se produzir esse circuito que está fazendo muito sucesso e acho que vai acontecer muito mais. E isso pra gente que é artista é muito gratificante, essa troca de energia que garanta que é importante a gente cantar e dançar”, concluiu Edson.

Os outros dias de circuitos contaram com a apresentação de artistas como Raidol, Dj Zek Picoteiro, Gretchen, entre outros. O evento é uma inovação muito enriquecedora para o carnaval da cidade de Belém, que deixa todos com o sentimento de “quero mais”. Já foram criadas até páginas no twitter contando os dias que faltam para o Circuito Mangueirosa de 2021. Por exemplo, a conta @qtosdiaspro. Isso só demonstra como essa iniciativa conseguiu juntar os foliões e reviver o espírito carnavalesco paraense.

Reportagem de Yasmin Seraphico e Sabrina Avelar.

 

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O Ver-o-Rio recebeu, nos dois últimos finais de semana de agosto, o 3º festival “O Som da Maré”, que contou com shows de artistas paraenses como Lucas Estrela, Juliana Sinimbú, Pedro Vianna, Arthur Espindola e Orquestra Pau e Cordista de Carimbó. Em seis dias de festival, o público teve contato com a música tradicional paraense e o som da nova geração.

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O jovem músico e guitarrista Lucas Estrela foi uma das atrações mais esperadas. Com uma mistura da guitarrada com o eletrônico, o artista apresentou músicas do seu primeiro disco e o novo single do seu próximo trabalho. “A gente veio apresentar um pouco do que a gente vem fazendo, misturando música tradicional com música experimental. Tem uma pegada da tradição do carimbó com elementos da música eletrônica e contemporânea. Esse é o trabalho que a gente tenta fazer, misturar um pouco do tradicional com o experimental”, explica Lucas Estrela.

O artista enfatizou a importância de tocar em espaços públicos da cidade, como a praça do Ver-o-Rio e o complexo do Ver-o-Peso, como uma forma de poder difundir cada vez mais a música paraense. “É muito importante a gente tocar no Ver-o-Rio. Ano passado tocamos no Ver-o-Peso, e é sempre muito gratificante a gente trazer um pouco da música instrumental para lugares tão importantes da nossa cidade”, enfatiza o músico.  “A guitarrada, o carimbó e o brega são músicas que nascem na rua, é nosso dever como artista trazer elas de volta para espaços abertos”, completa.

O cantor paraense de MPB Pedro Vianna aproveitou o festival para lançar e divulgar o seu novo disco. “É sempre muito importante espaços como esse pra gente mostrar nosso trabalho. Eu estou tendo a oportunidade de tocar músicas e divulgar meu novo disco aqui, é muito gratificante”, contou Pedro.

O Projeto “O Som da Maré” teve início em 2007 e nasceu da percepção de que a Região Metropolitana de Belém possui importantes espaços públicos à beira do rio, que são frequentados por pessoas em busca de lazer. Segundo um dos organizadores do evento, a ideia é aproximar o grande público dos artistas paraenses em shows gratuitos, fomentando a cultura e tendo a maré como cenário. “A gente está sempre tendo ideias de como levar música para as pessoas, como colocar o artista para mostrar seu trabalho. Esse projeto nasceu aqui na praça Ver-o-Rio e foi inspirado nesse local em 2007, nas pessoas que sempre estão por aqui, na maré e na brisa”, contou o realizador e idealizador do festival, Marcio Macedo.

Durante os shows, o público que compareceu apoiou e gostou da ideia. Crianças e adultos de todas as idades prestigiaram os artistas. “É uma programação muito legal, com vários estilos de música diferente e que poderia sempre estar acontecendo na cidade com mais frequência. A gente viu a programação na televisão e achou uma ótima ideia vir pra cá”, contou a pedagoga Rosangela Viana. O projeto do “O Som da Maré” é aprovado pela Lei Municipal de incentivo à Cultura “Tó Teixeira e Guilherme Paraense" e patrocinado pela Universidade da Amazônia (Unama).

Por Ariela Motizuki.

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