Tópicos | verba indenizatória

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) ajuizou na Justiça Federal ação civil pública contra a União por cobrir despesas da verba indenizatória dos congressistas que na avaliação do órgão deveriam ser feitas por meio de licitações. "A presente ação tem por objeto a condenação da União, por intermédio do Senado Federal e da Câmara dos Deputados à obrigação de fazer consistente em realizar o devido procedimento licitatório para a contratação de bens e serviços rotineiros, ordinários e previsíveis", diz trecho da ação, assinada pelo procurador da República, Anselmo Henrique Cordeiro Lopes.

No entendimento dele, deveriam ser alvo de licitação a compra de materiais de expediente para o escritório (de apoio à atividade parlamentar), locação de móveis e equipamentos, suprimentos de informática, locação e aquisição de licença de uso de software, combustíveis, lubrificantes, serviços de segurança e serviços de divulgação da atividade parlamentar, atualmente pagos por meio da chamada cota parlamentar.

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"Por entremeio de tais cotas, como veremos, estão sendo ressarcidas, com recursos públicos federais, despesas que poderiam ser planejadas e contratadas de forma mais eficiente e impessoal pelo Senado Federal e pela Câmara dos Deputados, por meio do procedimento licitatório previsto na legislação", diz o procurador. Lopes defende ainda que sejam cancelados futuros ressarcimentos aos parlamentares, que recorreram à cota para o pagamento de despesas consideradas como rotineiras.

Cota

Os parlamentares, tanto no Senado quanto na Câmara, têm direito a uma cota mensal para o pagamento de gastos com passagem aérea, telefonia, manutenção de escritórios de apoio à atividade parlamentar, locação de móveis e equipamentos, acesso à internet, assinatura de publicações, alimentação do parlamentar, hospedagem, entre outros.

As despesas são pagas com recursos públicos federais transferidos pela União para os cofres das duas Casas. No caso do Senado, a verba indenizatória é de R$ 15 mil mensais mais o valor correspondente de cinco passagens aéreas igualmente mensais de ida e volta da capital do Estado de origem do senador a Brasília. Já na Câmara, a verba varia de Estado para Estado. O menor valor (R$ 27,9 mil) é pago para deputados do Distrito Federal. E o maior (R$ 41,6 mil) para os de Roraima. De acordo com dados do MPF, o gasto da Câmara com a verba indenizatória apenas em 2013 chegou a R$ 182,5 milhões. No mesmo período, o Senado teria desembolsado, segundo o MPF, R$ 24,6 milhões.

JOÃO PESSOA (PB) - O Portal Sagres, do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB), divulgou os valores disponibilizados aos deputados estaduais em 2013. De acordo com os dados, os legisladores utilizaram, em média, R$ 30 mil mensais em verba indenizatória no ano passado.

No total, R$ 9.883.240,67 foram distribuídos com os 36 políticos que cumprem mandato na Assembléia Legislativa da Paraíba (ALPB). Segundo a Resolução 1.629/2013, aprovada em dezembro passado, a verba pode ser utilizada para ressarcir despesas com aluguel de imóvel, taxas de condomínio e IPTU, contas de telefone, água, internet e energia, locação de veículos, aeronaves ou embarcações (e combustível), assinatura de TV a cabo, viagens e hospedagem.

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O valor ficou ainda abaixo do teto da "Verba Indenizatória de Apoio Parlamentar" (VIAP), fixado em R$ 35 mil por mês. Os deputados estaduais tem salário de R$ 20.042 mais gratificações.

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